Sarah Sheeva – Wikipédia, a enciclopédia livre

Sarah Sheeva
Nome completo Sarah Sheeva Cidade Gomes
Nascimento 'Riroca Cidade Gomes
10 de fevereiro de 1973 (51 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Nacionalidade brasileira
Progenitores Mãe: Baby do Brasil
Pai: Pepeu Gomes
Parentesco Zabelê (irmã)
Nãna Shara (irmã)
Filho(a)(s) 1
Ocupação
Período de atividade 1997—presente
Carreira musical
Gênero(s) Gospel
Instrumento(s) Vocal
Gravadora(s)
Afiliações
Religião cristã protestante
Página oficial
www.sarahsheeva.com.br

Sarah Sheeva Cidade Gomes (nascida 'Riroca Cidade Gomes;[1] Rio de Janeiro, 10 de fevereiro de 1973), é uma pastora, escritora e cantora brasileira. Filha dos cantores Pepeu Gomes e Baby do Brasil, também seguiu carreira musical a exemplo de seus pais. Junto com as irmãs Zabelê e Nana Shara, formou o grupo SNZ, que obteve êxito no fim dos anos 1990 e início da década de 2000.

Deixou o trio em 2003, passando a se dedicar à carreira de missionária evangélica. Lançou um álbum gospel e publicou dois livros.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Infância[editar | editar código-fonte]

Seus pais levaram oito meses para lhe dar um nome, e quando decidiram, lhe deram o nome de ‘Riroca (escrito com um apóstrofo antes do ‘R) que em língua indígena Tupi-guarani significa “Casa do Amor”. Os primeiros anos de sua vida foram em um sítio onde o grupo Novos Baianos montou uma comunidade, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro.[2] Devido ao bullying que sofreu na escola como consequência ao nome sugerir provocações de outras crianças como "apagando a perninha do "R", pediu para que trocasse pelo nome Sarah, pelo qual disse ser apaixonada e de significado "princesa" que é tema central dos seus cursos onde ensina a mulher a se valorizar mais, se doando apenas depois do casamento.

Sua carreira musical começou aos três anos, quando seus pais ainda faziam parte do grupo Novos Baianos.[3] No álbum “Caia na Estrada e Perigas Ver” cantou, e a faixa “Porto dos Balões” é creditada em sua autoria.[4] Continuou compondo com seus pais nos anos seguintes, sendo co-autora de sucessos como “Planeta Vênus” e “Barrados na Disneylândia”.[5]

Em 1987, seus pais mudaram oficialmente seu nome para Sarah Sheeva, sendo o primeiro nome “Sarah” inspirado no nome da personagem da atriz Jennifer Connelly no filme Labirinto, filme protagonizado também pelo cantor e ator David Bowie, por quem Sarah nutria grande paixão e admiração. O segundo nome “Sheeva” sugerido por sua mãe, foi inspirado no segundo nome de Cosma Shiva Hagen, filha da atriz e cantora Nina Hagen, que Sarah havia conhecido quando ambas eram crianças, nos bastidores do primeiro Rock in Rio em 1985. Apesar de ter se inspirado no segundo nome de Cosma, Sarah decidiu mudar a grafia do nome “Shiva” para “Sheeva” para que não fosse associada a uma religião indiana.[5]

Sarah começou a desenhar ainda na adolescência, e começou a trabalhar em 1991 como figurinista nos bastidores da música, depois se tornou desenhista de alta costura e aspirante à estilista. Também em 1991, Sarah teve sua filha, Rannah Sheeva. [1][6]

Carreira musical[editar | editar código-fonte]

