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Samuel Rosa
Samuel Rosa
Informação geral
Nome completo Samuel Rosa de Alvarenga
Nascimento 15 de julho de 1966 (57 anos)
Local de nascimento Belo Horizonte, MG
Brasil
Nacionalidade brasileiro
Gênero(s) Pop rock, Reggae, Ska
Ocupação(ões) Cantor, compositor e violonista
Instrumento(s) Vocal, guitarra e violão
Extensão vocal Tenor
Período em atividade 1991-presente
Gravadora(s) Independente
Chaos
Epic Records
Sony BMG Music Entertainment
Sony Music
Afiliação(ões) Chico Amaral, Ira!, Lô Borges, Nando Reis, Skank, Carlos Santana
Página oficial skank.com.br

Samuel Rosa de Alvarenga (Belo Horizonte, 15 de julho de 1966), mais conhecido como Samuel Rosa, é um cantor, compositor e guitarrista brasileiro. Foi o vocalista e guitarrista do grupo Skank, no qual foi compositor das melodias da maioria das canções do grupo, como os singles "Ainda Gosto Dela" e "Noites de um Verão Qualquer". Uma de suas maiores parcerias é com Chico Amaral,[1] músico, ex-saxofonista da banda e principal letrista nas composições. As canções escritas por ele têm influencias de artistas como Bob Dylan, The Beatles, Slash, Oasis, Clube da Esquina, além das bandas do Rock Brasileiro dos anos 80, como Ira!, Titãs e Os Paralamas do Sucesso. É ex-marido de Ângela Castanheira, com quem teve os seus dois filhos, o músico Juliano Rosa e Ana Alvarenga.

É torcedor declarado do Cruzeiro Esporte Clube,[2] assim como seu ex-colega de banda, o tecladista Henrique Portugal.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Começo[editar | editar código-fonte]

Samuel Rosa de Alvarenga nasceu em Belo Horizonte, no dia 15 de julho de 1966, filho de uma dona de casa, Susana Rosa de Alvarenga, e de um psicólogo de Itabira, Wolber de Alvarenga, no interior de Minas Gerais. Seu pai sempre teve bom gosto para música. Se por um lado ele não gostava de Jovem Guarda, por outro, Samuel deve muito a ele, por tudo o que escutou em casa, como Beatles, Clube da Esquina, Tropicália, Chico Buarque, mas demorou para abrir o seu leque musical. Foi difícil assumir que gostava de Roberto e Erasmo, que são influências fortes do Skank, e na sua casa, só tocavam no rádio da cozinha. Sua vontade de trabalhar com música veio na adolescência lá pelos 14, 15 anos, em uma fase em que estava muito angustiado. A música praticamente salvou sua vida, e o ajudava a manter um nível razoável de auto-estima. Sempre foi um menino quieto, que demorou a crescer e não era bonito. Por tocar, ganhou algum destaque na sala de aula, na roda de amigos, virou popular no colégio. Aos 17 anos, não queria escolher profissão nenhuma, para ele, o colégio duraria só mais três anos.[3]

Pois sua vida estava muito boa, tinha uma turma ótima. Na faculdade fez Psicologia por grande influência do seu pai. Seu pai vibrou muito por ele ter escolhido a profissão dele, mas fez psicologia muito dividido. Foi um péssimo aluno, os professores jogavam na sua cara o fato de seu pai ter sido um ótimo aluno e ter se transformado em um ótimo profissional. Aquilo mexia muito com ele. Na faculdade, nunca teve turma, sua sala era formada 80% por mulheres. Na segunda-feira ele chegava louco para comentar os resultados do futebol e não conseguia encontrar pessoas com quem conversar sobre os mesmos interesses. A faculdade foi um peso na sua vida. Não chegou a trabalhar com a Psicologia, mas fez alguns estágios. Na faculdade, já tinha banda e assim se aliviava um pouco. Se formou e poderia ter montado consultório. Só que chegou uma hora em que seu pai viu que a coisa não estava boa e que vivia muito angustiado. Se lembra uma vez em que ele o chamou para conversar e disse:

