Suérquero II da Suécia – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para outros significados, veja Suérquero.
Suérquero II
Rei da Suécia
Reinado 1196 a 31 de janeiro de 1208
Antecessor(a) Canuto I
Sucessor(a) Érico X
 
Nascimento c. 1167
Morte 17 de julho de 1210 (43 anos)
  Local incerto (sítio da batalha de Gestilren)
Esposas Benedita da Suécia
Ingegerda de Bjelbo
Descendência Helena
Carlos
Cristina
Margarida
João I
Casa Suérquero
Pai Carlos VII
Mãe Cristina de Hvide
Religião Catolicismo

Suérquero II [1] (em sueco: Sverker II; em latim: Suercherus II; c. 1164 – 1210) - também apelidado de O Jovem (Sverker den yngre) ou conhecido como Sverker Karlsson – foi rei da Suécia de ca. 1196 até sua destronização em 1208, depois de ter sido derrotado na batalha de Lena por Érico X (Erik Knutsson). [2] [3] [4] [5]

Era filho de Carlos VII (Karl Sverkersson) e sua esposa Cristina de Hvide, e neto de Suérquero I (Sverker, o Velho). Cresceu e foi criado na Dinamarca. Sucedeu a Canuto I (Knut Eriksson) e foi sucedido por Érico X (Erik Knutsson). Morreu na batalha de Gestilren de 17 de julho de 1210 quando tentava retomar o trono de Érico. Está sepultado no convento de Alvastra. [2] [3] [4] [5]

O seu reinado ficou marcado por ter beneficiado a Igreja, tendo-lhe concedido em 1200 isenção de impostos sobre as suas terras, e direito a tribunais eclesiásticos, com autoridade exclusiva para julgar os padres em casos criminais. [6] [7] [8] [5]

"O décimo sexto foi o rei Swarkir, um homem sábio e um guerreiro corajoso, que governou bem o seu reino. Mas os reis do povo mataram-no, o seu próprio companheiro fê-lo em Gestilren. E em Alvastra ele jaz. E ele será lembrado como bom."

Kunglängden (escrita por volta de 1240 pelo ”Padre de Vidhem” e anexada à Lei da Västergötland; conservada no manuscrito KB B 59 da Biblioteca Nacional da Suécia [9]

Vida[editar | editar código-fonte]

Suérquero nasceu por volta de 1164,[6][8] filho do rei Carlos VII e sua esposa Cristina de Hvide Em 1167, seu pai foi assassinado e seu assassino sucedeu-o como Canuto I e o infante Suérquero fugiu à Dinamarca, onde viveu com sua família materna. No país, casou-se com Benedita em 1190. Quando Canuto faleceu em 1195, regressou à Suécia e com apoio de Birger, o Sorridente, foi feito rei em 1196 sem oposição, pois os filhos de Canuto eram menores de idade.[10] [6][7][8] Em seu reinado, beneficiou a Igreja, concedendo em 1200 isenção de impostos e direito a tribunais eclesiásticos. [6][7][8] Além disso, enviuvou em 1199 e em 1200 desposou Ingegerda, filha de Birger.[11]

Em 1202, Birger morreu e em 1203 os filhos de Canuto, que ainda viviam na corte sueca, exilaram-se na Noruega. Em 1205, voltaram à Suécia armados e apoiados por soldados noruegueses, com a intenção de depor o rei, mas foram derrotados na batalha de Elgaros, onde todos pereceram, exceto Érico, que fugiu.[10] Érico regressou em 1208, apoiado novamente por noruegueses e desta vez venceu o exército de Suérquero e os daneses na Batalha de Lena de 31 de janeiro e Suérquero fugiu à Dinamarca.[6][12] Com apoio do rei dano Valdemar II e do papa Inocêncio III, tentou recuperar a coroa, mas foi morto na batalha de Gestilren de 17 de julho de 1210.[11][8][10][7][13]

Descendentes[editar | editar código-fonte]

De seu matrimônio em 1190 com Benedita, teve quatro filhos, sobre os quais sabe-se muito pouco:

Ao casar pela segunda vez em 1200 com Ingegerda de Bjelbo teve apenas um filho:

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Neves 2019.
  2. a b Henrikson 1963, p. 104-105.
  3. a b Roger Axelsson. «Sverker den yngre» (em sueco). Svenskt biografiskt lexikon (Riksarkivet) - Dicionário Biográfico Sueco (Arquivo Nacional Sueco). Consultado em 27 de janeiro de 2024 
  4. a b Svensson, Alex (2010). «45-46». Sveriges Regenter. Under 1000 år (em sueco). Estocolmo: Svenskt militärhistoriskt bibliotek. p. Sverkerska och erikska ätterna. 159 páginas. ISBN 9789185789696 
  5. a b c «Sverker d.y.». Bonniers Compact Lexikon (em sueco). Estocolmo: Bonnier lexikon. 1999. p. 1080. 1301 páginas. ISBN 91-632-0161-5 
  6. a b c d e Larsson 1993, p. 33.
  7. a b c d Melin 2006, p. 56-57.
  8. a b c d e f Lagerqvist 2001, p. 386.
  9. {{citar web |url=https://project2.sol.lu.se/fornsvenska/01_Bitar/A.L5.D-Vidhem.html |título=Yngre Västgötalagen - Vidhemsprästens anteckningar |citacao=Sexstanði war swarkir konongær. sniællær man oc goðþær ðrængær. röndes sinu riki wæl. æn folkongær toko liff aff hanum. hans sialfs maghær görðhe hanum þæt .i. gyæstilren. oc .i. alwastrum liggær han. oc ær hans .e. giættit. at goðþo. |publicado=Fornsvenska Textbanken |autor= |língua=sv |acessodata=28 de janeiro de 2024
  10. a b c Melin 2006, p. 59.
  11. a b Harrison 2002, p. 8; 143-145.
  12. Lindkvist 2006, p. 33; 41.
  13. Harrison 2002a, p. 105-106.
  14. Norseng 2017.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Harrison, Dick (2002a). «Lena och Gestilren». Sveriges historia medeltiden (em sueco). Estocolmo: Liber. 384 páginas. ISBN 91-47-05115-9 
  • Harrison, Dick (2002). Jarlens sekel: En berättelse om 1200-talets sverige. Estocolmo: Ordfront 
  • Henrikson, Alf; Berg, Björn (1963). «Bråvalla slag». Svensk historia (em sueco). Estocolmo: Bonnier. ISBN 91-0-055344-1 
  • Lagerqvist, Lars O.; Orrling, Carin Orrling (2001). «Sverker d.y. Karlsson». Medeltidens ABC (ABC da Idade Média) (em sueco). Estocolmo: Museu Histórico de Estocolmo. 489 páginas. ISBN 91-518-3926-1 
  • Larsson, Lars-Ove (1993). «Sverker». Vem är vem i svensk historia (Quem é quem na história sueca). Från år 1000 till 1900 (em sueco). Estocolmo: Prisma. 208 páginas. ISBN 91-518-3427-8 
  • Lindkvist, Thomas; Sjöberg, Maria (2006). «Medeltiden;Sverkrar, erikar och folkungar 1130-1250». Det svenska samhället 800-1720 (em sueco). Lund: Studentlitteratur. ISBN 91-44-01181-4 
  • Melin, Jan; Johansson, Alf; Hedenborg, Susanna (2006). «Äldre medeltiden». Sveriges Historia. Koncentrerad uppslagsbok, fakta, årtal, kartor, tabeller (em sueco). Estocolmo: Prisma. ISBN 9789151846668