TV Equatorial – Wikipédia, a enciclopédia livre

TV Equatorial
Z Sistema Equatorial de Comunicações Ltda.
TV Equatorial
Macapá, Amapá
Brasil
Tipo Comercial
Canais Digital: 14 UHF
Virtual: 14 PSIP
Outros canais Analógico:
08 VHF (1981-2018)
Sede Macapá, AP
Rede TV Cultura
Rede(s) anterior(es) Rede Bandeirantes (1983-1987)
Rede Manchete (1987-1999)
TV! (1999)
RedeTV! (1999-2000)
Rede Mulher (2000-2007)
Record News (2007-2018)
Fundador(es) José de Matos Costa
Pertence a Z Sistema Equatorial de Comunicações
Proprietário(s) José de Matos Costa
Presidente Alexandre Costa
Fundação 15 de setembro de 1981 (42 anos)[nota 1]
Prefixo ZYA 288
Emissora(s) irmã(s)
Cobertura Região Metropolitana de Macapá e áreas próximas
Coord. do transmissor 0° 2' 45.1" N 51° 3' 22.2" O
Agência reguladora ANATEL
Informação de licença
CDB
PDF

TV Equatorial é uma emissora de televisão brasileira sediada em Macapá, capital do estado do Amapá. Opera no canal 14 UHF digital e é afiliada à TV Cultura. Pertencente ao Z Sistema Equatorial de Comunicação, de propriedade do empresário José de Matos Costa, que também controla a Rádio Equatorial e a Equatorial FM.

História[editar | editar código-fonte]

A concessão do canal 8 VHF de Macapá foi outorgada através de decreto assinado pelo presidente João Figueiredo em 15 de setembro de 1981, ao empresário José de Matos Costa, o Zelito, proprietário da Rádio Equatorial, que teve o apoio político do então governador do território federal do Amapá, Aníbal Barcelos, para consegui-la.[1] Devido a pouca informação disponível sobre a história da emissora, não se sabe ao certo quando se iniciaram as transmissões da TV Equatorial. O registro mais antigo referente a ela é datado de 29 de setembro de 1983, sobre a sua primeira transmissão externa ao vivo. Neste dia, o repórter Nilson Montoril cobriu ao vivo o retorno do governador Aníbal Barcellos à Macapá, após uma reunião feita em Brasília com o ministro do interior Mario Andreazza, para transformar o então território federal do Amapá em um estado da federação a partir de 1984. Tal status, no entanto, só foi possível depois de aprovada a Constituição de 1988.[2]

A emissora inicialmente transmitia a programação da Rede Bandeirantes, e entre 1985 e 1987 exibia aos domingos o Programa Silvio Santos, produzido pelo SBT, expediente similar ao adotado pela TV Cidade de Fortaleza, Ceará. Em outubro de 1987, a TV Equatorial deixa a Rede Bandeirantes e passa a ser afiliada da Rede Manchete. Nessa mesma época, recebeu concessões para implantar retransmissoras em municípios do interior do Amapá, porém, elas nunca chegaram a entrar no ar.[2]

A TV Equatorial retransmitiu a programação da Manchete no Amapá desde o início de sua fase áurea, até os eventos que culminaram em sua falência em 10 de maio de 1999. A emissora acompanhou o processo de transição para uma nova rede, retransmitindo a programação provisória da TV!, e em 15 de novembro, tornou-se uma das primeiras afiliadas da RedeTV!. Em 2000, a emissora perdeu a sua afiliação para a TV Tucuju, devido ao baixo investimento em programação local, e passa a transmitir a programação da Rede Mulher. Em 27 de setembro de 2007, com o surgimento da Record News, que substituiu a antiga rede, a TV Equatorial torna-se uma de suas primeiras afiliadas.

Com o fim das transmissões analógicas em Macapá, a TV Equatorial saiu do ar em 14 de agosto de 2018,[3] e só retomou suas transmissões em 16 de janeiro de 2021, através do canal 14 UHF. Após dois dias exibindo apenas um slide com o seu logotipo, a emissora passou a transmitir a programação da TV Cultura em 18 de janeiro, uma vez que a Record News passou a ter sua programação exibida pela TV Marco Zero durante o período em que a emissora esteve fora do ar.