No dia 13 de setembro de 2001 recebeu a Medalha de Honra da Universidade Federal de Minas Gerais em cerimônia presidida pelo reitor Francisco César de Sá Barreto.[4]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Em 1983, Samuel Rosa e Henrique Portugal começaram a tocar em uma banda de reggae chamada Pouso Alto, junto com os irmãos Dinho (bateria) e Alexandre Mourão (baixo). Em 1991, o Pouso Alto conseguiu um show na casa de concertos Aeroanta, em São Paulo, mas como os irmãos Mourão não estavam em Belo Horizonte, o baixista Lelo Zaneti e o baterista Haroldo Ferretti foram chamados para o show. A banda fez sua estreia em 5 de junho de 1991, e devido á final do Campeonato Paulista no mesmo dia, o público pagante foi de 37 pessoas. Após o show, o grupo mudou seu nome para Skank, inspirado na canção de Bob Marley, "Easy skanking", e começou a tocar regularmente na churrascaria belohorizontina Mister Beef. A proposta musical inicial era uma adaptação do dancehall jamaicano aos ritmos brasileiros. Esse formato de reggae eletrônico era uma natural evolução do tradicional reggae de raiz, popularizado por Peter Tosh, Bob Marley e Jimmy Cliff. O primeiro álbum do grupo, Skank, gravado de forma independente, foi lançado em 1992. Após 1,2 mil cópias das 3 mil iniciais serem vendidas, a Sony Music decidiu assinar contrato com o Skank, e relançou o álbum em abril de 1993. "Levaram o grupo a mais de 120 concertos pelo Brasil, que resultaram na vendagem de 120 mil cópias do álbum de estreia. O segundo álbum, Calango (1994), inaugurou a parceria com o produtor paulista Dudu Marote e vendeu 1 200 000 cópias de cópias. "Garota Nacional" foi o principal single de O Samba Poconé, álbum de 1996. Chegou a liderar as paradas na Espanha e levou o grupo a digressionar por países como Argentina, Chile, Estados Unidos, França, Alemanha, Itália, Suíça e Portugal.

O álbum atingiu a marca de 1 800 000 cópias. A Sony Music, em 1997, lançou a compilação Soundtrack For a Century para comemorar o seu centenário, adicionando "Garota Nacional", a única canção em língua portuguesa. Em 1998 a FIFA incluiu "É Uma Partida de Futebol" no disco oficial da Copa do Mundo. No mesmo ano Samuel Rosa inicia uma série de concertos com o cantor e compositor mineiro Lô Borges. Em Siderado, mostrando amadurecimento e uma aproximação com o rock and roll, o grupo trabalhou com John Shaw (UB40) e Paul Ralphs). O álbum foi lançado em julho de 1998, e mixado em Abbey Road, estúdio londrino consagrado pelos Beatles; Daúde e o grupo instrumental Uakti foram os convidados especiais, e o álbum vendeu 750 mil cópias. Em 1999 a banda participou de Outlandos D'Americas, um tributo de grupos sul americanos ao The Police gravando "Estare Prendido En Tus Dedos", versão da canção "Wrapped Around Your Finger". Maquinarama, lançado em julho de 2000, teve a produção de Chico Neves e Tom Capone e vendeu 275 mil cópias. Maquinarama é considerado um divisor de águas na carreira do grupo, que já não mais utilizou metais em suas gravações. Em 2000, a banda era uma das atrações do Rock in Rio III que ocorreria no ano seguinte, mas desistiu junto com outros quatro grupos (Raimundos, Jota Quest, Charlie Brown Jr. e Cidade Negra) em protesto contra a exclusão de O Rappa. Em 2001, com a parceria da MTV Brasil, o grupo grava na cidade de Ouro Preto o seu primeiro disco ao vivo. MTV Ao Vivo em Ouro Preto vendeu 600 mil cópias. A única canção inédita deste projeto, "Acima do Sol", liderou as paradas de rádio no país, nesse mesmo ano, a cantor Simone, grava a canção Cofre de Seda no álbum Seda Pura, composta por ele e Rodrigo Leão.[5] No ano seguinte Samuel Rosa participa em "É Proibido Fumar" do Acústico MTV de Roberto Carlos. Cosmotron, produzido pelo grupo e Tom Capone, foi lançado em julho de 2003 e vendeu 250 mil cópias. Radiola, lançada em outubro de 2004, foi a primeira compilação do Skank. A regravação de "Vamos Fugir" de Gilberto Gil e Liminha foi uma das quatro canções inéditas. Radiola vendeu 200 mil discos.

