Rito sírio ocidental – Wikipédia, a enciclopédia livre

Divina liturgia segundo o rito sírio ocidental, celebrado pela Igreja Síria Jacobita Cristã

O rito sírio ocidental é um rito ou família de ritos utilizado por parte dos herdeiros da tradição do cristianismo sírio e do antigo rito antioquino. É um rito excepcionalmente conservador, remetendo a documentos tão antigos quanto as Constituições Apostólicas, os escritos de São João Crisóstomo quando este foi presbítero em Antioquia e a catequese de Teodoro de Mopsuéstia, e utiliza precipuamente as recensões ocidentais da língua siríaca. Pelo papel de Jacó Baradeu em separar a hierarquia anticalcedoniana que preservou o rito em sua forma mais pura, a praticada pela Igreja Ortodoxa Síria (assim como sua derivada, a Igreja Católica Síria), é também chamado rito jacobita.[1]

A Igreja Católica Maronita pratica uma variante latinizada do rito sírio ocidental, chamada rito maronita, cujo idioma é hoje quase exclusivamente o árabe. Sua latinização e isolamento o diferenciaram muito com o tempo, mas há uma tendência de reaproximação ao longo dos últimos séculos.[1][2][3] O rito malankara é uma variante mais próxima, e usa como idioma principal hoje o malaiala. Deriva da introdução tardia do rito sírio ocidental entre os cristãos de São Tomé que resistiram à criação da Igreja Católica Siro-Malabar, e, à parte do idioma, é bastante conservador. À parte da Igreja Síria Caldeia, derivada da católica siro-malabar, o rito malankara é utilizado por todas grandes denominações dos cristãos de São Tomé.[3]

O rito sírio ocidental é o rito com o maior número de anáforas.[2]

Referências

  1. a b Johnson, Maxwell E. (2007). The Rites of Christian Initiation: Their Evolution and Interpretation. [S.l.]: Liturgical Press. pp. 272–3 
  2. a b Fortescue, Adrian (1912). «West Syrian Rite». The Catholic Encyclopedia. New York: Robert Appleton Company. Consultado em 23 de março de 2020 
  3. a b Chupungco, Anscar J. (1997). Handbook for Liturgical Studies: Introduction to the liturgy. [S.l.]: Liturgical press. pp. 16–7