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Sandro Mabel
Sandro Mabel
Sandro Mabel
Deputado federal por Goiás
Período 1.º- 1º de fevereiro de 1995
a 1º de fevereiro de 1999
2.º- 1º de fevereiro de 2003
a 1º de fevereiro de 2015
(3 mandatos consecutivos)
Deputado estadual de Goiás
Período 1º de fevereiro de 1991
a 1º de janeiro de 1995
Dados pessoais
Nome completo Sandro Antonio Scodro
Nascimento 31 de dezembro de 1958 (65 anos)
Ribeirão Preto, SP
Nacionalidade brasileiro
Alma mater Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP)
Prêmio(s) Ordem do Mérito Militar[1]
Partido
Profissão administrador, político

Sandro Antonio Scodro ComMM (Ribeirão Preto, 31 de dezembro de 1958), conhecido como Sandro Mabel, é um administrador e político brasileiro filiado ao União Brasil.[2] Por Goiás, foi deputado federal durante quatro mandatos e deputado estadual.

Atuação parlamentar[editar | editar código-fonte]

Em 1997, como deputado federal, Mabel foi admitido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso à Ordem do Mérito Militar no grau de Comendador especial.[1]

Foi relator do substitutivo da PEC 74-A que altera o Sistema Tributário Nacional, que realiza a Reforma Tributária Brasileira. O trabalho foi desenvolvido para simplificar a tributação do país e redistribuir a arrecadação entre União, Estados e Municípios, desconcentrando o dinheiro público das mãos da União. O projeto não foi votado por falta de vontade política.

É autor do PL 4330 de 2004 que, segundo os defensores da proposta, tem como objetivo proteger ainda mais os trabalhadores terceirizados. No entanto o projeto divide opiniões, pois enseja a terceirização de quaisquer atividades das empresas, ao não definir o que seria atividade fim e atividade meio[3] e esvazia a responsabilidade da contratante, quanto a eventuais inadimplências da prestadora de serviços em relação aos seus empregados. Além de liberar a terceirização nas atividades essenciais da empresa, acaba com a responsabilidade solidária da contratante. Desse modo, se a terceirizada não arcar com as obrigações trabalhistas, a tomadora de serviços pode não ter qualquer responsabilidade pelos trabalhadores que prestavam serviço a ela e nem ser cobrada na Justiça.[4]

As centrais sindicais e movimentos sociais afrontaram diretamente a proposta, chegando a interromper sua votação em 3 de setembro de 2013.[5] Os órgãos patronais que representam os setores ligados ao capital industrial, do qual o deputado é representante, e agrário defendem o projeto em busca de tornar as empresas mais competitivas e de se elidirem dos encargos trabalhistas. Segundo Souto Maior, especialista em direito trabalhista da Universidade de São Paulo o projeto (4330/04) vem preconizar que terceirização 'é técnica moderna de administração do trabalho’, mas de fato, representa uma estratégia de destruição da classe trabalhadora, de inviabilização do antagonismo de classe, servindo ao aumento da exploração do trabalhador, que se vê reduzido à condição de coisa invisível.[6]

Denúncias de corrupção[editar | editar código-fonte]

O deputado é suspeito de cobrar propina da Odebrecht em troca da liberação de uma obra, segundo inquérito autorizado pelo ministro o STF Edson Fachin, e cujos valores chegaram a dez milhões de reais. Os delatores da Odebrecth (atual Novonor) relataram terem destinado pagamento um total de 50 milhões de reais a um grupo de quatro parlamentares para auxiliarem a Odebrecht e Andrade Gutierrez a vencerem a licitação da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio e aparar arestas com o governo federal. Um dos nome era o de Mabel, que recebeu 10 milhões de reais; os outros eram o então deputado Eduardo Cunha (20 milhões de reais), o senador Romero Jucá (dez milhões de reais), e o deputado Arlindo Chinaglia, na época o presidente da Câmara dos Deputados (dez milhões de reais). Os valores seriam pagos pelas duas construtoras, de acordo com sua fatia no consórcio que ganhou a licitação. [7]


Atuação na sociedade civil[editar | editar código-fonte]

Foi reeleito Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás - FIEG para o período 2023-2026. [8].

Desenvolve e apoia projetos humanitários como associado do Rotary Club de Goiânia desde 1984. [9]

Notas

Referências

  1. a b BRASIL, Decreto de 31 de março de 1997.
  2. Entrelinhas. «Caiado filia ex-deputado Sandro Mabel ao União Brasil e o lança como candidato em Goiânia». Gazeta do Povo. Consultado em 4 de abril de 2024 
  3. Pedrosa, Leyberson (7 de agosto de 2013). «Saiba o que é o PL 4330/2004, que trata da terceirização no Brasil». EBC 
  4. Ciaffone, Andréa (5 de setembro de 2013). «Terceirizado ganha 27% menos e sofre mais». Diário do Grande ABC. Consultado em 10 de fevereiro de 2014 
  5. SILVA, Juliana C. (4 de setembro de 2013). «Protestos e violência na Câmara dos Deputados adiam votação do PL 4330». GGN. Consultado em 10 de setembro de 2015 
  6. Batista, Caê (21 de agosto de 2013). «Um retrato da terceirização e os perigos do PL 4330/04 que pode abrir portas para a privatização». CSP-Conlutas. Consultado em 10 de fevereiro de 2015 
  7. «Delação da Odebrecht: Arlindo Chinaglia é suspeito de cobrar propina para liberar obra». G1. Globo. 12 de abril de 2017. Consultado em 17 de abril de 2017 
  8. https://fieg.com.br/noticia-sandro-mabel-e-reeleito-presidente-da-federacao-das-industrias-do-estado-de-goias
  9. https://abrol-rio.com.br/membro/sandro-mabel/

Ligações externas[editar | editar código-fonte]