Signoria – Wikipédia, a enciclopédia livre

O Palazzo della Signoria de Florença.

A Signoria (em português, Senhoria) foi uma magistratura e uma forma de governo em vigor em muitas comunas italianas.

Surgiu no fim do século XIII e se caracterizava pela concentração temporária de poderes excepcionais nas mãos de um único indivíduo, mas os motivos que levaram à sua criação não são claros. Pode ter sido entendida como uma maneira de facilitar o governo das comunas, que eram governadas por Conselhos coletivos que muitas vezes se polarizavam em duas facções rivais de poder equivalente, tornando o governo caótico, turbulento e ineficaz. Pode também ter sido uma evolução de outras funções de importância principal como a de podestà e Capitão do Povo (Capitano del Popolo). Contudo, essa magistratura podia impor leis e decretos, frequentemente entrava em conflito com os Conselhos, podendo anular suas deliberações, e não raro fazia sua autoridade valer através da violência, saindo do controle dos cidadãos.[1]

Alguns signori desejaram ampliar seus poderes para outras comunas, muitas vezes conseguindo, legitimados pelo Império, que lhes outorgava o título de vigários imperiais, e também passando a tornar vitalícia e depois hereditária esta função, sendo a origem de muitas dinastias governantes. Este processo está relacionado à formação do senhorialismo medieval, embora seja distinto em vários aspectos e específico da história da Itália.[2]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Milani, Giuliano. "Signoria". In: Enciclopedia dei Ragazzi. Treccani, 2006
  2. "Signoria". In: Dizionario di Storia. Treccani, 2011