Sinal digital[editar | editar código-fonte]

Canal virtual Canal digital Resolução de tela Programação
14.1 14 UHF 1080i Programação principal da TV Equatorial / TV Cultura
Transição para o sinal digital

Em 25 de junho de 2015, por intermédio da portaria nº 1.401, a TV Equatorial ganhou a concessão do canal 14 UHF para operar suas transmissões digitais.[3] Contudo, a emissora não conseguiu realizar a transição antes do apagão analógico, que pelo cronograma oficial da ANATEL estava marcado para 14 de agosto de 2018. Na data prevista, a TV Equatorial, bem como as outras emissoras de Macapá, cessou suas transmissões pelo canal 8 VHF,[4] ficando fora do ar até 16 de janeiro de 2021, quando enfim o sinal digital foi ativado.

Programas[editar | editar código-fonte]

Historicamente, a TV Equatorial fez poucos investimentos em programação local, em contraste com as suas concorrentes. Em seus primeiros anos no ar, a emissora exibia durante os intervalos da programação o boletim jornalístico Equatorial Cidade, com reportagens e entrevistas sobre fatos do cotidiano de Macapá. A emissora mantinha apenas uma equipe de reportagem para produzir material, e geralmente era o repórter quem preparava a pauta e realizava a matéria, pois a emissora não tinha redatores. O Jornal Equatorial era o único telejornal da emissora, na época com cerca de 10 minutos de duração.[2]

Segundo o jornalista Édi Ribeiro, que trabalhou como repórter na emissora durante um mês em 1985, a TV Equatorial não evoluía tecnicamente por falta de vontade do seu proprietário, Zelito. Naquele ano, a emissora foi a primeira a adquirir um equipamento de teleprompter, que permitiria ao âncora do telejornal ler as notícias sem tirar os olhos da câmera. Porém, Zelito nunca permitiu a instalação do equipamento porque, segundo Édi, ele acreditava que o âncora deveria decorar o texto.[2]

A emissora manteve-se durante anos apenas com o Jornal Equatorial e o Equatorial Cidade preenchendo a programação. Nos espaços em que não havia programação local ou anunciantes nos intervalos, eram sempre exibidos videoclipes de músicas tocadas por uma das rádios do grupo, a Equatorial FM. Em 1999, juntamente com a falência da Rede Manchete, a emissora desativou seu departamento de jornalismo, voltando a opera-lo em intervalos irregulares de tempo nos anos seguintes, apenas com a produção do boletim Equatorial Cidade, e usando a mesma estrutura precária de apenas um repórter e um cinegrafista para produzir todas as reportagens.[2]

A única atração de entretenimento conhecida da emissora é o Programa Carlos Santos, programa de auditório independente produzido em Belém, Pará e exibido em diversas emissoras do Norte e do Nordeste durante a década de 2000. Na TV Equatorial, o programa foi exibido de 2001 até 2010, quando saiu do ar após o apresentador Carlos Santos se candidatar a deputado estadual nas eleições daquele ano.[5]

Atualmente, a emissora não gera programas locais, exibindo apenas publicidade local e a programação nacional da TV Cultura.

Notas e referências

Notas

  1. Data em que o Governo Federal outorgou a concessão para o funcionamento da emissora. Não foram encontrados registros de quando suas transmissões se iniciaram.

Referências

  1. «Decreto nº 86.368, de 15 de setembro de 1981». Planalto. 15 de setembro de 1981. Consultado em 20 de janeiro de 2021 
  2. a b c d e Santos, Abinoan Santiago dos (2019). «A Formação da Imprensa da Amazônia: o primeiro século do jornalismo do Amapá (1890-1990)» (PDF). UEPG. Consultado em 20 de janeiro de 2021 
  3. a b Filho, Emiliano José da Silva (25 de junho de 2015). «Portaria nº 1.401, de 31 de março de 2015». Diário Oficial da União. Consultado em 18 de janeiro de 2021 
  4. Indinho, Rodrigo (14 de agosto de 2018). «Emissoras sem transmissão digital ficam fora do ar em Macapá». SelesNafes.com. Consultado em 18 de janeiro de 2021 
  5. Ferreira, Renata Cláudia Martins (2011). «Sucesso no rádio e na televisão, o programa de auditório não morre: uma análise do Programa Carlos Santos na TV» (PDF). UNAMA. Consultado em 20 de janeiro de 2021 
Ícone de esboço Este artigo sobre televisão no Brasil é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.