Reservatório do Mocó – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para outros significados, veja Mocó (desambiguação).
Reservatório do Mocó
Reservatório do Mocó
Reservatório do Mocó à noite.
Nomes alternativos Caixa d'Água de Manaus
Tipo Reservatório
Estilo dominante Neorrenascentista
Arquiteto Frank Hirst Hebblethwaite
Engenheiro Henrique Eduardo Weaver.
Início da construção 1893 (131 anos)[1]
Fim da construção 1899 (125 anos)[nota 1]
Inauguração 23 de setembro de 1899 (124 anos)
Restauro 1998 (26 anos)
Proprietário atual Águas de Manaus[2]
Função atual Reservatório d'água
Ano 1985
Património nacional
Classificação Patrimônio Histórico Nacional[3]
Geografia
País  Brasil
Cidade Manaus
Coordenadas 3° 6' 48" S 60° 1' O

O Reservatório do Mocó ou Caixa d’Água de Manaus, é um reservatório brasileiro localizado na cidade de Manaus, capital do estado do Amazonas. Inaugurado em 1899 para o fornecimento regular de água na época para toda cidade, permanece em operação até os dias atuais abastecendo alguns bairros do município.

Pertence à empresa local de fornecimento de água, sendo um monumento de estilo neorrenascentista tombado pelo IPHAN como Patrimônio Histórico Nacional, composto com o interior de ferro fundido e ornamentado, encoberto por uma estrutura externa de alvenaria contendo sete arcos térreos e sete edículas com formatos semelhantes a janela no segundo pavilhão, ambos em todas suas faces.

História[editar | editar código-fonte]

Reservatório do Mocó em 1901.

No auge do ciclo da exploração da borracha na região amazônica, a cidade de Manaus em meados da década de 1890, passava por um período histórico de urbanização e crescimento demográfico, visto que o então antigo reservatório d'água na época já não suportava mais o avanço urbano da cidade e a situação dos mananciais também era caótica na ocasião, tanto que a questão fora levantada naquele período devido a sua insalubridade, o fornecimento de água estava em um estado deficitário forçando a criação de um novo reservatório no período do governo de Eduardo Ribeiro, tendo o projeto inicial feito através de um edital publicado por decreto do estado,[4] em que no mesmo foi descrito uma taxação sobre a água consumida, publicada um ano mais tarde no diário oficial[5] na gestão do então governador Fileto Pires Ferreira, o reservatório teve sua construção alicerçada no antigo bairro da Vila Municipal (hoje divisa com os bairros Nossa Senhora das Graças com Adrianópolis, ambos em Manaus), próximo a um pequeno curso d’água que na época era apelidado de igarapé do mocó (nome conservado ao contemporâneo monumento), fundamentado para distribuição regular de água na época para toda cidade, o reservatório foi construído para suprir as deficiências da então represa da usina hidrelétrica de Cachoeira Grande em Manaus, tendo suas tubulações interligadas em conjunto para o uso propósito de fornecimento da água, o projeto teve suas bases lançadas pelo engenheiro Frank Hirst Hebblethwaite em conjunto com o engenheiro Henrique Eduardo Weaver que o então na época o recebera uma quantia de 4.750 libras do estado, para a interligação das tubulações junto com as do reservatório da usina hidrelétrica, sua inauguração ocorreu durante a gestão do governador José Cardoso Ramalho Júnior, no dia 23 de setembro de 1899.

Patrimônio Histórico Nacional[editar | editar código-fonte]

O reservatório foi tombado como Patrimônio Histórico Brasileiro no dia 24 de abril de 1985, partilhando em conjunto com o Teatro Amazonas, Mercado Adolpho Lisboa e o Centro Histórico, como locais históricos de Manaus.[3] Em 1998 foi restaurado pelo Governo do Estado do Amazonas.[6]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas

  1. Data de termino ocorreu em 1896, mas foi inaugurado em 1899 devido as interligações nas tubulações estarem inconclusas naquele período.

Referências

  1. Documento do processo de tombamento do IPHAN do dia 08 de novembro de 1982, Acesso no dia: 06 de setembro de 2016
  2. «Ponto histórico da cidade». Águas de Manaus. 15 de agosto de 2019. Consultado em 5 de novembro de 2019 
  3. a b «Reservatório de Mocó». Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). 24 de abril de 1985. Consultado em 5 de novembro de 2019 
  4. Decreto número 134, de 30 de setembro de 1896
  5. «Diário oficial, quarta-feira, 14 de Julho de 1897, páginas 7 e 8» (PDF). Diário Oficial do Estado do Amazonas. Consultado em 5 de novembro de 2019 
  6. «Reservatório do Mocó». GuiaTur. Consultado em 5 de novembro de 2019 

Bibliografias[editar | editar código-fonte]

  • GARCIA, Etelvina. Manaus:referências Históricas. Manaus. Norma Editora. ED. 2005. Páginas 49/95
  • FARIA E SOUSA, Uma homenagem a João Batista de, DCC (organizadora), Um historiador, alguns fatos inéditos e muitas histórias.1.ed- Manaus, Mídia Ponto Comm Publicidade Ltda. EPP, 2014 153 p ISBN: ?

Ligações externas[editar | editar código-fonte]