Red Hot Kinda Love – Wikipédia, a enciclopédia livre

"Red Hot Kinda Love"
Canção de Christina Aguilera
do álbum Lotus
Gravação 2012;
Mux Music Studios
(Londres, Inglaterra);
The Red Lip's Room
(Beverly Hills, Califórnia)
Género(s) Dance music, disco, pop
Duração 3:06
Editora(s) RCA
Composição Christina Aguilera, Lucas Secon, Olivia Waithe
Produção Lucas Secon
Faixas de Lotus
"Army of Me"
(2)
"Make the World Move"
(4)

"Red Hot Kinda Love" é uma canção da cantora norte-americana Christina Aguilera, gravada para o seu sétimo álbum de estúdio Lotus. Foi escrita pela própria em conjunto com Lucas Secon, sendo que a produção também ficou a cargo deste, e ainda com o auxílio de Olivia Waithe na composição. A sua gravação decorreu em 2012 nos estúdios Mux Music, em Londres, Inglaterra e The Red Lip's Room, em Beverly Hills, na Califórnia. Embora não tenha recebido qualquer tipo de lançamento em destaque, devido às vendas digitais após a edição do trabalho de originais, conseguiu entrar e alcançar a 5.ª posição na tabela musical da Coreia do Sul, South Korea Gaon International Chart, com 20.433 cópias vendidas no país.

A canção deriva de origens estilísticas de dance e disco, com suaves toques de hip-hop, latinos e de pop, sendo que o seu arranjo musical consiste no uso de sintetizadores e ainda em acordes de guitarra. Musicalmente, inclui ainda interpolações de dois outros temas: "The Whole Wide World Ain't Nothin' But a Party" de Mark Radice e "54-46 That's My Number" do grupo Toots & the Maytals. Liricamente, o tema retrata as tentativas de Aguilera para impressionar um homem em que está interessada e que não tenciona voltar para casa sem ele. "Red Hot Kinda Love" recebeu análises positivas por parte dos profissionais, sendo que a maior parte elogiou a sua produção "divertida", e outros, compararam a sonoridade e estrutura a registos das cantoras Britney Spears e Kylie Minogue.

Antecedentes e desenvolvimento[editar | editar código-fonte]

Após o lançamento do sexto álbum de estúdio de Christina, Bionic, em 2010, que falhou em obter um desempenho comercial positivo,[1] sucedeu-se o divórcio do seu ex-marido Jordan Bratman, a sua estreia em cinema com o musical Burlesque e a gravação da banda sonora de acompanhamento.[2] Posteriormente, a cantora tornou-se treinadora no concurso The Voice transmitido pela NBC, e foi convidada para colaborar com a banda Maroon 5 em "Moves like Jagger", que esteve durante quatro semanas na liderança da Billboard Hot 100 dos Estados Unidos.[3] Após estes acontecimentos, Aguilera anunciou que queria gravar o seu sétimo disco de originais, afirmando que ambicionava por faixas "pessoais" e de excelente qualidade.[3] Numa entrevista, a intérprete falou sobre o significado do trabalho e revelou o seguinte:[4]

A cantora manifestou ainda que o disco seria sobre "auto-expressão e liberdade" por causa dos problemas pessoais que tinha superado durante o último par de anos.[5] No programa The Tonight Show with Jay Leno em 2012, Christina falou sobre o seu novo material e confirmou que estava a demorar a gravar porque "não gostava de apenas obter as músicas a partir dos produtores". "Gosto que venham de um lugar pessoal... Estou muito animada, rematou, "É divertido, emocionante, introspetivo, e vai ser extraordinário".[6] No início de 2013, na sua conta oficial no Twitter, o produtor da faixa Lucas Secon, respondeu a fãs que queria a escolha de "Red Hot Kinda Love" como single para o verão norte-americano:[7]

Estilo musical e letra[editar | editar código-fonte]

Demonstração de 24 segundos de "Red Hot Kinda Love", que foi composta por sintetizadores, guitarra e fortes vocais.

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"Red Hot Kinda Love" é uma canção que deriva de origens estilísticas de dance e disco,[8] mas também combina uma variedade de géneros como hip-hop,[9] latino[10] e pop,[11] com a produção do londrino Lucas Secon[12] e uma duração de três minutos e seis segundos (3:06).[13] A sua gravação esteve a cargo de Secon e Pete Hofmann, decorrendo em 2012 nos estúdios Mux Music, em Londres, Inglaterra e The Red Lip's Room, em Beverly Hills, na Califórnia.[12] Oscar Ramirez tratou da gravação dos vocais,[12] e Lucas realizou toda a programação, arranjos e instrumental do tema.[12] A sua composição foi construída através de sintetizadores e acordes de guitarra em conjunto com fortes vocais.[11] A obra contém demonstrações de "The Whole Wide World Ain't Nothin' But a Party", interpretado por Mark Radice e de "54-46 That's My Number" do grupo jamaicano Toots & the Maytals.[12] Musicalmente, Aguilera mantém a utilização do seu melisma no mínimo, permitindo um desempenho vocal "relaxado e divertido".[10][11]

