Servo dos servos de Deus – Wikipédia, a enciclopédia livre

A bula Quo primum tempore de 1570, do Papa São Pio V, publicado em um Missal Romano de 1956. Logo abaixo do nome do papa, Pius Episcopus (Pio Bispo), está escrito o título Servus Servorum Dei. Todas as bulas papais iniciam desta forma.

Servus Servorum Dei é uma expressão em latim que significa Servo dos Servos de Deus. O termo é um dos títulos oficiais do Papa e é utilizado para se referir a ele no início das bulas pontifícias.[1]

História[editar | editar código-fonte]

O Papa São Gregório Magno (590-604) foi o primeiro papa a usá-lo extensivamente, atitude que foi imitada por seus sucessores, embora o uso do título só tenha se tornado regular a partir do século IX.[2] A adoção do título resulta de uma disputa com o Patriarca de Constantinopla João, que adotou o título de "Patriarca Ecumênico", reivindicando poder e superioridade contra o Papa; como retaliação, Gregório adotou o título de "Servo dos Servos de Deus", como demonstração de humildade e referência ao papel de Papa e sua função colegial, em que ele serve os bispos do mundo.

Crença bíblica[editar | editar código-fonte]

Este título papal também tem um fundamento bíblico encontrado no Evangelho segundo São Mateus, capítulo 20, versículos 25 a 27:

Mas Jesus, chamando-lhe, e disse: Sabeis que os príncipes dos gentios exercem domínio sobre eles, e os que têm autoridade sobre eles são grandes. Mas não será assim entre vós: mas quem quiser ser grande entre vós, seja vosso serviçal; E quem quiser ser o primeiro entre vós, seja vosso servo.

Referências

  1. Anuário Pontifício, publicado anualmente pela Libreria Editrice Vaticana, p. 23 *. Edição do 2009. ISBN 978-88-209-8191-4.
  2. «Servus Servorum Dei». Catholic Encyclopedia; New Advent. Consultado em 4 de fevereiro de 2010 
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