Reserva da Biosfera Maia – Wikipédia, a enciclopédia livre

El Mirador, na Reserva da Biosfera Maia.

Reserva da Biosfera Maia (em castelhano: Reserva de la Biosfera Maya) é uma reserva natural na Guatemala administrada pelo Conselho Nacional de Áreas Protegidas (CONAP) do país. A reserva abrange uma área de 21 602 km².[1]

O parque é o lar de um grande número de espécies de fauna, incluindo o crocodilo-de-morelet e o peru ocelado. Também é rico em flora, incluindo nozes, mogno, Swietenia humilis, Bloma prisca, Vitex gaumeri, cedro, Bucida buceras, Haematoxylum campechianum, Rhizophora mangle e Pimenta dioica. A área varia desde zonas úmidas até baixas montanhas e tem vários corpos de água, como lagos, rios, córregos e cenotes.[2]

A reserva foi criada em 1990 para proteger a maior área de floresta tropical da América ao norte da Amazônia. O modelo de reserva da biosfera, implementado pela UNESCO, busca promover um equilíbrio entre as atividades humanas e a biosfera, incluindo o desenvolvimento econômico sustentável no planejamento de conservação.[2]

Arqueologia[editar | editar código-fonte]

Praça de Tikal em dezembro de 2010

A Reserva da Biosfera Maya é o lar de uma grande concentração de antigas cidades maias, muitas das quais estão sob escavações. Tikal é a mais famosa destas, atraindo cerca de 120 000[3] a 180 000[4] visitantes por ano.

A Bacia do Mirador, na parte norte da Reserva, contém inúmeras cidades maias interconectadas. O projeto é dirigido por Richard Hansen, um arqueólogo em El Mirador, o maior dos sites, datado do período préclássico do Maya. Outras cidades da região incluem El Tintal, Nakbe e Wakna.[5]

Em 1 de fevereiro de 2018, arqueólogos guatemaltecos, estadunidenses e europeus anunciaram que usaram LIDAR para descobrir cerca de 60 mil estruturas maias individuais adicionais na reserva.[6] As estruturas, escondidas sob a densa folhagem, incluem quatro grandes centros cerimoniais maias, com praças e pirâmides.[6] Outras estruturas incluem rodovias elevadas, sistemas complexos de irrigação, terraços, muros defensivos, muralhas e fortalezas. Também foram encontrados sinais de saques.[7] A imagem de LIDAR também mostrou que os maias alteraram a paisagem de forma mais significativa do que se pensava anteriormente; em algumas áreas, 95% da terra disponível foi cultivada.[6][7] Mais de 2 100 km² da reserva foram pesquisados, produzindo o maior conjunto de dados LIDAR já feito para pesquisas arqueológicas.[6]

Referências

  1. CONAP. «Listado de Áreas Protegidas (enero, 2011)» (em Spanish). conap.gob.gt. Consultado em 14 de junho de 2011. Arquivado do original (xls) em 8 de outubro de 2011 
  2. a b «Biosphere Reserve Information». www.unesco.org. UNESCO. 8 de março de 2011. Consultado em 4 de fevereiro de 2018 
  3. «Tourism as an Ally in the fight to save Peten». Inter-American Development Bank 
  4. UNESCO. «MAB Biospheres Reserves Directory: Guatemala – Maya» 
  5. «Mirador Basin Project». www.miradorbasin.com. Mirador Basin Project. 2010. Consultado em 4 de fevereiro de 2018 
  6. a b c d «Scientists find massive Mayan society under Guatemala jungle». Associated Press. Consultado em 4 de fevereiro de 2018 
  7. a b «Exclusive: Laser Scans Reveal Maya "Megalopolis" Below Guatemalan Jungle». National Geographic. Consultado em 4 de fevereiro de 2018 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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