Lufada – Wikipédia, a enciclopédia livre

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Tempestade acompanhada de lufada no Novo México, Estados Unidos.

Lufada, rajada de vento ou rajada é um vento forte e de curta duração, geralmente de três[1] a 20 segundos.[2] Sua observação é feita em comparação à velocidade média do vento dentro de um período de tempo, por exemplo: se em um intervalo de dez minutos essa velocidade média foi de 33 quilômetros por hora (km/h), a rajada pode ser constatada em um momento de cinco segundos em que esse vento atingiu 60 km/h ou mais.[1]

Rajadas de vento podem ser registradas durante tempestades causadas por nuvens cumulonimbus, quando normalmente são acompanhadas de chuva forte, descargas elétricas e, por vezes, queda de granizo. Eventos como downburst e tornados são associados a rajadas mais fortes e frequentes.[2] No entanto, também são originadas de fenômenos de maior escala, a exemplo de choques entre massas de ar quente e frio. Esse contraste intensifica a circulação atmosférica, o que impulsiona a velocidade do vento e a ocorrência de lufadas.[3]

Embora associadas a tempestades, rajadas de vento também podem acontecer durante a atuação de massas de ar seco, tanto frio como quente.[4][5] Dependendo da velocidade alcançada, as lufadas são capazes de provocar destelhamento de casas, queda de árvores e danos em placas, outdoors e postes.[2] Mesmo na geração de energia eólica, rajadas fortes causam danos em equipamentos e queda de aerogeradores.[6] Na aviação, ventos de rajada podem afetar a sustentação e a trajetória de aeronaves.[7]

Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), a maior rajada de vento não relacionada a tornados já registrada foi de 408 km/h na Ilha de Barrow, na Austrália, em 10 de abril de 1996.[8]

Referências

  1. a b European Materials Handling Federation (FEM) (29 de maio de 2013). «Questões de Segurança na Instalação e Transporte de Turbinas Eólicas» (PDF). Fédération Européenne de la Manutention: 7–8. Consultado em 4 de outubro de 2020. Cópia arquivada (PDF) em 4 de outubro de 2020 
  2. a b c Josélia Pegorim (22 de dezembro de 2017). «Saiba o que é uma rajada de vento e os danos que ela pode causar». Climatempo. Consultado em 4 de outubro de 2020. Cópia arquivada em 4 de outubro de 2020 
  3. Climatempo (6 de julho de 2016). «Por que venta forte no Sul e no Sudeste?». Terra. Consultado em 4 de outubro de 2020. Cópia arquivada em 4 de outubro de 2020 
  4. Otávio Augusto e Jacqueline Saraiva (26 de junho de 2017). «Ventos trazem mais frio para a capital durante as madrugadas esta semana». Correio Braziliense. Consultado em 4 de outubro de 2020. Cópia arquivada em 4 de outubro de 2020 
  5. NSC Total (10 de setembro de 2017). «Domingo amanhece nublado, mas previsão indica sol ao longo do dia em SC». Consultado em 4 de outubro de 2020. Cópia arquivada em 4 de outubro de 2020 
  6. G1 (21 de dezembro de 2014). «Ventania derruba torre de energia eólica em Santana do Livramento, RS». Consultado em 4 de outubro de 2020. Cópia arquivada em 20 de dezembro de 2018 
  7. Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) (11 de outubro de 2017). «Rajadas de vento». Consultado em 4 de outubro de 2020. Cópia arquivada em 4 de outubro de 2020 
  8. O Estado de S. Paulo (22 de janeiro de 2010). «Maior rajada de vento da história alcançou 408 km/h, diz OMM». Estadão. Consultado em 4 de outubro de 2020. Cópia arquivada em 4 de outubro de 2020 
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