Takijiro Onishi – Wikipédia, a enciclopédia livre

Takijiro Onishi
Takijiro Onishi
Nascimento 2 de junho de 1891
Ashida, Japão
Morte 16 de agosto de 1945 (54 anos)
Tóquio, Japão
Nacionalidade japonês
Cargo Comandante da 1ª Frota Aeronaval
Vice-comandante do Estado-Maior da Marinha Imperial do Japão.
Serviço militar
Patente Vice-almirante

Takijirō Ōnishi, em japonês 大西瀧治郎 (Ashida, 2 de junho de 1891Tóquio, 16 de agosto de 1945), foi um almirante japonês conhecido como o pai da ideologia kamikaze.

Carreira[editar | editar código-fonte]

No início da Guerra do Pacífico, na Segunda Guerra Mundial, Ōnishi foi o chefe da Divisão de Desenvolvimento de Aviação Naval do Ministério das Munições do Japão e responsável por alguns detalhes técnicos do ataque a Pearl Harbor em 1941, sob o comando geral do Almirante Isoroku Yamamoto.[1]

Ōnishi, entretanto, era contra o ataque, pois acreditava que causaria uma guerra em longa escala com um inimigo que tinha os recursos para obrigar o Japão a uma rendição incondicional.

Após Outubro de 1944, tornou-se no comandante da Primeira Frota Aeronaval no norte das Filipinas. Enquanto lhe é dado crédito por ser o aconselhador e propagador da utilização da tática de ataques aéreos suicidas (kamikaze) contra os porta-aviões aliados, de facto, o projecto pré-datava o seu cargo e ele era originalmente contra esta ideia. Com a derrota japonesa na Batalha das Ilhas Marianas em 1944, porém, Ōnishi alterou a sua posição e ordenou os ataques.[2]

Ōnishi cometeu seppuku nos seus aposentos em Tóquio em 16 de agosto de 1945, um dia após o anúncio da rendição incondicional do Japão. Contrariamente ao costume, Ōnishi não utilizou um kaishakunin - assistente encarregado de decepar a cabeça do suicida logo após ele rasgar o estômago com um punhal - em seu ritual de suicídio, e morreu do ferimento 15 horas após o ato.

Em sua carta de despedida, pedia desculpas aos pilotos os quais ele tinha enviado para a morte, e incitava todos os jovens civis que tinham sobrevivido à guerra a trabalharem de modo a reconstruir o Japão e defender a paz entre as nações.

Aproximadamente quatro mil soldados japoneses, na maioria estudantes universitários, morreram como pilotos kamikaze.

Referências

  1. Nishida, Imperial Japanese Navy Arquivado em 2012-07-10 na Archive.today Página visitada em 2 de junho de 2012
  2. Evans. Kaigun. Page 531