Processo Urca – Wikipédia, a enciclopédia livre

Em astrofísica de partículas, um processo Urca é uma reação que emite um neutrino e que supostamente faz parte do processo de resfriamento de estrelas de nêutrons e anãs brancas.

O processo foi pela primeira vez discutido por George Gamow e pelo físico pernambucano Mário Schenberg enquanto visitavam o cassino da Urca, no Rio de Janeiro. Relata-se que Gamow terá dito a Schenberg que "a energia desaparece no núcleo de uma supernova tão rapidamente quanto o dinheiro desaparecia na mesa da roleta." No dialeto russo utilizado por Gamow, urca pode também significar um ladrão ou gangster.[1][2]

Os processos Urca diretos são os processos mais simples de emissão de neutrinos. Acredita-se que eles são centrais no processo de arrefecimento de estrelas de nêutrons. Possuem a forma geral

em que B1 e B2 são bárions e l é um lépton. Os bárions podem ser núcleons (ligados ou não), híperons como Λ, Σ e Ξ, ou membros da isóbara. O lépton é um elétron ou um múon.

Referências

  1. «Urca process, entrada em The Encyclopedia of Astrobiology, Astronomy, and Spaceflight, David Darling, acesso em 6 de Julho de 2007.» 🔗 
  2. § 3, Gamow and the physics and evolution of stars, D. K. Nadyozhin, Space Science Reviews, 74, #3–4 (Novembro de 1995), pp. 455–461. DOI 10.1007/BF00751432.