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 Nota: Não confundir com Roberto Faria (o automobilista).
Roberto Farias
Roberto Farias
O cineasta em 2012
Nome completo Roberto Figueira de Farias
Nascimento 27 de março de 1932
Nova Friburgo, RJ
Nacionalidade brasileiro
Morte 14 de maio de 2018 (86 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Ocupação cineasta

Roberto Figueira de Farias (Nova Friburgo, 27 de março de 1932Rio de Janeiro, 14 de maio de 2018) foi um diretor brasileiro de cinema e televisão.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Irmão do ator Reginaldo Faria, teve um "s" adicionado ao seu sobrenome por erro do cartório. A mãe dele levava-o ainda bebê quando ia ao cinema. Entre uma mamadeira e outra, foi seu primeiro contato com o que se passava na tela. Aos 8 anos montava um "cineminha" na sua casa usando caixas de sapatos. Do cinema para a fotografia foi um pulo fácil e ele veio de Friburgo para cursar Belas Artes no Rio de Janeiro ou fazer Arquitetura, mas seu destino e preferência sempre foi o cinema. Em toda a sua carreira, Roberto foi assistente, montador, roteirista, produtor e distribuidor, mas nunca foi ator. Seus filhos Maurício Farias e Lui Farias também são cineastas.

O começo foi na Companhia Atlântida para onde foi levado por Watson Macedo para ser assistente de direção. A estreia foi no drama Maior que o Ódio, dirigido por José Carlos Burle. Fez quase dez filmes como assistente de direção ou de produção até estrear como diretor em 1957 com Rico Ri à Toa, uma chanchada estrelada por Zé Trindade em que além de dirigir, também foi o autor do roteiro e dos diálogos.

Em 1960, com o policial Cidade Ameaçada, ganhou vários prêmios e se tornou um dos mais respeitados cineastas brasileiros, posição que ele viria a sacramentar com O Assalto ao Trem Pagador, em 1962.

Na década de 1960 fundou com os irmãos a produtora R. F. Farias, uma das mais importantes do país. Tornou-se um diretor popular ao filmar a trilogia de filmes com Roberto Carlos, que começou em 1968 com Roberto Carlos em Ritmo de Aventura e terminou em 1971 com Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora.

Roberto também foi presidente do Sindicato Nacional da Indústria Cinematográfica e o primeiro cineasta a dirigir a Embrafilme. Na TV Globo fez, em 1965, Câmara Indiscreta; mais tarde dirigiu as minisséries A Máfia no Brasil, As Noivas de Copacabana, Contos de Verão e Memorial de Maria Moura, além dos programas Você Decide, Brava Gente, Sob Nova Direção e Faça a Sua História.

Roberto Farias morreu no Rio de Janeiro em 14 de maio de 2018, aos 86 anos, durante uma internação para tratamento contra um câncer.[2]

Filmografia[editar | editar código-fonte]

Cinema[editar | editar código-fonte]

Ano Título
1957 Rico Ri à Toa
1958 No Mundo da Lua
1960 Cidade Ameaçada
1961 Um Candango na Belacap
1962 Assalto ao Trem Pagador
1963 Selva Trágica
1965 A Pedra do Tesouro
1966 Toda Donzela Tem um Pai que É uma Fera
1968 Roberto Carlos em Ritmo de Aventura
1970 Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa
1971 Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora
1973 O Fabuloso Fittipaldi (documentário)
1982 Pra frente, Brasil
1986 Os Trapalhões no Auto da Compadecida

Televisão[editar | editar código-fonte]

Ano Título
1984 A Máfia no Brasil
1992 As Noivas de Copacabana
1993 Contos de Verão
1993 Menino do Engenho
1994 Memorial de Maria Moura
1995 Decadência

Prêmios[editar | editar código-fonte]

  • Homenagem ao realizador e actor Roberto Farias no VI Festival Internacional de Cinema do Funchal, 2011
  • Kikito de melhor filme no Festival de Gramado por Pra Frente, Brasil, em 1982.
  • Kikito de melhor montagem no Festival de Gramado por Pra Frente, Brasil, em 1982.
  • Prêmio Ofício Católico Internacional no Festival de Berlim por Pra Frente, Brasil, em 1982.
  • Prêmio C.I.C.A.E. de melhor filme, no Festival de Berlim por Pra Frente, Brasil.
  • Prêmio da Crítica no Festival Íbero-Americano de Huelva, por Pra Frente, Brasil.
  • Prêmio do Centro Cine Alex Vianny por Pra frente, Brasil, em 1982.
  • Prêmio de melhor filme no Festival de Goiânia por Toda donzela tem um pai que é uma fera, em 1966.
  • Prêmio de melhor filme no Festival de Arte Negra do Senegal, por Assalto ao trem pagador, em 1962.
  • Prêmio de melhor filme no Festival da Bahia por Assalto ao trem pagador, em 1962.
  • Prêmio Saci de melhor roteiro, conferido pelo jornal O Estado de S. Paulo, por Assalto ao trem pagador, em 1962.
  • Prêmio Valores Humanos no II Festival de Arte Cinematográfica de Lisboa, por Assalto ao trem pagador, em 1962.
  • Prêmio de melhor filme e melhor diretor no Festival de Marília, por Cidade ameaçada, em 1960.
  • Prêmio Tribunascope e Prêmio Governador do Estado de São Paulo de melhor filme por Cidade ameaçada, em 1960.
  • Prêmio Governador do Estado de São Paulo de melhor diretor, por Cidade ameaçada, em 1960.
  • Homenagem no 14º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro em 2015

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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