Sonderkommando – Wikipédia, a enciclopédia livre

Civis marchando para as câmaras de gás, sob o olhar de soldados da Sonderkommando. A foto clandestina tirada por um judeu em Auschwitz pertence a uma série de quatro fotos tiradas que são as únicas a mostrar o processo de extermínio nas câmaras de gás que acontecia no campo.
Homens do Sonderkommando se livrando de corpos de judeus mortos em Auschwitz, em agosto de 1944. É uma das poucas fotos restantes tiradas do processo de extermínio durante o Holocausto.

Sonderkommandos (alemão: [ˈzɔndɐkɔˌmando]; em português, 'comando especial') foram unidades de trabalho formadas por prisioneiros em campos de extermínio organizados pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Essas unidades especiais foram criadas a partir de 1942 e só foram extintas em 1945, quando da liberação dos campos de concentração, pelos Aliados. A maioria dos integrantes dessas unidades eram judeus, forçados a trabalhar até à exaustão, sob ameaça de execução, para ajudar os alemães a se livrarem dos corpos que saíam das câmaras de gás, durante o Holocausto.[1][2] Esses Sonderkommandos, formados por prisioneiros dos campos, não tinham relação com o SS-Sonderkommandos, que eram unidades ad hoc formadas por membros da SS, entre 1938 e 1945.

Os membros dos Sonderkommandos eram recrutados entre os prisioneiros recém-chegados e tinham como função executar as tarefas mais críticas, tais como enterrar os corpos de prisioneiros mortos, limpar as câmaras de gás e outros serviços que os alemães não gostavam de executar. Em contrapartida, dada condição de "grupo especial", tinham alguns privilégios.

Segundo o historiador polonês Igor Bartosik, autor da monografia Witnesses from the Pit of Hell: History of the Auschwitz Sonderkommando, sobre o Sonderkommando de Auschwitz-Birkenau[3] a crença de que os membros do Sonderkommando eram executados a cada poucos meses, pela SS, é possivelmente falsa. Em Auschwitz, isso ocorreu somente uma vez, em dezembro de 1942, quando toda a força de trabalho foi exterminada. Não apenas não havia "eliminações" regulares dos membros desses grupos, como também muitos dos membros sobreviventes tinham sido incorporados ao Sonderkommando desde o final de 1942. Outra imprecisão às vezes atribuída ao Sonderkommando é que apenas homens muito jovens eram escolhidos para o trabalho. Na realidade, segundo Bartosik, pelo menos 70% dos membros da unidade tinham 30 anos ou mais.[4]

Para manter em sigilo as operações de extermínio do conhecimento dos outros prisioneiros do campo de concentração, eram mantidos isolados.

Membros do Sonderkommando, junto a uma máquina de triturar ossos, no campo de concentração de Janowska, após a liberação do campo (1944).

Referências

Ver também[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]