Ray Conniff – Wikipédia, a enciclopédia livre

Ray Conniff
Biografia
Nascimento
Morte
Sepultamento
Nome no idioma nativo
Ray Conniff
Apelido
Jay Raye
Cidadania
Alma mater
Atividades
Outras informações
Membro de
Ray Conniff & His Orchestra (d)
Ray Conniff Singers (d)
Conflito
Instrumento
Editora discográfica
Género artístico
Website
Discografia
Ray Conniff discography (d)
Causa da morte
falling from height (d)

Joseph Raymond "Ray" Conniff (Attleboro, Massachusetts, 6 de novembro de 1916Escondido, Califórnia, 12 de outubro de 2002) foi um líder de banda e arranjador norte-americano, considerado o rei do easy listening.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de pai trombonista e mãe pianista, foi natural que ele seguisse o caminho da carreira musical. Conforme Ray contava em suas entrevistas, fez um curso por correspondência, com um único dólar, que o introduziu na arte da teoria musical. Formou o seu primeiro grupo artístico ainda adolescente.[1]

Anos mais tarde, aperfeiçoou-se de forma profunda na carreira, ao se tornar discípulo da Juilliard School. Depois de atuar e formar uma sólida base musical como trombonista e arranjador nas Big Bands, como as de Artie Shaw, Harry James e outros, Ray passou a escrever arranjos para Johnny Mathis, Guy Mitchell, Johnnie Ray, mas devido a seu talento, teve a oportunidade de formar sua própria orquestra em 1955, a convite de Mitch Miller, da CBS.

Seu estilo de associar vozes masculinas a trombones, trompas e saxofones baixo, e vozes femininas a pistons, clarinetes e saxofones altos, dava-lhe uma característica inusitada e só sua. Seu coral limitava-se a pronunciar sons como da-das e du-du-dus e outras variantes, ao invés de palavras, o que imprimia um "colorido musical", intensificando os tons suaves e, ao mesmo tempo, abrandando os mais fortes.

O som de Conniff ficou famoso logo após o lançamento de seu primeiro disco solo, em 1956, e que se intitulou 'S Wonderful, que vendeu milhões de cópias e permaneceu por meses nas primeiras posições da parada de sucessos. Daí até o segundo, terceiro e quarto álbuns, todos de grande sucesso, foi um pulo, assim como seus lançamentos subseqüentes.

Ray Conniff fez um grande sucesso até o início da segunda metade da década de 1960, período em que seu som ainda era ouvido em bailes de clubes, nas rádios e nas festinhas caseiras. No entanto, a partir do final desta mesma década, suas vendas começaram a decair. A despeito disso, sempre se manteve fiel a seu estilo, com algumas variantes, como discos com o pistonista Billy Butterfield e a introdução dos cantores ainda no início da década de 1960 e que, a partir do final desta, passariam a ser a sua maneira predominante de interpretar as canções, com gravações mais espaçadas do estilo que lhe consagrou, até por uma imposição do mercado que, àquela altura, apresentava forte concorrência com o lançamento de novos estilos mundo afora.

Naquela mesma época, fez sua primeira visita ao Brasil, como convidado, ao lado de Henry Mancini, para o Festival Internacional da Canção, onde então teve oportunidade de imprimir seu estilo a uma orquestra constituída de músicos e coral inteiramente brasileiros. Seu som, sempre fidelíssimo a seu estilo, levou a platéia do Maracanãzinho ao delírio, interpretando Aquarela do Brasil, Besame Mucho e Somewhere My Love. Foi o início de uma série de vindas ao Brasil e de shows pelo mundo afora (América Latina, Inglaterra, Alemanha, Japão, Rússia, etc). Em todos esses lugares era recebido com enorme entusiasmo pelas platéias.

A partir de meados da década de 1970, reduziu seus cantores de 24 para 8 vozes, sem que perdesse em qualidade sonora ou comprometesse seu estilo. Na década de 1980/1990, voltou-se de vez para o mercado latino, tendo gravado centenas de canções, incluindo algumas brasileiras, concentrando-se basicamente no repertório musical de Roberto Carlos e de Julio Iglesias. Ainda assim, lançou álbum de trilhas sonoras de filmes americanos e que incluíam sucessos como Titanic, Superman, A Bela e a Fera, etc. e outro com cantores do estilo country americano. Continuou gravando e realizando concertos pelo resto de sua vida.

No Brasil, sua versão para o Concerto para Piano e Orquestra Nº 1, de Tchaikovsky, tornou-se muito popular depois que passou a ser utilizada como prefixo do Programa Haroldo de Andrade.

