Robinson Crusoe – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Este artigo é sobre o livro. Para suas diversas adaptações, veja Robinson Crusoe (desambiguação).
Robinson Crusoe

Frontispício da primeira edição
Autor(es) Daniel Defoe
Idioma inglês
Lançamento 25 de abril de 1719

Robinson Crusoe é um romance escrito por Daniel Defoe e publicado originalmente em 1719 no Reino Unido. Epistolar, confessional e didático em seu tom, a obra é a autobiografia fictícia do personagem-título, um náufrago que passou 28 anos em uma remota ilha tropical próxima a Trinidad, encontrando canibais, cativos e revoltosos antes de ser resgatado. O livro foi originalmente publicado na forma de folhetins em The Daily Post, sendo o primeiro romance-folhetim.[1]

O título original da obra é The Life and Strange Surprizing Adventures of Robinson Crusoe, of York, Mariner: Who lived Eight and Twenty Years, all alone in an un‐inhabited Island on the Coast of America, near the Mouth of the Great River of Oroonoque; Having been cast on Shore by Shipwreck, wherein all the Men perished but himself. With An Account how he was at last as strangely deliver’d by Pyrates, tendo sido lançada em Lisboa à época em edição traduzida para o português e cujo título era Aventuras de Robinson Crusoé.[2] No mesmo ano, foi lançada a segunda e menos conhecida parte do romance, intitulada The Farther Adventures of Robinson Crusoe, Being the Second and Last Part OF His Life, And of the Strange Surprising Accounts of his Travels Round three Parts of the Globe e cujo título então em português foi Vida e Aventuras admiráveis de Robinson Crusoé, que contém a sua tornada à sua ilha, as suas novas viagens, e as suas reflexões.[3]

Supõe-se que o enredo básico tenha sido influenciado pela história de Alexander Selkirk, um náufrago escocês que viveu durante quatro anos em uma ilha do Pacífico chamada "Más a Tierra" (renomeada em 1966 para Ilha Robinson Crusoe).[4] Os aspectos da ilha onde Crusoe viveu provavelmente foram baseados na ilha caribenha de Tobago.[5] É também provável que Defoe tenha sido influenciado pela tradução em latim ou inglês de O Filósofo Autodidata, de Ibn Tufail, romance do século XII na época recém-lançado pela primeira vez na Europa e que também gira em torno de um personagem isolado em uma ilha deserta.[6]

No final do século XIX, nenhum livro na história da literatura ocidental tinha mais reimpressões, spin-offs e traduções (até mesmo para idiomas como inuíte, copta e maltês) do que Robinson Crusoe, com quase 700 versões incluindo edições infantis sem texto, apenas com imagens.[7]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. História da Imprensa 1ª ed. [S.l.]: P. Albert e F. Terrou. 1990. p. 14 
  2. Livraria classica - excerptos dos principaes autores de boa nota. Dirigido por Antonio e José Feliciano de Castilho. Publicado por B. L. Garnier "sob os auspícios de S.M.F. El-Rei D. Fernando II" (1865)
  3. Diccionario bibliographico portuguez: Estudos Applicaveis a Portugal e ao Brasil, pág. 185. Innocencio Francisco da Silva, Pedro W. de Brito Aranha. Ed. Impr. Nacional (1859)
  4. Desperate Journeys, Abandoned Souls: True Stories of Castaways and Other Survivors. Edward E. Leslie. Houghton Mifflin Harcourt. ISBN 9780395911501 (1998)
  5. Robinson Crusoe, capítulo 23
  6. Hayy bin Yaqzan and Robinson Crusoe: A study of an early Arabic impact on English literature. Nawal Muhammad Hassan. Al-Rashid House for Publication (1980)
  7. "Robinson Crusoe as a Myth", em Essays in Criticism'. Ian Watt (abril de 1951). Artigo reimpresso na Norton Critical Edition (2ª ed. 1994) de Robinson Crusoe

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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