Príncipe Tomohira – Wikipédia, a enciclopédia livre

Príncipe Tomohira
Nascimento 30 de julho de 964
Morte 21 de agosto de 1009
Progenitores
Cônjuge Tamehira-shinnō's second daughter
Filho(a)(s) Minamoto no Morofusa, Takahime-joō, Giko-joō, Senshi-joō, Fujiwara no Yorinari, Fujiwara no Giko
Irmão(ã)(s) Yasuko-naishinnō, Seishi-naishinnō, Hoshi-naishinnō, Senshi-naishinnō, Hirohira-shinnō, Akihira-shinnō, Tamehira-shinnō, Munehira-shinnō, En'yu, Reizei, Rakushi-naishinnō

Príncipe Tomohira (具平親王 Tomohira Shin'nō?, também chamado Nochi no Chūshoō, 964 - 1009), foi um membro da família imperial do Período Heian da história do Japão. Foi o nono filho do Imperador Murakami, sua mãe foi a Princesa Sōshi (Takako). Tomohira se tornou Nakatsukasa-kyō (Ministro de Assuntos Internos).

Vida e Carreira[editar | editar código-fonte]

Em 965, Tomohira foi proclamado shin'nō (príncipe). Em 967 seu pai veio a falecer e poucos meses depois foi a vez de sua mãe. Em 977 no reinado de seu irmão Imperador En'yu ocorreu seu Genpuku (cerimônia de amadurecimento). E em 986 no reinado de seu sobrinho Imperador Ichijo se tornou Hyōbu-shō (Ministro da Guerra) e Chūmukyō (Ministro de Assuntos Internos). Em 1007 abandona os dois cargos. E em 1009 veio a falecer.

Via literária[editar | editar código-fonte]

Tomohira tinha uma rica curiosidade intelectual e uma atitude firme desde a infância.[1] O Imperador Ichijo em um texto literário afirmou que Tomohira foi uma figura central do mundo literário. Já havia na família uma grande influência literária, Minamoto no Kaneakira (o décimo-sexto filho do Imperador Daigo) o chamava Nochi no Chūshoō (ultimo rei da arte contemporânea). Seus versos feitos em Shodō, utilizavam seu conhecimento no Onmyōdō e também sua familiaridade com a medicina.[2]

Estudou com Tachibana no Masamichi, Yoshishige no Yasutane e Ōe no Masahira, além disso era próximo de Fujiwara no Tameyori e Fujiwara no Tametoki (respectivamente tio e pai de Murasaki Shikibu, autora do Genji Monogatari). Existe uma controvérsia sobre quais obras são melhores: as suas, as de Fujiwara no Kintō, as de Kakinomoto no Hitomaro ou as de Ki no Tsurayuki. Existia uma história bem conhecida entre os funcionários da corte que afirmava que Hitomaro era o melhor.[3] Foi um dos responsáveis junto com Kintō pela seleção dos Trinta e seis Imortais da Poesia. Três de seus poemas foram escolhidos para a antologia Shūi Wakashū (a terceira antologia imperial de waka do período Heian, compilado por ordem do Imperador Aposentado Kazan em aproximadamente 1005).[4] No total 41 obras de Tomohira estão representadas no Nijūichidaishū (a coleção das antologias imperiais).[5] Além disso existem obras suas no Honchō Reisō, no Wakan Rōeishū e no Honchō Monzui.

Referências

  1. Eiga Monogatari Volume №1, Tsukinoen (em japonês)
  2. Eiga Monogatari Volume 8, Hatsu Hana (em japonês)
  3. Minamoto no Akikane (2005). Gojidan (em japonês). [S.l.]: Iwanami Shoten, p. 558 
  4. Keene, Donald, 1999. Seeds in the Heart: A History of Japanese Literature, Volume 1. New York: Columbia University Press, p. 283.(em inglês) ISBN 978-0-231-11441-7.
  5. Atsushi Kubota Chokusensakushaburui Iwanami Shoten, 1995 (em japonês)