Sacramento – Wikipédia, a enciclopédia livre

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Sacramento significa, para a grande maioria das confissões, denominações ou ministérios cristãos, como um sinal ou um gesto divino instituído por Jesus Cristo, cuja observância deve receber reverência por parte do fiel.

Perspectiva católica[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Sacramentos católicos

São sete os sacramentos adotados pela Igreja Católica: batismo, confirmação do batismo (crisma) , confissão dos pecados (ou sacramento da penitência, da reconciliação ou do perdão) , eucaristia, ordenação sacerdotal, matrimônio e unção dos enfermos. Para os católicos, os sacramentos são sinais nos quais, por meios sensíveis, a graça de Deus em Cristo é representada, selada e aplicada aos crentes, que, por sua vez, expressam a e obediência a Deus. Esses sinais são considerados muito importantes para a salvação de cada crente e marcam as várias fases de sua vida espiritual e religiosa.

Segundo o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, "os sacramentos são sinais eficazes da graça, instituídos por Cristo e confiados à Igreja, mediante os quais nos é concedida a vida divina"(n. 224). "Os sacramentos não apenas supõem a , como também, através das palavras e elementos rituais, a alimentam, fortificam e exprimem. Ao celebrá-los, a Igreja confessa a fé apostólica. Daí o adágio antigo: lex orandi, lex credendi, isto é, a Igreja crê no que reza" (n. 228).

O Espírito Santo prepara para a recepção dos sacramentos por meio da Palavra de Deus e da fé, que acolhe a Palavra nos corações bem dispostos. Então, os sacramentos fortalecem e exprimem a fé. O fruto da vida sacramental é, ao mesmo tempo, pessoal e eclesial. Por um lado, este fruto é, para cada crente, uma vida para Deus em Jesus; por outro, é para a Igreja o seu contínuo crescimento na caridade e na sua missão de testemunho.

Sacramentos, segundo a Igreja Católica, são gestos de Deus na vida de cada crente, expressando-se simbólica e espiritualmente, e assim são considerados:

  • Sinais sagrados, porque exprimem uma realidade sagrada, espiritual;
  • Sinais eficazes, porque, além de simbolizarem um certo efeito, produzem-no realmente;
  • Sinais da graça, porque transmitem dons diversos da graça divina;
  • Sinais da , não somente porque supõem a fé em quem os recebe, mas porque nutrem, robustecem e exprimem a sua fé;

Perspectiva protestante[editar | editar código-fonte]

Sacramento é termo característico do ideário da Igreja Católica Apostólica Romana, de modo que algumas confissões protestantes não consideram correto empregá-lo, ou o fazem com reserva. Nas Igrejas protestantes históricas, são apenas dois os sacramentos: o Batismo e a Ceia do Senhor.

Martinho Lutero definiu sacramento como a situação em que um elemento (coisa material), através da palavra de Deus, transforma-se em outro. Em um sentido espiritual, não no sentido material, pois o vinho continua a ser vinho e o pão continua a ser pão. Pela promessa divina é atribuído um poder vinculado a essa matéria.

Perspectiva evangélica[editar | editar código-fonte]

Nas igrejas do Cristianismo evangélico, aderindo à doutrina da Igreja de crentes, existem duas ordenanças que são o batismo do crente (por imersão na água) e comunhão.[1][2] Algumas denominações batistas e pentecostais também praticam lava-pés como uma terceira ordenança.[3][4]

Outras Igrejas[editar | editar código-fonte]

As Igrejas Ortodoxas tem muitos sacramentos, mas destacam sete deles. São quase os mesmos da Igreja Católica. Invés do Crisma, existe a "unção com crisma", de crianças pequenas e recém-batizadas.

O Exército de Salvação não pratica sacramentos. Mas não proíbe que seus membros recebam sacramentos em outras igrejas.

A Ciência Cristã pratica o sacramento em cultos especiais, mas só em forma espiritual, sem pão, vinho ou água.

A Comunidade de Cristo tem oito sacramentos.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Dr Alan Rathe, Evangelicals, Worship and Participation: Taking a Twenty-First Century Reading, Ashgate Publishing, USA, 2014, p. 119
  2. Roger E. Olson, The Westminster Handbook to Evangelical Theology, Westminster John Knox Press, USA, 2004, p. 259-260
  3. William H. Brackney, Historical Dictionary of the Baptists, Scarecrow Press, USA, 2009, p. 219
  4. Chris Green, Pentecostal Ecclesiology: A Reader, BRILL, Leiden, 2016, p. 176

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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