R.C. Pro-Am II – Wikipédia, a enciclopédia livre

R.C. Pro-Am II
R.C. Pro-Am II
Capa norte-americana
Desenvolvedora(s) Rare
Publicadora(s) Tradewest
Compositor(es) David Wise
Plataforma(s) Nintendo Entertainment
System
Lançamento 11 de dezembro de 1992
Gênero(s) Combate de Veículos
Corridas
Modos de jogo Um jogador, multijogador

R.C. Pro-Am II é um jogo eletrônico de combate de veículos de corrida desenvolvido pela Rare e lançado pela Tradewest para o Nintendo Entertainment System em 11 de dezembro de 1992. O jogo é a sequência de R.C. Pro-Am de 1988 e apresenta jogabilidade semelhante com uma ampla variedade de pistas, fases de bônus e com a possibilidade de usar moedas para melhorar veículos e armas. Em R.C. Pro-Am II, quatro jogadores, de inteligência artificial ou humana, correm em uma série de pistas para terminar em primeiro, evitando obstáculos e perigos. O vencedor recebe pontos de corrida e moedas. O jogo apresenta um modo multijogador no qual até quatro jogadores humanos podem competir entre si simultaneamente.

Os críticos elogiaram os recursos adicionais e a variedade da sequência, enquanto outros consideraram sua jogabilidade nada original em comparação com o primeiro jogo e seus contemporâneos. Para além disso elogiaram o modo multijogador, que alguns disseram ser o único motivo para comprar o jogo. O jogo foi lançado na compilação Rare Replay de 2015 da Rare para o Xbox One.

Jogabilidade[editar | editar código-fonte]

A linha de partida em R.C. Pro-Am II

R.C. Pro-Am II é um jogo eletrônico de corrida no qual quatro veículos competem em uma série de 24 pistas diferentes: oito pistas de corrida padrão, oito pistas de "paisagem urbana" e oito pistas de todo-o-terreno. O nível de dificuldade aumenta entre cada tipo de curso. Os jogadores devem contornar os obstáculos do curso para terminar a corrida. No modo um jogador, os jogadores competem contra três oponentes de inteligência artificial. O jogo também possui um modo multijogador no qual até quatro jogadores humanos podem competir entre si. O objetivo de cada corrida é terminar entre os três primeiros lugares para receber pontos de corrida e moedas, que é usado para melhorar veículos e comprar armas. Os três primeiros colocados são qualificados para participar da próxima corrida, enquanto os outros jogadores devem clicar em "continue". O jogo termina quando os jogadores ficarem sem "continues".[1]

Os jogadores dirigem com botões direcionais, aceleram com um botão e disparam com o outro.[2] Antes de cada corrida, os jogadores podem usar as moedas que ganharam em corridas anteriores para comprar melhoramentos de desempenho do veículo e armas, que podem ser usadas em outros competidores. Os melhoramentos de armas incluem o seguinte: motores (velocidade aumentada); pneus (melhor giro); mísseis, bombas e "feixes de congelamento"; e buckshots (roubar moedas do oponente). Outros bens adquiríveis incluem munição adicional. Os jogadores podem economizar moedas para comprar melhoramentos melhores e mais caros no final do jogo.[1] Os jogadores também podem coletar letras que soletram "PRO AM II" e que estão espalhadas pela pista. Ao terminar a coleta, o jogador recebe um novo veículo mais rápido e com controles mais rígidos.[3] O terreno da pista varia, incluindo ambientes de inverno, encruzilhadas e rios.[2] Existem perigos como a água, bombas, lama, gelo, cumes, óleo e aeronaves que lançam bombas que diminuem a velocidade do jogador. O jogo inclui dois tipos de fases de bônus (cabo de guerra e prova de arrancada) que oferecem pontos de corrida e moedas.[1]

Desenvolvimento e lançamento[editar | editar código-fonte]

A Ultimate Play the Game foi fundada pelos irmãos Tim e Chris Stamper, junto com a esposa de Tim, Carol, em Ashby-de-la-Zouch no ano de 1982. Eles começaram a produzir jogos eletrônicos para o ZX Spectrum no início da década de 1980. A empresa era conhecida pela sua relutância em revelar detalhes sobre as suas operações e projetos futuros. Pouco se sabia sobre o processo de desenvolvimento, exceto que costumavam trabalhar em "equipes separadas": uma equipe trabalhava no desenvolvimento enquanto a outra se concentrava em outros aspectos, como som e gráficos.[4] Esta empresa posteriormente evoluiu para a Rare,[5] a desenvolvedora de R.C. Pro-Am II. Foi publicado pela Tradewest para o Nintendo Entertainment System em dezembro de 1992.[6]