A letra foi escrita por Aguilera, Secon e Olivia Waithe.[12] Liricamente, o tema retrata as tentativas de Aguilera para impressionar um homem em que está interessada e que não tenciona voltar para casa sem ele.[14] Chris Younie do canal 4Music afirmou que a sua passagem favorita no tema é "Baby, estou a arder, tens aquele tipo de amor red hot",[14] sendo a parte que gira em torno do refrão.[10] Sal Cinquemani da revista Slant elogiou igualmente a parte central da canção, enquanto que Andrew Hampp da Billboard, comparou a sua estrutura a trabalhos "especializados há anos" por Britney Spears e Kylie Minogue.[11]

Receção pela crítica[editar | editar código-fonte]

Spears no NFL Kickoff Live em 2003.
Kylie Minogue em Paris durante o ano de 2009.
Os membros da crítica consideraram que a canção tinha uma estrutura semelhante aos trabalhos das cantoras Britney Spears (esquerda) e Kylie Minogue (direita).

Após o lançamento do disco, a canção recebeu análises geralmente positivas por parte dos média especializados. Stephen Thomas Erlewine da Allmusic descreveu-a como "leviana" e "delirante",[15] enquanto que Andrew Hampp da revista Billboard considerou que era "provavelmente o destaque no álbum" e mantinha Christina num registo "divertido e brincalhão".[11] Robert Copsey do sítio Digital Spy afirmou que o tema era "livre de cuidados" e "um pouco atrevido",[10] além de Chris Younie pelo canal 4Music ter escrito que a cantora é "incrementada num romance e energia sexual que fará com que o ouvinte precise de tomar um banho frio".[14] Younie confidenciou que podemos esperar muitos "oooh" e "lalala" na sua forma estridente à Mariah Carey.[14] Sarah Godfrey do jornal The Washington Post prezou a artista por soar a ela mesma na melodia "frenética".[16] Jim Farber do Daily News notou que "Red Hot Kinda Love" contém um "refrão imperdível e hábil".[17] O analista considerou ainda que Aguilera "atinge as discotecas numa excitada vingança".[17] Annie Zaleski do The A.V. Club considerou que a sua sonoridade era "tingida de dancehall, uma vibração festiva",[18] enquanto que Sarah Rodman pelo The Boston Globe adjetivou-a de "excêntrica".[19] Sam Hine do portal Popjustice descreveu a música como "uma explosão de boas-vindas pop e otimistas seguindo o bastante grave começo para o álbum.[20] Há muitos "oooh" e "lalala" bons que se encaixam perfeitamente para uma agradável audição".[20]

Glenn Gamboa do diário norte-americano Newsday apenas escreveu que a canção era "divertida",[8] enquanto que Melinda Newman do HitFix, descreveu "Red Hot Kinda Love" como tendo uma vibração "exuberante" e "brincalhona", comparando-a a "Groove Is in the Heart" interpretada pelo trio Deee-Lite.[21] Mike Wass do sítio Idolator elogiou Christina por divertir-se com a faixa e não assumir de novo o perfil "Estou de volta, cabras!".[22] Wass continuou a sua análise ao dizer que a obra é a resposta em Lotus para "Ain't No Other Man" que está presente em Back to Basics de 2006.[22] Caomhan Keane do Entertainment.ie considerou que a música era o destaque do disco, concluindo que revisita as "melodias saltitantes" de "I Hate Boys" e "My Girls" de Bionic.[23] Contudo, Mesfin Fekadu pelo The Huffington Post criticou negativamente o tema, em conjunto com "Around the World" e "Make the World Move", sentindo que a cantora não conseguiu captar a "diversão" que deveria encarnar.[24] A página PopCrush elaborou uma lista das cem melhores canções de 2012, colocando "Red Hot Kinda Love" no 73.º lugar e justificando que é "um pedaço perfeitamente efervescente de algodão-doce pop".[25]

Desempenho nas tabelas musicais[editar | editar código-fonte]

Após o lançamento do disco, a faixa conseguiu entrar e alcançar a 5.ª posição na tabela musical da Coreia do Sul, South Korea Gaon International Chart, com vendas avaliadas em 20.433 cópias.[26]

Posições[editar | editar código-fonte]

Tabela musical (2012) Melhor
posição
Coreia do Sul Coreia do Sul - Gaon International Chart[26] 5

Créditos[editar | editar código-fonte]

Todo o processo de elaboração da canção atribui os seguintes créditos pessoais:[12]

  • Contém demonstrações de "The Whole Wide World Ain't Nothin' But a Party", interpretado por Mark Radice.
  • Contém demonstrações de "54-46 That's My Number", interpretado por Toots & the Maytals.

