Rio Muskingum – Wikipédia, a enciclopédia livre

Rio Muskingum
Localização
País
Localização
Coordenadas
Dimensões
Comprimento
179 km
Hidrografia
Tipo
Bacia hidrográfica
Área da bacia
20 852 km2
Afluentes
principais
Tuscarawas River (en)
Walhonding River (en)
Killbuck Creek (en)
Licking River (en)
Wolf Creek (en)
Wills Creek (en)
Moxahala Creek (en)
Wakatomika Creek (en)
Foz
Mapa

O rio Muskingum (em inglês: Muskingum River; em shawnee: Wakatamothiipi[1]) é um afluente do rio Ohio, pela sua margem direita, que discorre integralmente pelo estado do Ohio, nos Estados Unidos. O rio Muskingum tem uma longitude de 177 km, mas com uma de suas fontes, o Tuscarawas, de 209 km, chega até os 386 km.

Na actualidade o rio é navegável grande parte de sua longitude através de uma série de eclusas e represas.

No século XIX, foi uma rota comercial importante, fluindo geralmente para o sul através da região de colinas orientais do Ohio. Através do rio Ohio, era e é parte da bacia do rio Mississippi.

Curso[editar | editar código-fonte]

Vista aérea do Ohio e o em Marietta.

O rio Muskingum forma-se em Coshocton (11 216 hab. em 2010[2]), na parte centroriental do Ohio, pela confluencia dos rios Tuscarawas (209 km) e Walhonding (195,8 km).[3]Flui num curso serpenteante para o sul para além de Conesville (347 hab.) e Dresden (1 529 hab.) até Zanesville (25 487 hab.) ; depois encaminha-se para o sudeste passando por South Zanesville (1 989 hab.), Philo (733 hab.), Gaysport, Malta (671 hab.), McConnelsville (1 784 hab.), Beverly (1 313 hab.), Lowell (549 hab.), Stockport (503 hab.) e Devola (2 652 hab.). Une-se ao Ohio em Marietta (14 085 hab.) .

Ao longo de seu curso, o Muskingum recolhe as águas do arroio Wills (de 148.4 km, cerca de Conesville); do arroio Wakatomika (de (68.6 km, em Dresden); do rio Licking (de 65 km, em Zanesville); do arroio Moxahala (de 47.0 km, em South Zanesville); e do arroio Wolf (cerca de Beverly)[4]

História[editar | editar código-fonte]

O nome Muskingum deriva da palavra shawnee mshkikwam ('terreno pantanoso'), tomado para significar 'olho de ciervo' (mus wəshkinkw) em língua lenape por etimologia popular. Historicamente, também era o nome de uma grande aldeia wyandot ao longo do rio.

Como parte de uma expedição para afirmar o domínio francês em todo o vale do Ohio, Pierre Joseph Céloron enterrou a 15 de agosto de 1749 na confluência dos rios Muskingum e Ohio uma placa de chumbo que reclamava a região de França.

O conhecido navegador de fronteira, Christopher Gist, chegou ao afluente do arroio Big Sandy a 4 de dezembro de 1751. Viajando rio abaixo, registou sua chegada a 14 de dezembro a Muskingum, a aldeia ocidental dos wyandot, na actual Coshocton. Ali permaneceu durante o seguinte mês.[5]

Mariettafoi fundada em 1788 como o primeiro assentamento estadounidense permanente no Território do Noroeste, na desembocadura do rio Muskingum no rio Ohio. A massacre de Big Bottom ocorreu ao longo das suas ribeiras em 1791.

Zanesville foi colonizada pelos estadounidenses de origem europeia em 1799, no lugar onde a Zane's Trace cruzava o Muskingum na desembocadura do rio Licking. Em meados do século XIX, o Muskingum era uma importante rota comercial, com presas e esclusas que controlavam o nível do água para permitir que os barcos subissem e descessem pelo rio. Com a diminuição do transporte fluvial em Ohio na década de 1920, as eclusas caíram em mau estado. Desde a década de 1960, as esclusas têm sido consertadas para permitir que as embarcações de recreio viajem toda a longitude navegável do rio. A via fluvial de Muskingum é um dos poucos sistemas que se mantêm nos E.U.A. com eclusas de accionamento manual. O sistema de navegação tem sido designado Meta histórica de engenharia civil (Historic Civil Engineering Landmark). Em 2006, foi designado «Um caminho áquático do Ohio» (An Ohio Water Trail); esta designação propícia um melhor acesso em canoa no rio.

Localizado ao norte da linha Mason-Dixon, desde ao redor de 1812 até 1861, o rio Muskingum foi uma importante rota ferroviária subterrânea utilizada pelos escravos fugitivos que escapavam do Sul em sua viagem para o norte até lago Erie e Canadá.

Organizações sem ânimo de lucro[editar | editar código-fonte]

A «Friends of the Lower Muskingum River»[6] é um comissão fiel de terras sem fins de lucro com sede em Marietta, relacionado com a protecção do rio Muskingum e as terras adjacentes. Ademais, o «Muskingum River Conservation District»[7] (Distrito de Conservação do Rio Muskingum) é uma entidade quasi governamental que se ocupa do controle de inundações no rio.

Variantes do nome[editar | editar código-fonte]

De acordo com o Geographic Names Information System (Sistema de Informação de Nomes Geográficos), o rio Muskingum também se conheceu como:

  • rio Big Muskingum
  • rio Elk
  • rio Mouskindom
  • rio Mushkingum
  • rio Muskingham
  • Riviere Chiagnez

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Shawnees Webpage». Shawnee's Reservation. 1997. Consultado em 26 de abril de 2013. Cópia arquivada em 30 de junho de 2013 
  2. Todos os habitantes das localidades deste artigo, salvo indicação expressa, se referem ao censo de 2010
  3. O Walhonding tem somente 37,8 km, mas se considera-se sua fonte mais longa, a formada pelo rio Mohican (64 km) e o Black Fork (94 km), atinge os 195,8 km
  4. DeLorme (1991). Ohio Atlas & Gazetteer. Yarmouth, Maine: DeLorme. ISBN 0-89933-233-1
  5. Darlington, Journal of Christopher Gist
  6. Veja-se em: [1]
  7. Veja-se em: [2]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  • [3] A history-travel guide on the Ohio and Muskingum Rivers