Sua carreira musical começou ainda nos anos 1990, quando foi backing vocal de Baby do Brasil e Pepeu Gomes ao lado das irmãs.[7] Em 1997, começou a formar o grupo SNZ, junto com as irmãs Nãna Shara e Zabelê, na qual atuou por cinco anos. O primeiro álbum do grupo, intitulado SNZ, foi lançado em 2000 pela Warner Music, produzido por Tom Capone e Plínio Profeta. O primeiro single "Longe do Mundo", também foi escolhido como trilha sonora do filme O Trapalhão e a Luz Azul.[8] O segundo single e carro-chefe do álbum "Retrato Imaginário", foi escrito por Nãna Shara (irmã de Sarah Sheeva) em parceria com a cantora brasileira Deborah Blando. A música rapidamente se tornou um sucesso e ganhou muito apoio das rádios e das emissoras de TV. Um remix da música também foi feito para o vídeo da mesma e também lançado nas rádios. A terceira música de trabalho, uma sofisticada releitura R&B do hit "Dancin' Days" de Nelson Mota (gravada pelas As Frenéticas na década de 70) também recebeu prestígio das rádios, sendo lançada como terceira música de trabalho do grupo, e teve seu vídeo clipe dirigido e produzido pelo diretor Alex Miranda, sendo na época, um grande sucesso na MTV brasileira.[6]

O segundo álbum de estúdio lançado pelo grupo, em 2001, levou o título de Sarahnãnazabelê. Produzido por Paulo Jeveaux, o álbum foi um grande sucesso, começando pelo dueto com o cantor americano Richard Lugo na música "Nothing's Gonna Change My Love For You"/"Nada vai Tirar Você de Mim", de George Benson, canção que foi um grande sucesso nas rádios, e teve seu vídeo clipe dirigido por Preta Gil e Caio Blat, sendo um outro grande sucesso na MTV brasileira. Essa música também foi incluída na trilha sonora da novela Um Anjo Caiu do Céu.[9] (Rede Globo). A gravadora tentou trazer o formato de single físico ao Brasil, sem bom sucesso. A segunda música de trabalho desse álbum, considerada o maior sucesso do grupo SNZ foi a música "Se Eu Pudesse" de autoria da própria Sarah Sheeva, chegando a ficar por meses em #1 e #2 lugar nas paradas de sucessos das rádios de todo o Brasil, e tendo seu vídeo clipe entre os top 10 da época na MTV brasileira.[6]

Em 2002, a banda recebeu o Prêmio Multishow de Música Brasileira na categoria "grupo revelação".[10] No mesmo ano, Sarah Sheeva anunciou que deixaria a banda e trabalhar por tempo integral como missionária e pregadora da Bíblia. Contudo, um álbum de remixes, contendo os sucessos da banda em versões remixadas e uma faixa inédita foi lançado no mesmo ano, acompanhando o possível final do grupo. Deixou a banda definitivamente em 2003.[11]

Missionária evangélica[editar | editar código-fonte]

Sarah passou a fazer parte da Igreja Celular Internacional.[12] Inicialmente, ela encontrou resistência da família, mas a reaproximação com a mãe conteceu quando a própria Baby começou a pregar na igreja Ministério do Espírito Santo de Deus em Nome de Jesus.[12] Em 2005, lançou seu primeiro álbum gospel, chamado "Tudo Mudou".[3] Em setembro de 2007 Sarah ingressa na carreira de escritora e lança seu primeiro livro, "Defraudação Emocional"[12] e, no ano seguinte, em setembro de 2008, lança o segundo livro, chamado "Onde foi que eu errei?".[12]

Como pastora, Sarah ganhou fama por ter criado o "culto das princesas", uma reunião em que só participam mulheres. Em 2011, chegou a reunir três mil pessoas em Mauá (SP).[13] Seus ensinamentos incluem a abstinência sexual até o casamento.[13]

Sarah é frequentemente citada a respeito de sua sexualidade. Em 2008, ela concedeu uma entrevista à revista Quem e contou que era "ninfomaníaca e promíscua" antes da conversão e que decidiu praticar a abstinência sexual.[12] Na época, ela contou que estava sem fazer sexo há nove anos.[12] Em 2021, em entrevista à RedeTV!, ela disse que preferiu ficar longe da vida sexual para poder ficar mais dedicada às atividades religiosas.[14]

A pastora virou notícia em 2017, quando criticou a exposição do corpo feminino e citou como exemplo o clipe de Vai Malandra, de Anitta.[7] A cantora rebateu e ironizou ao perguntar ao marido, Thiago Magalhães, se era "malandra ou princesa".[7]