Em março de 2006 a banda iniciou em Belo Horizonte as gravações de seu nono álbum, Carrossel, o sétimo com canções inéditas. O trabalho recebeu a produção de Chico Neves, produtor que atuou anteriormente em Maquinarama, e Carlos Eduardo Miranda, produtor do Acústico MTV da banda O Rappa. No álbum são apresentadas novas parcerias, Arnaldo Antunes e César Mauricio que, além de ex-integrante do Virna Lisi, foi responsável pelo visual de Siderado. Em outubro de 2006 a banda é o primeiro grupo brasileiro a ter um álbum lançado em formato digital. Um fabricante de telefones celulares, Sony Ericsson, lança um aparelho com o álbum Carrossel completo e o videoclipe de "Uma Canção é Pra Isso". Em Abril de 2007, o Skank, também de forma pioneira, recebe o "Celular de Ouro", reconhecido pela ABPD, pela vendagem de 6 mil unidades do produto. Em fevereiro de 2008 o grupo retoma a parceria com Dudu Marote e grava "Beleza Pura", de Caetano Veloso, para a abertura da novela com o mesmo nome. Também em 2008 o grupo entra em estúdio para a gravação de seu novo álbum de inéditas, Estandarte. O lançamento do álbum aconteceu no dia 15 de Setembro de 2008. O álbum foi bem acolhido pelo público, no Hot 100 Brasil o álbum estreou muito bem na #10 posição. Já a canção "Ainda Gosto Dela" que conta com a participação da cantora Negra Li também é um sucesso. A canção foi incluída na nova novela das 6 da Rede Globo: Negócio da China. Passados alguns meses, as canções "Um gesto Qualquer" e "Pára-Raio" são incluídas nas respectivas novelas da Rede Globo: Malhação e Caminho das Índias. O disco Estandarte, segundo a revista Rolling Stone, foi um dos 25 melhores CDs nacionais lançados em 2008 e a canção "Chão" uma das 25 melhores canções.

Em maio de 2013, o vocalista do Skank foi a Las Vegas gravar uma nova versão da faixa "Saidera" com o guitarrista Carlos Santana. A canção do Skank, lançada em 1998 no disco "Siderado". Depois de gravar uma versão de "Saidera" em espanhol com Carlos Santana, Samuel Rosa se apresentou ao lado do músico em um show lançado em DVD. A apresentação, no dia 14 de dezembro, no VGA Arena, em Guadalajara, também marcou o lançamento do álbum "Corazon".[6]

Em 2016, é lançado o DVD Samuel Rosa & Lô Borges - ao Vivo No Cine Theatro Brasil, que traz canções do repertório do Skank e de Borges, além de composições inéditas feitas em parceria.[7]

O filho de Rosa, Juliano, também é músico, líder do grupo Daparte. A banda chegou a abrir shows do Skank, a gravadora do pai, Sony Music, aceitou distribuir o álbum de estreia da banda em 2018, e Samuel participou do primeiro show oficial do conjunto.[8]

Em 2019, Samuel Rosa anunciou que o Skank faria uma pausa após comemorações de 30 anos da banda em 2020.[9]

Discografia[editar | editar código-fonte]

Skank[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Discografia de Skank

Álbuns de Estúdio[editar | editar código-fonte]

DVDs[editar | editar código-fonte]

Com Lô Borges[editar | editar código-fonte]

