Sears – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para outros significados, veja Sears (desambiguação).
Sears, Roebuck & Company
Sears
Subsidiária
Atividade Varejo
Fundação 1886 (138 anos) em Chicago, Illinois,  Estados Unidos
Sede Hoffman Estates, Illinois,
 Estados Unidos
Proprietário(s) Sears Holdings Corporation
Obras Sears Tower
Website oficial Sears.com

A Sears, Roebuck and Company mais conhecida como Sears é uma empresa comercial proprietária de uma rede de lojas de departamentos americana sediada na cidade de Chicago, no estado americano de Illinois.

História[editar | editar código-fonte]

Foi fundada por Richard Warren Sears (1863-1914) e Alvah Curtis Roebuck em 1893 na cidade de Chicago. Richard Sears era um agente ferroviário e iniciou a sua atividade de comerciante vendendo relógios de bolso, a associação com o relojoeiro Alvah Roebuck deu início ao negócio de vendas por catálogos tendo sido a primeira loja de departamentos a fazer este tipo de vendas. Foi também a primeira primeira varejista a suprir praticamente de quase tudo, abrindo depois lojas de departamento em todo o país.[1][2][3]

A melhor época da empresa aconteceu na década de 1960, quando assumiu a posição de maior varejista do mundo, sendo ultrapassada pela rede Walmart em 1991.[4]

Decadência[editar | editar código-fonte]

Acesso a uma loja Sears em 2014.
Área de comercialização de uma loja Sears em 2017.

A Sears fez parte do índice Dow Jones Industrial Average por 76 anos de janeiro de 1920 até ser removida em novembro de 1999. A empresa esteve listada no índice de ações S&P 500, desde a criação do índice em 1957 até setembro de 2012 quando deixou de ser considerada relevante para o índice financeiro. [5]

A rede comercial adquiriu no ano de 2005 a cadeia de lojas de departamento da Kmart e ambas as redes passaram a ser controladas pela Sears Holdings Corporation. Na época da fusão a nova empresa passou a administrar 3.500 lojas com uma venda anual de US$55 bilhões.[1]

As dificuldades financeiras da empresa começaram com a crise econômica de 2008 e se agravaram com a perda de competitividade para as redes com maior presença nas vendas online que passaram a dominar o segmento de varejo onde atua a Sears.[4]

As vendas da Sears caíram 60% desde o ano de 2010, último em que teve lucro. A empresa não conseguiu cumprir com o pagamento de 134 milhões de dólares previsto para 15 de outubro de 2018 e declarou falência.[6]

A empresa passou por um processo de reorganização após a falência, fechando inclusive 142 lojas. As ações cotadas na Bolsa NASDAQ que valiam US$100 em 2008, passaram a valer US$1 no ano de 2017.[4]

Brasil[editar | editar código-fonte]

As lojas Sears chegaram ao Brasil em 1949 sendo inovadora no mercado varejista com uma ampla variedade de produtos, atuando em grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. O Mappin e Mesbla eram os principais concorrentes da época. Utilizou o slogan Satisfação garantida ou seu dinheiro de volta e a empresa foi líder de mercado até o início da década de 1980. Uma das lojas mais conhecidas estava localizada na Praça Oswaldo Cruz, no bairro Paraíso onde funcionava um salão de festas anexo conhecido como Blue Room, no local hoje funciona o Shopping Paulista. Outra loja muito procurada era a da Água Branca que em 1952 instalou a primeira escada rolante do Brasil.[7][8]

Em 1983 a holandesa Malzoni e a Vendex adquiriram o controle acionário das 11 lojas da Sears no Brasil. Na década de 1990 as lojas passaram a ser do Mappin, e em alguns casos, shopping centers.[7]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Fred Barbash e Michael Barbaro. «Sears, Kmart to Merge in $11B Deal» (em inglês). The Washington Post Company. Consultado em 30 de março de 2021. Cópia arquivada em 24 de janeiro de 2021 
  2. «Sears Archives» (em inglês). Sears Archives. Consultado em 31 de março de 2021. Cópia arquivada em 25 de março de 2021 
  3. Caio Blinder (30 de novembro de 2018). «A Sears foi a tentação do varejo. Mas o paraíso acabou». Forbes. Consultado em 2 de abril de 2021. Cópia arquivada em 26 de outubro de 2020 
  4. a b c Mariana Desidério (15 de outubro de 2018). «Como a Sears foi de maior varejista do mundo para a beira da falência». Revista Exame. Consultado em 2 de abril de 2021. Cópia arquivada em 2 de abril de 2021 
  5. James Hartford (30 de agosto de 2012). «Sears Holdings to be Removed from SandP 500 Index» (em inglês). SGB Media. Consultado em 30 de março de 2021. Cópia arquivada em 30 de março de 2021 
  6. «Gigante do retalho americano Sears declara falência». Observador. Consultado em 31 de março de 2021. Cópia arquivada em 21 de janeiro de 2021 
  7. a b Liz Batista (21 de agosto de 2015). «Era uma vez em SP ... lojas Sears». Estadão. Consultado em 31 de março de 2021. Cópia arquivada em 24 de julho de 2020 
  8. Lygia Bradnick. «Sears Roebuck». São Paulo Minha Cidade. Consultado em 2 de abril de 2021 

Bibligrafia[editar | editar código-fonte]

  • The Big Store: Inside the Crisis and Revolution at Sears Paperback, novembro de 1988, Donald R. Katz (em inglês)
  • Sears, Roebuck, U.S.A.: The Great American Catalog Store and How It Grew Hardcover, novembro de 1977, Gordon L. Weil (em inglês)
  • The 1942 Sears Christmas Book, Sears, Roebuck and Co., Ben B. Judd, Jr. (em inglês)

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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