Em novembro de 2021, Sarah voltou a ser manchete após relembrar uma pregação que havia feito sobre artistas da música sertaneja. Na época, a cantora Marília Mendonça havia morrido devido a um acidente aéreo. Um mês antes da morte da cantora no dia 10 de outubro, Sarah disse que havia ficado escandalizada com as letras da cantora, embora não a citasse diretamente na pregação.[15] A pastora afirmou que as canções falavam de "fossa, de dor de cotovelo e chifre" e que invocava o "espírito de adultério".[15] Depois, Sarah pediu aos artistas sertanejos para "aceitarem Jesus".[15]

Após a morte da cantora, um seguidor de Sarah relembrou essa pregação e disse que a pastora havia feito uma "profecia" sobre Marília.[15] Nas redes sociais, Sarah admitiu que estava falando sobre Marília naquela pregação e afirmou estar em "estado de choque", pois já não lembrava mais do teor daquela mensagem.[15]

Discografia[editar | editar código-fonte]

Álbuns[editar | editar código-fonte]

Com o SNZ[editar | editar código-fonte]

Solo[editar | editar código-fonte]

  • Tudo Mudou (2005)

Singles[editar | editar código-fonte]

Com o SNZ[editar | editar código-fonte]

Lista de singles, com posições nas paradas selecionadas
Título Ano Posições Álbum
BRA
Hot 100
[16]
"Longe do Mundo" 1999 5 SNZ
"Dancin' Days" 2000 9
"Retrato Imaginário" 1
"Venha Dançar" 17
"Nothing's Gonna Change My Love For You"
(com Richard Lugo)
2001 3 Sarahnanazabele
"Se Eu Pudesse" 2002 14
"Já Foi" 37
"DNA do Som" 15 Remix Hits
"—" denota singles que não entraram nas paradas ou não foram lançados no país.

Solo[editar | editar código-fonte]

Eu Decido Confiar (2012, Gospel, Letra e Música: Sarah Sheeva) [2]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Defraudação Emocional (2007)
  • Onde Foi Que Eu Errei? (2008)

Referências

  1. «Baby do Brasil». Dicionário Cravo Albin. Consultado em 22 de dezembro de 2023 
  2. «Uma gente que vive sorrindo». Abril. Realidade (Nº 101): p. 94. Agosto de 1974. Consultado em 27 de abril de 2023 
  3. a b «Baby do Brasil: quem são as filhas da cantora». 10 de dezembro de 2022. Consultado em 26 de abril de 2023 
  4. «Novos Baianos: a antropofagia que salvou o rock». Jornal do Brasil. 8 de janeiro de 1979. Consultado em 27 de abril de 2023 
  5. a b Sheeva, sarah (4 de maio de 2019). «Biografia Sarah Sheeva». Site Oficial Sarah Sheeva. Consultado em 4 de maio de 2019 
  6. a b c Sheeva, Sarah (4 de maio de 2019). «Biografia Sarah Sheeva». Site Oficial Sarah Sheeva. Consultado em 4 de maio de 2019 
  7. a b c «Sarah Sheeva critica 'Vai Malandra' e Anitta rebate com ironia». F5. 27 de dezembro de 2017. Consultado em 26 de abril de 2023 
  8. Trilha sonora de O Trapalhão e a Luz Azul, Pacific music, consultado em 7 de novembro de 2010, cópia arquivada em 16 de agosto de 2004 
  9. Trilha sonora de Um Anjo Caiu Do Céu, Teledramaturgia .
  10. «Jornal Hoje», G1, Globo .
  11. Sheeva, Sarah (4 de maio de 2019). «Biografia de Sarah Sheeva». Site Oficial Sarah Sheeva. Consultado em 4 de maio de 2019 
  12. a b c d e f «Sarah Sheeva: "Acho o máximo fazer abstinência sexual" - Edição 419 (15/09/2008)». Quem. Consultado em 26 de abril de 2023 
  13. a b «Ex-cantora vira fenômeno evangélico». Agora São Paulo. 12 de novembro de 2011. Consultado em 26 de abril de 2023 
  14. «Sarah Sheeva diz que não faz sexo há mais de 18 anos | Televisão | O DIA». O Dia. Consultado em 26 de abril de 2023 
  15. a b c d e «Sarah Sheeva fez 'pregação' para Marília Mendonça há um mês: 'Em choque'; assista». Extra Online. 8 de novembro de 2021. Consultado em 26 de abril de 2023 
  16. «SNZ Singles Chart History». Top 40 Charts. Consultado em 28 de maio de 2011 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]