Rebeca – Wikipédia, a enciclopédia livre

Rebeca
Rebeca
Rebeca representada em uma pintura.
Matriarca
Progenitores Pai: Betuel
Veneração por Igreja Católica
Judaísmo
Festa litúrgica 23 de setembro
Atribuições Ancestral dos Israelitas
Portal dos Santos

Rebeca (do hebraico, significa mulher que prende os homens com sua grande beleza, ou união, aquela que une רִבְקָה, transl. Rivqá), é uma matriarca bíblica do Antigo Testamento, era filha de Betuel, irmã de Labão, mulher de Isaque e mãe de Jacó e Esaú. É também sobrinha em segundo grau de Abraão.

Conforme o relato bíblico, Rebeca teve que decidir entre ficar com sua família ou ir se arriscar ao amor.

O encontro com Isaque[editar | editar código-fonte]

Gustave Doré - Eliézer e Rebeca

Rebeca foi descoberta por Eliezer, servo de Abraão, que se comprometeu a encontrar uma esposa para Isaque, entre os parentes do patriarca hebreu. Ao se aproximar da cidade onde viviam os familiares de Abraão, Eliezer parou próximo a um poço e orou a Deus pedindo um sinal que permitisse a ele identificar a jovem escolhida para se casar com Isaque. O servo de Abraão pediu que aparecesse uma donzela de grande formosura que daria de beber água a ele e aos seus camelos antes de a si própria (Gênesis 24:43–46), coisa que não é normal até os dias de hoje. O dote de Rebeca foi o de maior proporção e riquezas da época. Foram oferecidos dez camelos (Gênesis 24:10) e vários utensílios de ouro. Após ter saciada sua sede e a de seus camelos, Eliezer imediatamente deu a Rebeca um pendente e duas pulseiras de ouro (Gênesis 24:47), e o resto do tesouro foi para o seu pai Betuel.

Árvore genealógica[editar | editar código-fonte]

Terá
SaraAbraãoAgarHarã
Naor
IsmaelMilcaIscá
Ismaelitas7 filhosBetuel1ª filha2ª filha
IsaqueRebecaLabãoMoabitasAmonitas
EsaúJacóRaquel
Bila
EdomitasZilpa
Lia
1.Rúben
2.Simeão
3.Levi
4.Judá
9.Issacar
10.Zebulom
11.Diná
7.Gade
8.Aser
5.
6.Naftali
12.José
13.Benjamim

Talentos[editar | editar código-fonte]

Rebeca era ótima cozinheira, e ensinou tudo a seu filho Jacó que, por sua vez, era muito parecido com a mãe, e estava atento a todas as coisas que Rebeca fazia.

Isaque, e Jacó se apresentando como Esaú. Gravure de Gustave Doré

Rebeca tinha certeza de que Jacó era o verdadeiro herdeiro da bênção de Deus, pois soubera ela interpretar a profecia "o maior servirá ao menor." (Predefinição:Citar bíbla) Ora, Esaú de fato era o maior e mais forte, era de grande estatura, e seu corpo era peludo (Gênesis 25:25), mas não dava muita importância à primogenitura e chegou a trocá-la por um prato de lentilhas (Gênesis 25:34). Além disso, tomava para si mulheres estrangeiras (Gênesis 26:34), o que aborrecia sua mãe.

Rebeca ensinou também a Jacó o valor de sua parentela (Gênesis 26:35), entre a qual ele tomaria para si suas esposas (que, no futuro, seriam as sobrinhas de Rebeca, a bela Raquel e sua irmã Lia).

Bênçãos[editar | editar código-fonte]

Rebeca tinha certeza de que estava fazendo a vontade de Deus quando aconselhou Jacó a se passar por Esaú e receber as bênçãos da primogenitura (Gênesis 27:6–17). Jacó então recebeu todas as bênçãos de Deus e se tornou o pai da nação de Israel, junto os patriarcas Abraão e Isaque, seu avô e pai, respectivamente.

Morte[editar | editar código-fonte]

Rebeca adoeceu durante o exílio de Jacó na casa de seu irmão Labão, e morreu durante o retorno de Jacó a Canaã com sua grandiosa família, empregados, e possessões. Débora foi quem cuidou de Rebeca até o seu falecimento.

Rebeca morreu em um lugar que Jacó chama de Alon Bachut (hebraico: אלון בכות), “carvalho do pranto”. A Bíblia só fala a respeito da morte de Débora, ama de Rebeca (Gênesis 35:8). De acordo com o Midraxe, o formulário plural da palavra Alon Bachut traduz uma "tristeza em dobro", indicando que Rebeca também teria morrido neste lugar.

Conforme a tradição, Rebeca foi enterrada na caverna dos Patriarcas, em Hebrom.

Referências