Referências

  1. Becky Bain (23 de Agosto de 2012). «Christina Aguilera's Demo Of New Single 'Your Body' Surfaces: Listen» (em inglês). Idolator. Consultado em 27 de Março de 2013 
  2. Andrew Hampp (21 de Setembro de 2012). «Christina Aguilera: Billboard Cover Story» (em inglês). Billboard. Consultado em 27 de Março de 2013 
  3. a b Marc Schneider (11 de Abril de 2012). «Christina Aguilera, Cee Lo Hit the Studio» (em inglês). Billboard. Consultado em 27 de Março de 2013 
  4. Lynn Elber (28 de Agosto de 2012). «Christina Aguilera: New album is a 'rebirth'» (em inglês). Yahoo! Music. Consultado em 27 de Março de 2013 
  5. Gerrick Kennedy D. (13 de Setembro de 2012). «Christina Aguilera readies new album 'Lotus'» (em inglês). Los Angeles Times. Consultado em 27 de Março de 2013 
  6. «Christina Aguilera: 'New album is quality over quantity'» (em inglês). Digital Spy. 27 de Maio de 2012. Consultado em 27 de Março de 2013 
  7. «'Red Hot Kinda Love': produtor da faixa, Lucas Secon, torce para que a música seja single do Lotus de Christina Aguilera». Portal dos Famosos. 16 de Janeiro de 2013. Consultado em 3 de Junho de 2013 
  8. a b Glenn Gamboa (9 de Novembro de 2012). «Christina Aguilera's 'Lotus' review: nice comeback» (em inglês). Newsday. Consultado em 12 de Abril de 2013 
  9. Sal Cinquemani (4 de Novembro de 2012). «Christina Aguilera: Lotus» (em inglês). Slant Magazine. Consultado em 4 de Junho de 2013 
  10. a b c d Robert Copsey (2 de Novembro de 2012). «Christina Aguilera's new album 'Lotus': First listen» (em inglês). Digital Spy. Consultado em 12 de Abril de 2013 
  11. a b c d e Andrew Hampp (12 de Novembro de 2012). «Christina Aguilera, 'Lotus': Track-By-Track Review» (em inglês). Billboard. Consultado em 12 de Abril de 2013 
  12. a b c d e f g (2012) Créditos do álbum Lotus por Christina Aguilera, pg. 4. RCA Records.
  13. «Lotus by Christina Aguilera» (em inglês). iTunes Store. Consultado em 12 de Abril de 2013 
  14. a b c d Chris Younie (2 de Novembro de 2012). «News: Review: Christina Aguilera – Lotus» (em inglês). 4Music. Consultado em 12 de Abril de 2013. Arquivado do original em 9 de Novembro de 2012 
  15. Stephen Thomas Erlewine. «Lotus – Christina Aguilera» (em inglês). Allmusic. Consultado em 6 de Junho de 2013 
  16. Sarah Godfrey (12 de Novembro de 2012). «Album review: 'Lotus' by Christina Aguilera» (em inglês). The Washington Post. Consultado em 6 de Junho de 2013 
  17. a b Jim Farber (13 de Novembro de 2012). «Album review: Christina Aguilera's 'Lotus'» (em inglês). Daily News. Consultado em 6 de Junho de 2013 
  18. Annie Zaleski (13 de Novembro de 2012). «Christina Aguilera: Lotus» (em inglês). The A.V. Club. Consultado em 6 de Junho de 2013 
  19. Sarah Rodman (13 de Novembro de 2012). «Christina Aguilera refocuses on her own voice in 'Lotus'» (em inglês). The Boston Globe. Consultado em 6 de Junho de 2013 
  20. a b Sam Hine (13 de Novembro de 2012). «Christina's 'Lotus': a review» (em inglês). Popjustice. Consultado em 6 de Junho de 2013 
  21. Melinda Newman (12 de Novembro de 2012). «Album Review: Christina Aguilera blooms on 'Lotus'» (em inglês). HitFix. Consultado em 6 de Junho de 2013 
  22. a b Mike Wass (13 de Novembro de 2012). «Christina Aguilera's 'Lotus': Album Review» (em inglês). Idolator. Consultado em 6 de Junho de 2013 
  23. Caomhan Keane (27 de Novembro de 2012). «Music Review - Christina Aguilera - Lotus» (em inglês). Entertainment.ie. Consultado em 6 de Junho de 2013 
  24. Mesfin Fekadu (12 de Novembro de 2012). «Christina Aguilera, 'Lotus' Review: Good, But Not Great» (em inglês). The Huffington Post. Consultado em 6 de Junho de 2013 
  25. «The 100 Best Songs of 2012, From Taylor Swift to Twin Shadow» (em inglês). PopCrush. Consultado em 6 de Junho de 2013 
  26. a b «다운로드 순위집계 : 온라인 음원 다운로드 수» (em coreano). Gaon Chart. Consultado em 3 de Junho de 2013. Arquivado do Aguilera original Verifique valor |url= (ajuda) em 1 de maio de 2013