Participação em Outros Projetos (parcial)[editar | editar código-fonte]

  • 1996 - Participação na faixa "Minas Com Bahia", presente no álbum Feijão com Arroz, de Daniela Mercury
  • 1999 - Participação na faixa "Bola de Meia, Bola de Gude", presente no álbum "Bis", de 14 Bis
  • 1999 - Participação na faixa "Um Girassol da Cor do Seu Cabelo", presente no álbum Isso é Amor, de Ira!
  • 2001 - Participação na faixa "É Proibido Fumar", presente no álbum Acústico MTV, de Roberto Carlos
  • 2003 - Participação na faixa "Continue Pensando Assim", presente no álbum Rock, Meu Amor, de Penélope
  • 2004 - Participação na faixa "Tarde Vazia", presente no álbum Acústico MTV, de Ira!
  • 2007 - Participação na faixa "Não Vou Ficar", presente no álbum Multishow ao Vivo: Ivete no Maracanã, de Ivete Sangalo
  • 2007 - Participação nas faixas "Eu e a Felicidade" e "Resposta", presentes no álbum Luau MTV, de Nando Reis
  • 2008 - Participação na faixa "Lourinha Bombril (Parate y Mira)", presente no álbum Paralamas e Titãs Juntos e Ao Vivo, de Os Paralamas do Sucesso e Titãs
  • 2008 - Participação nas faixas "Clube da Esquina nº 2" e "Dois Rios", presente no álbum "Intimidade", de Lô Borges
  • 2008 - Participação na faixa "Tudo o Que Eu Preciso", presente no álbum "Efeito Moral", de Relespública
  • 2014 - Participação na faixa "Saideira", presente no álbum Corazón, do guitarrista mexicano Carlos Santana
  • 2014 - Participação na faixa "Pra Curar Essa Dor", presente no álbum Na Medida do Impossível, de Fernanda Takai
  • 2017 - Participação na faixa "Daqui Pro Futuro", presente no álbum "Daqui Pro Futuro", de Vespas Mandarinas
  • 2018 - Participação na faixa "Sinceramente", presente no álbum "Clássicos", de Cachorro Grande
  • 2019 - Participação na faixa "A Tal Canção Pra Lua", presente no álbum "Microfonando", de Vitor Kley
  • 2020 - Participação na faixa "Dínamo", presente no álbum "Dínamo", de Lô Borges
  • 2022 - Participação nas faixas "Amor Em Vão" e "Tudo Que Vai", presentes no álbum "Capital Inicial 4.0", de Capital Inicial
  • 2022 - Participação na faixa "Maior Abandonado", presente no álbum "Barão 40 (Acústico)", de Barão Vermelho

Referências

  1. James, Rodrigo; Terence Machado, Thiago Pereira. «ENTREVISTA - SKANK». Alto Falante. Consultado em 27 de abril de 2007 
  2. Ivanov, Ricardo (28 de setembro de 2001). «Cantor brinca com estigma de "antipático"». Terra. Consultado em 27 de abril de 2007 
  3. «Samuel Rosa - Aniversário - Jovem Pan FM». Consultado em 20 de junho de 2012. Arquivado do original em 28 de setembro de 2007 
  4. «COPI :: Programa Ex-alunos». www.ufmg.br. Consultado em 4 de outubro de 2016 
  5. Pedro Alexandre Sanches (19 de novembro de 2001). «Simone procura expurgar imagem brega com novo CD». Folha de S.Paulo 
  6. «Samuel Rosa participará da gravação de DVD de Santana no México em dezembro». UOL. Consultado em 18 de novembro de 2013 
  7. Samuel Rosa fala sobre parceria com Lô Borges: "É um encontro de fã com ídolo"
  8. Samuel Rosa participa do show de lançamento do álbum de estreia da banda Daparte, de seu filho, Estado de Minas
  9. Mônica Bergamo (3 de novembro de 2019). «Samuel Rosa anuncia a separação da banda Skank». Folha de S.Paulo. Consultado em 3 de novembro de 2019 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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