Morreu em 12 de outubro de 2002 em Escondido, Califórnia, após sofrer uma queda em uma banheira. Encontra-se sepultado no Westwood Village Memorial Park Cemetery, Los Angeles, Condado de Los Angeles, Califórnia nos Estados Unidos.[2]

Discografia[editar | editar código-fonte]

Conniff em 1967
  • 1956 - "'S Wonderful!"
  • 1957 - "Dance the Bop!"
  • 1957 - "'s Marvelous"
  • 1958 - "'s Awful Nice"
  • 1958 - "Concert in Rhythm, Vol.1"
  • 1958 - "Broadway in Rhythm"
  • 1958 - "Hollywood in Rhythm"
  • 1959 - "It's The Talk of the Town"
  • 1959 - "Conniff Meets Butterfield"
  • 1959 - "Christmas with Conniff"
  • 1959 - "Concert in Rhythm, Vol.2"
  • 1960 - "Young at Heart"
  • 1960 - "Say It with Music (A Touch of Latin)"
  • 1960 - "Memories Are Made of This"
  • 1961 - "Somebody Loves Me"
  • 1961 - "'S Continental"
  • 1962 - "So Much in Love"
  • 1962 - "Rhapsody in Rhythm"
  • 1962 - "We Wish You a Merry Christmas"
  • 1962 - "The Happy Beat"
  • 1963 - "You Make Me Feel So Young"
  • 1963 - "Speak to Me of Love"
  • 1964 - "Friendly Persuasion"
  • 1964 - "Invisible Tears"
  • 1965 - "Love Affair"
  • 1965 - "Music From 'Mary Poppins', 'The Sound of Music', 'My Fair Lady' & Other Great Movie Themes"
  • 1965 - "Here We Come A-Caroling"
  • 1965 - "Happiness Is"
  • 1966 - "Ray Conniff's World of Hits"
  • 1966 - "En Español (The Ray Conniff Singers Sing It in Spanish)"
  • 1967 - "This Is My Song"
  • 1967 - "Ray Conniff's Hawaiian Album"
  • 1967 - "It Must Be Him"
  • 1968 - "Honey"
  • 1968 - "Turn Around Look at Me"
  • 1968 - "I Love How You Love Me"
  • 1969 - "Live Europa Tournee 1969/Concert in Stereo"
  • 1969 - "Jean"
  • 1969 - "Concert In Stereo: Live At 'The Sahara Tahoe'"
  • 1970 - "Bridge Over Troubled Water"
  • 1970 - "We've Only Just Begun"
  • 1970 - "Love Story"
  • 1971 - "Great Contemporary Instrumental Hits"
  • 1971 - "I'd Like to Teach the World to Sing"
  • 1972 - "Love Theme from "The Godfather"
  • 1972 - "Alone Again (Naturally)"
  • 1972 - "I Can See Clearly Now"
  • 1973 - "Ray Conniff in Britain"
  • 1973 - "You Are the Sunshine of My Life"
  • 1973 - "Harmony"
  • 1973 - "The Way We Were"
  • 1974 - "The Happy Sound of Ray Conniff"
  • 1974 - "Ray Conniff In Moscow"
  • 1975 - "Laughter in the Rain"
  • 1975 - "Another Somebody Done Somebody Wrong Song"
  • 1975 - "Love Will Keep Us Together"
  • 1975 - "I Write the Songs"
  • 1975 - "Live in Japan"
  • 1975 - "Ray Conniff Plays Carpenters"
  • 1976 - "Send in the Clowns"
  • 1976 - "Theme from "S.W.A.T." and Other TV Themes"
  • 1976 - "After the Lovin'"
  • 1977 - "Exitos Latinos"
  • 1978 - "Ray Conniff Plays the Bee Gees and Other Great Hits"
  • 1979 - "I Will Survive"
  • 1980 - "The Perfect '10' Classics"
  • 1980 - "Exclusivamente Latino"
  • 1981 - "Siempre Latino"
  • 1982 - "The Nashville Connection"
  • 1982 - "Musik für Millionen"
  • 1982 - "Amor Amor"
  • 1983 - "Fantastico"
  • 1984 - "Supersonico"
  • 1985 - "Campeones"
  • 1986 - "Say You Say Me"
  • 1986 - "30th Anniversary Edition"
  • 1987 - "Always in My Heart"
  • 1988 - "Interpreta 16 Exitos De Manuel Alejandro"
  • 1990 - "Ray Conniff Plays Broadway"
  • 1991 - "'S Always Conniff"
  • 1993 - "Latinisimo"
  • 1995 - "40th Anniversary"
  • 1997 - "Live in Rio (aka Mi Historia)"
  • 1997 - "I Love Movies"
  • 1998 - "My Way"
  • 1999 - "'S Country"
  • 1999 - "'S Christmas"
  • 2000 - "Do Ray Para O Rei" (2000)'

Prêmios e números[editar | editar código-fonte]

  • 9 Discos de Ouro
  • 1 Disco de Platina
  • 1 Grammy pela interpretação da música "Somewhere My Love"
  • 70 milhões de cópias vendidas mundo afora.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. "Ray Conniff Biography". ARTISTdirect
  2. Ray Conniff (em inglês) no Find a Grave

Ligações externas[editar | editar código-fonte]