Primazia papal – Wikipédia, a enciclopédia livre

São Pedro e as chaves do céu.
Na Catedral de Santo Isaac, em São Petersburgo, na Rússia.

A primazia papal (ou primado papal) é um dos atributos mais importantes do Bispo de Roma (ou Papa). É uma doutrina eclesiológica católica romana relativa ao respeito e autoridade que é devido ao papa por outros bispos e suas sés episcopais.

Denominações cristãs[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Confissão de Pedro

Igreja Católica[editar | editar código-fonte]

Segundo a doutrina da Igreja Católica, o dogma da primazia papal consiste na suprema autoridade e poder do Bispo de Roma, na Santa Sé, sobre as diversas Igrejas que compõem a Igreja Católica em seus ritos latino e orientais. Também é conhecida como "Primado do Pontífice Romano", "Primado de Pedro" e outras expressões correlatas.

Ainda segundo a crença católica, o próprio Jesus Cristo houvera estabelecido o papado quando conferiu suas responsabilidades e poderes ao apóstolo São Pedro. Logo, a Igreja Católica aceita o Papa como o chefe universal da Igreja.

Igreja Ortodoxa[editar | editar código-fonte]

Outras tradições cristãs, como as Igrejas Ortodoxas, reconhecem o Bispo de Roma somente como o "Patriarca do Ocidente" e ainda como o primeiro bispo entre seus pares ou iguais (primus inter pares). Logo, os ortodoxos consideram que o Bispo de Roma tem apenas uma primazia de honra (negando por isso a autoridade suprema do Papa), que, desde o Grande Cisma (1054), não tem nenhum poder concreto sobre estas Igrejas cristãs.[1]

Recentemente, devido ao grande esforço ecuménico, as Igrejas Católica e Ortodoxa chegaram finalmente a um consenso mínimo sobre a questão da primazia papal. Este consenso, expresso no "Documento de Ravena" (que foi aprovado no dia 13 de Outubro de 2007),[2] consiste no reconhecimento de ambas as partes de "que o Bispo de Roma […] é o "protos", ou seja, o primeiro entre os patriarcas de todo o mundo, pois Roma, segundo a expressão de Santo Inácio de Antioquia, é a ‘Igreja que preside na caridade".[3] Mas, mesmo assim, "ainda existe divergência entre católicos e ortodoxos quanto às prerrogativas" e aos privilégios desta primazia,[4] visto que os ortodoxos só concedem ao Papa uma primazia pastoral, não jurisdicional; entre iguais, não acima dos outros.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Doutrina ortodoxa Arquivado em 19 de dezembro de 2009, no Wayback Machine., no site Hieros
  2. "Leitor pergunta sobre ortodoxos, protestantes, maçons e rosacruzes" do site Veritatis Splendor
  3. COMISSÃO INTERNACIONAL PARA O DIÁLOGO TEOLÓGICO ENTRE A IGREJA CATÓLICA E A IGREJA ORTODOXA, "Ravenna Document" (2007); n. 41
  4. "Igrejas Ortodoxas reconhecem primado do Papa" (2007)
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