Síndrome hemolítico-urêmica – Wikipédia, a enciclopédia livre

Síndrome hemolítico-urémica
Síndrome hemolítico-urêmica
Esquizocitos num esfregaço sanguíneo de um doente com síndrome hemolítico-urémica
Especialidade hematologia
Classificação e recursos externos
CID-10 D59.3
CID-9 283.11
CID-11 630790515
OMIM 235400
DiseasesDB 13052
MedlinePlus 000510
eMedicine ped/960
MeSH D006463
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Síndrome hemolítico-urêmica (português brasileiro) ou síndrome hemolítica-urémica (português europeu) (SHU) é uma síndrome caracterizada por insuficiência renal progressiva, anemia hemolítica (destruição dos glóbulos vermelhos e plaquetas) e lesão das paredes dos vasos sanguíneos. É causada pela verotoxina (toxina shiga e similares) produzida por uma infecção bacteriana.

Não confundir com síndrome urêmica (ou uremia), um sintoma da insuficiência renal envolvendo aumento da ureia e ácido úrico no sangue por desidratação.

Causa[editar | editar código-fonte]

Geralmente atinge crianças infectadas com E. coli (Escherichia coli O157H7) após vários dias de Intoxicação alimentar com diarreia com ou sem sangue. Também pode ser causada por Salmonella ou Shigella e bactérias similares. Surtos grandes foram associados ao consumo de carne mal cozida. [1]

Em adultos pode ser favorecida por fatores genéticas, infecções virais, gravidez e medicamentos como quinina (um remédio para cãibras musculares), algumas drogas quimioterápicas, a ciclosporina, medicamentos imunossupressores e medicamentos anti-plaquetários.[2]

Transmissão[editar | editar código-fonte]

O E. coli, a salmonella e o shigella são zoonoses encontradas em animais domésticos e selvagens e transmitidos por[3]:

  • Consumo de carne moída, crua ou mal cozida;
  • Consumo de laticínios não-pasteurizados;
  • Ingestão de água infectada com as fezes de animais.

Sinais e sintomas[editar | editar código-fonte]

Antes da síndrome os sintomas típicos são os de gastroenterite como[4]:

Após alguns dias, os sintomas da síndrome começam[4]:

Epidemiologia[editar | editar código-fonte]

É mais comum em crianças pequenas e em países com alto consumo de carne e pouco controle de qualidade. Em países com bom controle a incidência é de apenas de 1 ou 2 casos para cada 100.000 habitantes, mas é 6 vezes mais comum em crianças.[5] Na Argentina houve um surto de 500 casos em 2010, com redução para 300 casos em 2013, quase todos associados a carne mal cozida.[6]

Tratamento[editar | editar código-fonte]

O tratamento pode incluir dependendo dos sintomas ou da gravidade[7]:

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências