Princesa do Solimões Esporte Clube – Wikipédia, a enciclopédia livre

Princesa do Solimões
Nome Princesa do Solimões Esporte Clube
Alcunhas Tubarão do Norte
Tubarão do Solimões
Tubarão
Torcedor(a)/Adepto(a) Alvirrubro
Princesa
Mascote Tubarão
Principal rival Penarol
Operário
Fundação 18 de agosto de 1971 (52 anos)
Estádio Gilbertão
Capacidade 15 000 Pessoas
Localização Manacapuru, AM
Presidente Modesto Alexandre
Treinador(a) Aderbal Lana
Patrocinador(a) Prefeitura de Manacapuru
RM Materiais de Construção
Competição Amazonense - Série A
Brasileirão - Série D
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
titular
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
alternativo

O Princesa do Solimões Esporte Clube é um clube brasileiro de futebol, da cidade de Manacapuru, no estado do Amazonas. Um dos primeiros clubes do interior a disputar o Campeonato Amazonense de futebol, o Princesa é hoje, ao lado do Penarol, o clube mais tradicional do interior. Já chegou a final do estadual em seis oportunidades (1995, 1997, 2013, 2014, 2016 e 2022), sendo vice-campeão em cinco, e conquistando o estadual em 2013 pela primeira vez, ao derrotar o Nacional.[1]

História[editar | editar código-fonte]

Fundação[editar | editar código-fonte]

Por volta da metade do ano de 1971, o desportista Antônio Ribeiro da Silva "Coan" conversando com seu amigo Francisco Bezerra, expôs a ideia de dar oriegm a uma nova associação esportiva na cidade, que fosse destinada à pratica de futebol, já que ali só havia oficialmente o Manacapuru Esporte Clube. Algum tempo depois, no mesmo ano, em 18 de Agosto estes deram vida ao Princesa do Solimões Esporte Clube. Iniciados os trabalhos, foram Maria D'Angelo da Silva e Socorro Farias, esposas de Coan e Bezerra, que confeccionaram os primeiros uniformes do clube em maquinas domésticas de costura.[2]

As primeiras reuniões eram organizadas na casa de Coan, e Maria D'Angelo era a responsável pela organização das mesmas. Com o tempo o clube progrediu, contando primeiramente com a ajuda financeira de Manoel Mendonça e José Costa. Outros vieram depois, e foram muito importantes também, como o empresário João D'Angelo e o eterno presidente Carlos Bessa (Bessão).

Profissionalismo[editar | editar código-fonte]

O clube de Manacapuru entrou para o futebol profissional em 1987, e em poucos anos de profissionalismo disputou a Série B do Campeonato Brasileiro de 1989, sendo o primeiro clube de interior da Região Norte a disputar a competição.

O primeiro jogo[editar | editar código-fonte]

22 de fevereiro de 1987 Princesa do Solimões 2 - 3 Rio Negro Gilbertão

Paçoca Gol marcado, Gol marcado Tonho Gol marcado, Gol marcado
Rildo Gol marcado
Público: 3,000
Público Pagante: 2,409

O campeonato foi dividido em três grupos naquele ano, e o Princesa terminou a primeira fase da Taça Estado do Amazonas (1º Turno) em 1º lugar do seu grupo, indo para a decisão triangular com os dois "papões" do futebol amazonense (Rio Negro e Nacional). Na decisiva do turno, perdeu para o "Galo" por 0 a 2 e depois empatou em 0 a 0 com o Nacional.

Na Taça Cidade de Manaus, o 2º turno, o Princesa novamente se qualificou para o triangular decisivo, enfrentando novamente os dois gigantes de Manaus, se qualificando como a 3ª força do estado. No triangulo, o clube novamente não teve força para desbancar a dupla Rio-nal e foi derrotado nos dois jogos, por 1 a 2 para o Rio Negro e 0 a 1 para o Nacional. Apesar de ter sido finalista dos dois turnos, o Princesa foi superado pelo Penarol na classificação final, e ficou em 4º lugar geral.

Série B[editar | editar código-fonte]

O Princesa foi o primeiro clube de interior, em toda a Região Norte a disputar a segunda divisão do Campeonato Brasileiro de Futebol. Seus jogos foram:[3]

Década de 2010[editar | editar código-fonte]

A década de 2010 marcou um grande crescimento do clube, que ganhou protagonismo ao decidir os estaduais de 2013-14-15-16, em sequência, vencendo apenas a edição de 2013, na qual bateu o Nacional. Voltou também a disputar competições nacionais, estreando na Copa do Brasil de Futebol e no Campeonato Brasileiro de Futebol - Série D, além da Copa Verde de Futebol.

A década de 2010 marcou o ressurgimento do clube, que não marcava presença em uma final de campeonato desde 1997. Depois de se manter na metade da tabela entre 2010 e 2012, fez uma campanha quase impecável em 2013 e chegou à primeira final depois de 16 anos, derrotando o nos pênaltis em casa, no Gilbertão, e sagrando-se pela primeira vez campeão amazonense de futebol.

2012 e Campeão Amazonense em 2013[editar | editar código-fonte]

Em 2012 o Princesa disputou a final da Taça Estado do Amazonas, o 1º turno do estadual. Na ocasião, perdeu para o Nacional nos pênaltis. No 2º turno não teve o mesmo rendimento.

Em 2013 veio ainda mais fortalecido e desta vez conquistou a Taça Estado do Amazonas ao bater o Fast Clube com resultados de 2 a 0 e 3 a 4. Mesmo garantido na final, o clube manteve o foco e obteve o mesmo rendimento na Taça Cidade de Manaus, onde novamente voltou à final, contra o Nacional. O clube perdeu o 2º turno e a oportunidade de título direto e voltaria a enfrentar o mesmo Nacional na grande final.[4] A decisão foi disputada em dois jogos, na primeira partida, no Estádio do SESI, em Manaus, o Princesa venceu por 3 a 1, garantindo assim uma boa vantagem para o retorno, em casa. No jogo de volta, diante de 8.032 presentes, o Princesa foi surpreendido pelo adversário, que venceu a partida por 2 a 0 e anulou a vantagem rubra, levando a decisão para os pênaltis. Nos penais, o Princesa venceu por 7 a 6 e pela primeira vez levantava o título máximo do estado, em sua 3ª decisão.[5]

2014[editar | editar código-fonte]

Em 2014 Princesa foi, ao lado do Nacional, um dos representantes do estado do Amazonas nas competições interestaduais (Copa Verde, Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro Série D). Pelo estadual, novamente uma final contra o Nacional, venceu o 1º jogo por 2 a 0 e obteve vantagem de 3 gols para a 2ª partida, porem, foi derrotado por 5 a 1 e acabou perdendo o título.[6]

Na 1ª fase da Copa Verde, passou pelo Santos do Amapá após vencer por 1 a 0 em casa e empatar em 2 a 2 fora.[7] Depois enfrentou o Paysandu, do Pará, e não obteve o mesmo êxito, desta vez sendo eliminado após sofrer uma goleada de 1 a 6, em Belém do Pará e depois ser novamente derrotado, em casa, desta vez por 1 a 2.[8]

A segunda competição foi a Copa do Brasil. Na 1ª fase o Princesa enfrentou o Brasiliense e se classificou no critério de gols de visitante, após vencer por 3 a 1 em casa e perder por 2 a 4 na casa do adversário.[9] Na 2ª fase pela primeira vez um enfrentamento contra um dos grandes do futebol brasileiro, o Santos; diante do amplo favoritismo do adversário, o rubro amazonense perdeu as duas partidas por 1 a 2 e 2 a 4, assim encerrando sua participação.[10]

Na Série D, o clube apresentava campanha razoável mas acabou surpreendentemente eliminado na primeira fase após tomar uma virada em casa, do Santos do Amapá, com um gol de falta marcado pelo goleiro adversário já nos minutos finais de jogo, encerrando assim sua temporada.[11]

2015-Hoje[editar | editar código-fonte]

De 2015 até hoje o Princesa não obteve mais grandes êxitos. No estadual, foi vice-campeão em 2015, 2016 e 2022. Nas competições regionais e nacionais, o mais relevante foi sua participação na Copa Verde de Futebol de 2023, onde eliminou Rio Branco-AC e Manaus FC, até ser eliminado pelo Paysandu nos pênaltis.

Símbolos[editar | editar código-fonte]

O Nome[editar | editar código-fonte]

O nome do clube remete à alcunha da cidade de Manacapuru, que é conhecida como a "Princesa do Solimões", algo que é comum no Amazonas, onde cidades ribeirinhas são alcunhadas com títulos de nobreza ligados aos rios aos quais margeiam.

Escudo[editar | editar código-fonte]

Coroa de visconde, similar à utilizada pelo clube em seu escudo

O escudo do clube consiste em um "P" estilizado e adornado com uma coroa vermelha. Apesar do nome do clube sugerir, na nobreza brasileira as princesas não tinham uma coroa estabelecida pelo pariato. A coroa utilizada no escudo do clube remete às coroas de visconde, estabelecidas pelo Império do Brasil.