Recepção[editar | editar código-fonte]

A Nintendo Power elogiou os controles do jogo e as opções de melhoramento, que tornaram o jogo estratégico. A revista criticou a dificuldade como injusta, com os perigos da aeronave que não dão tempo de reação aos jogadores para se esquivarem dos ataques.[7] A Nintendo Magazine System elogiou o jogo em geral e o seu modo multijogador em particular, mas sentiu que havia jogos melhores disponíveis.[8] Em 1993, a GamePro disse que o jogo era melhor que seu antecessor, mas notou que os gráficos e o som poderiam ser melhores.[9] A Jeuxvideo apreciou o quão os carros da sequência tiveram melhor tração, mas achou que o jogo era tecnicamente não refinado, considerando os seus poucos avanços em quatro anos. Por exemplo, eles criticaram a Rare por reciclar o áudio original do jogo.[2] Em 1994, os jogadores elogiaram muito o modo multijogador, efeitos sonoros estridentes, manuseio do veículo e a rejogabilidade. Também criticaram a falta de música no jogo e os indicadores atuais das armas, e lutaram para antecipar as curvas na pista na perspectiva angular do jogo.[10]

A revista Retro Gamer disse que R.C. Pro-Am II não era substancialmente diferente de seu antecessor. Eles acharam a mecânica do jogo de corrida semelhante, exceto pelos recursos a melhoramentos. O revisor acrescentou que os jogadores esperavam mais, especialmente para um título que foi lançado cinco anos após o original. Ele também notou que enquanto o modo solo era "aceitável", o modo multijogador era o que fazia o jogo se destacar por si só, contando que era um "excelente jogo apesar da sua falta de originalidade".[11]

R.C. Pro-Am II foi eleito o melhor jogo do NES pela Nintendo Power de 1993 em relação a Battletoads & Double Dragon e Kirby's Adventure. A revista credita os excelentes controles do jogo e a variedade de pistas.[12] R.C. Pro-Am II está incluído na compilação Rare Replay, que contém 30 títulos da Rare, lançado no Xbox One em 4 de agosto de 2015.[13]

Notas[editar | editar código-fonte]

  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «R.C. Pro-Am II».

Referências

  1. a b c «R.C. Pro-Am II». Nintendo Power (44): 88–91. Janeiro de 1993 
  2. a b c Goten67 (8 de março de 2012). «Test : R.C. Pro-Am II». Jeuxvideo.com (em francês). Webedia. Consultado em 13 de agosto de 2015. Cópia arquivada em 22 de dezembro de 2015 
  3. «R.C. Pro-Am II». Electronic Gaming Monthly (42): 225. Janeiro de 1993 
  4. «The Best of British - Ultimate». Crash. Consultado em 13 de agosto de 2015 
  5. McLaughlin, Rus (29 de julho de 2008). «IGN Presents the History of Rare». IGN. Consultado em 17 de maio de 2012. Cópia arquivada em 5 de agosto de 2008 
  6. «NES Games» (PDF). Nintendo. Consultado em 13 de setembro de 2015. Arquivado do original (PDF) em 17 de março de 2007 
  7. «Now Playing». Nintendo Power (44): 105, 107. Janeiro de 1993 
  8. «R.C. Pro-Am II». Nintendo Magazine System. 1992. Definitely a great game, but there are greater. If you really have to have a four-player game, then get this. Otherwise take a look at the others. 
  9. Slo Mo (maio de 1993). «Nintendo Pro Review – R.C. Pro-Am II». San Mateo, CA: GamePro Publishing. GamePro (45): 34. ISSN 1042-8658. OCLC 19231826 
  10. «R.C. Pro-Am II». Game Players (41). Junho de 1994. p. 66 
  11. Burton, Richard (dezembro de 2010). «Back to the Nineties». Imagine Publishing. Retro Gamer (84): 24. ISSN 1742-3155 
  12. «Nintendo Power Awards 1993». Nintendo Power (60). 57 páginas. Maio de 1994 
  13. McWhertor, Michael (15 de junho de 2015). «Rare Replay for Xbox One includes 30 Rare games for $30 (update)». Polygon. Vox Media. Consultado em 16 de junho de 2015. Cópia arquivada em 16 de junho de 2015