Ramiro Castillo – Wikipédia, a enciclopédia livre

Ramiro Castillo
Ramiro Castillo
Castillo no Rosario Central
Informações pessoais
Nome completo Ramiro Castillo Salinas
Data de nascimento 27 de março de 1966
Local de nascimento Coripata, Bolívia
Nacionalidade boliviano
Data da morte 18 de outubro de 1997 (31 anos)
Local da morte Achumani, Bolívia
Altura 1,65 m
Apelido Chocolatín
Informações profissionais
Posição Meia-atacante
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos e gol(o)s
1985–1986
1987–1988
1988–1990
1990–1991
1991–1992
1992–1993
1993–1996
1997
1997
The Strongest
Instituto
Argentinos Juniors
River Plate
Rosario Central
Platense
The Strongest
Everton
Bolívar
27 (1)
69 (8)
10 (1)
16 (0)
23 (1)
108 (17)
– (7)
30 (8)
Seleção nacional
1989–1997 Bolívia 52 (5)

Ramiro Castillo Salinas (Coripata, 27 de março de 1966Achumani, 18 de outubro de 1997) foi um futebolista boliviano que atuava como meia-atacante.

Era conhecido por "Chocolatín", por causa de sua pele escura, rara em um país cuja população é predominantemente indígena.

Carreira[editar | editar código-fonte]

Começou sua carreira no The Strongest, em 1985. Jogou apenas uma temporada no Tigre antes de ser transferido para o futebol argentino, onde jogou durante sete anos.

Na Argentina, jogou por Instituto, Argentinos Juniors, River Plate, Rosario Central e Platense. Durante este período, Castillo instituiu um recorde: é o boliviano com mais partidas disputadas em território argentino: foram 146 jogos e dez gols marcados[1].

Voltaria à Bolívia e ao The Strongest em 1993, saindo da equipe em 1996 e permaneceria alguns meses sem jogar, antes de assinar contrato com o Bolívar, maior rival do Tigre. Antes, teve uma curta passagem pelo Everton de Viña del Mar, no Chile.

Seleção Boliviana[editar | editar código-fonte]

Castillo jogaria 52 partidas pela Seleção Boliviana de Futebol entre 1989 e 1997, marcando cinco gols. Jogaria a Copa de 1994 e quatro edições da Copa América (1989, 1991, 1993 e 1997), tendo atuado 13 vezes pelas eliminatórias para as Copas de 1990, 1994 e 1998.

Sua última partida por La Verde (e também em sua carreira profissional) foi em 12 de outubro de 1997, contra o Equador, pelas eliminatórias da Copa de 1998. A Bolívia não conseguiu a classificação para o torneio.

A perda do filho antes da final da Copa América[editar | editar código-fonte]

Os bolivianos chegariam à final da Copa América de 1997, sendo derrotada pelo Brasil por 3 a 1. Pouco antes do jogo final, Chocolatín se preparava para disputar a partida quando recebe a notícia da internação de seu filho Juan Manuel, então com três anos de idade, em decorrência de hepatite.

Dois dias depois, no dia 30 de junho, o estado do menino piorou e ele morreu horas depois.

Suicídio[editar | editar código-fonte]

Abalado pela morte de seu filho, Castillo entrou em depressão, isolando-se de todos e vários amigos tentaram ajudá-lo a superar tal situação, sem êxito.

Sem esperanças de se recuperar da depressão, resolveu se suicidar em 18 de outubro de 1997[2]. Ele foi encontrado com uma gravata enrolada em seu pescoço, na cidade de Achumani, ao sul de La Paz. Ele deixou a esposa, María del Carmen Crespo, e outros 3 filhos[3].

Homenagem[editar | editar código-fonte]

Depois da morte prematura de Castillo, foi respeitado um minuto de silêncio no jogo entre Platense (último clube do meia-atacante na Argentina) e Gimnasia y Esgrima de Jujuy, onde seu irmão, Iván, e o zagueiro Óscar Sánchez (falecido em 2007), atuavam. Na partida, jogadores dos dois clubes usaram uma braçadeira preta em sinal de luto.

Títulos[editar | editar código-fonte]

The Strongest
Bolívar

Referências

  1. Máximo, Negro (3 de junho de 2019). «Ramiro Castillo, un sueño que terminó en pesadilla». El Equipo Deportea (em espanhol) 
  2. «Se suicidó ayer Ramiro Castillo» (em espanhol). La Nacion. 19 de outubro de 1997 
  3. «El día que el 'Chocolatín' se llevó la pelota a la eternidad». La Razon. 18 de outubro de 2012. Consultado em 7 de junho de 2020. Cópia arquivada em 2 de fevereiro de 2019