Mascote[editar | editar código-fonte]

O tubarão é o mascote do clube

Apesar de nunca ter sido encontrado em águas do Rio Solimões, o Tubarão(sem espécie específica) é o mascote do Princesa do Solimões. O mascote faz o clube ser conhecido como "Tubarão do Solimões" e também "Tubarão do Norte".

Uniformes[editar | editar código-fonte]

O principal uniforme do Clube é composto de camisa vermelha, calção branco e meias vermelhas; o segundo uniforme possui as mesmas cores, só que na ordem inversa (camisa branca, calção vermelho e meias brancas).

Hino[editar | editar código-fonte]

O Hino do clube foi composto em 1995 e tem como autor Daniel Sales.

Títulos[editar | editar código-fonte]

ESTADUAIS
Competição Títulos Temporadas
Campeonato Amazonense 1 2013
Torneio Início 2 1997 e 2007
Taça Estado da Amazonas 4 1995, 1997, 2013 e 2014

Estatísticas[editar | editar código-fonte]

Participações[editar | editar código-fonte]

Participações em 2024
Competição Temporadas Melhor campanha Estreia Última P Aumento R Baixa
Amazonas Campeonato Amazonense 32 Campeão (2013) 1987 2024
Copa Verde 4 Quartas-de-final (2014, 2015 e 2023) 2014 2023
Brasil Série B 1 78º colocado (1989) 1989
Série D 5 11º colocado (2016) 2014 2024
Copa do Brasil 6 2ª Fase (2014) 2014 2023

Profissionalização em 1987.

Estaduais[editar | editar código-fonte]

Amazonas Campeonato Amazonense
Ano 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996
Pos. - - -
Ano 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Pos. - - -
Ano 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Pos.
Ano 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023
Pos. -

Torcida[editar | editar código-fonte]

A torcida do Princesa do Solimões tem atualmente uma das melhores médias do Campeonato Amazonense,sempre acompanha o time quando joga na capital. Em Manacapuru, recebe sempre a torcida adversária com cortesia e hospitalidade, não se registrando até hoje nenhum caso de briga envolvendo torcedores. No "Gilbertão", a torcida lota o estádio e empurra o time com cantos, foguetes e bandeiras. Um fato curioso também é que em alguns jogos a torcida do princesa coloca sua faixa bem na frente da arquibancada onde estão os torcedores visitantes. O clube atualmente tem três torcidas organizadas:

  • Torcida Fúria do Tubarão (1ª)
  • Torcida Organizada Facção Vermelha
  • Torcida Organizada Fúria Jovem do Princesa
  • Torcida Uniformizada Tubarão do Norte
  • Torcida Organizada TubaJovem
  • T.O.R.C. Torcida Organizada Raça Coan

Referências

  1. http://www.emtempo.com.br/esportes/5277-princesa-de-solim%C3%B5es-%C3%A9-campe%C3%A3o-do-campeonato-amazonense-2013.html[ligação inativa]
  2. «Como tudo começou, maior artilheiro, quem mais jogou... Princesa completa 50 anos». Globo Esporte-AM. 18 de agosto de 2021. Consultado em 31 de maio de 2023 
  3. «Série B 1989». Bola na Área. 2023. Consultado em 31 de maio de 2023 
  4. «Amazonense 2013». Bola na Área. 2023. Consultado em 31 de maio de 2023 
  5. «Após 41 anos, Princesa do Solimões conquista título no Amazonense». Globo Esporte-AM. 26 de maio de 2013. Consultado em 31 de maio de 2023 
  6. «Nacional faz 5 no Princesa e fica com título, manchado por agressão a Leo». Globo Esporte-AM. 24 de maio de 2014. Consultado em 31 de maio de 2023 
  7. Jonhwene Silva (19 de fevereiro de 2014). «Princesa-AM arranca empate do Santos-AP e continua na Copa Verde». Globo Esporte-AP. Consultado em 31 de maio de 2023 
  8. «Paysandu volta a derrotar o Princesa e garante vaga na semi da Copa Verde». Globo Esporte. 8 de março de 2014. Consultado em 8 de março de 2014 
  9. «Princesa perde, mas avança na Copa do Brasil e pega o Santos na 2ª fase». Globo Esporte-DF. 23 de abril de 2014. Consultado em 31 de maio de 2023 
  10. «Santos faz quatro e despacha Princesa da Copa do Brasil». Portal Terra. 15 de maio de 2014. Consultado em 31 de maio de 2023 
  11. Adeilson Albuquerque e Silvio Lima (20 de setembro de 2014). «Com direito a gol de goleiro, Santos-AP bate Princesa-AM e avança na Série D». Globo Esporte-AM. Consultado em 31 de maio de 2023