Protetorado Francês da Tunísia – Wikipédia, a enciclopédia livre



Protectorat français de Tunisie
لحماية الفرنسية في تونس

Protetorado Francês da Tunísia

Protetorado
(França)


1881 – 1956
Flag Brasão
Bandeira Brasão
Localização de Protetorado Francês da Tunísia
Localização de Protetorado Francês da Tunísia
Tunísia (azul escuro)
possessões francesas na África (azul claro)
1913
Continente África
Capital Tunis
36° 50' N 10° 9' E
Língua oficial árabe
berberes
francês
italiano
turco
Religião Islã
Catolicismo
Judaísmo
Governo Monarquia
(Bei)
 • 1859–1882 Muhammad III as-Sadiq (primeiro)
 • 1943-1956 Muhammad VIII al-Amin (último)
História
 • 12 de Maio de 1881 Tratado de Bardo
 • 1942-1943 de Batalha da Tunísia
 • 20 de Março de 1956 Independência

O Protetorado francês da Tunísia (em francês: Protectorat français de Tunisie; em árabe: الحماية الفرنسية في تونس) foi estabelecido pelo Tratado de Bardo em 12 de maio de 1881. Transformou as estruturas políticas, econômicas e sociais do país, e foi finalmente abolido em 20 de março de 1956, após negociações, decorrente do movimento nacional tunisiano.

A Tunísia otomana, formou uma província do decadente Império Otomano, mas gozava de um elevado grau de autonomia sob o bei Muhammad Sadiq III.

Em 1877, a Rússia Imperial declarou guerra contra os otomanos. A vitória russa antecipou o desmembramento do império, incluindo a independência para as suas possessões nos Bálcãs e várias discussões internacionais sobre o futuro das províncias do Norte da África.

O Congresso de Berlim de 1878, foi convocado para resolver a questão otomana. A Grã-Bretanha, tinha forte oposição ao total desmantelamento do Império Otomano, a França pediu o controle da Tunísia, em troca de Chipre. A Alemanha, vendo a reivindicação francesa como uma forma de desviar a atenção da ação vingativa francesa na Europa (onde a França tinha sofrido uma derrota nas mãos prussianas em 1870-1871 na Guerra Franco-Prussiana) e estava pouco preocupada com o Sul do Mediterrâneo, concordou em permitir a soberania da França na Tunísia. A Itália, que tinha interesses econômicos na Tunísia fez forte oposição ao plano, mas foi incapaz de impor sua vontade.

A presença francesa na Tunísia veio cinco décadas após a sua ocupação da vizinha Argélia. Ambos os países eram possessões do antigo Império Otomano, durante três séculos, mas cada um tinha a algum tempo atingindo autonomia política. Antes de os franceses chegarem, a Tunísia tinha iniciado um processo de reformas modernizadoras, mas a dificuldade financeira montada até a instalação de uma comissão de credores europeus. Após a ocupação o governo francês assumiu as obrigações internacionais da Tunísia. Principais desenvolvimentos e melhorias foram realizados pelos franceses em diversas áreas, incluindo os transportes e infra-estrutura, indústria, sistema financeiro, de saúde pública e administração. No entanto, empresas francesas e seus cidadãos foram favorecidos, o que não criou simpatia nos tunisianos. O movimento de independência já era ativo antes da Primeira Guerra Mundial, e continuou a ganhar força contra a confusa oposição francesa. Seu objetivo final foi alcançado em 1956.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Fontes[editar | editar código-fonte]

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