Pintura da Alemanha – Wikipédia, a enciclopédia livre

Carlos Magno por Albrecht Dürer

A pintura da Alemanha é aquela que vem sendo produzida no território que forma parte do Estado Federal da Alemanha ou por artistas nascidos nessa região. Desenvolveu-se a partir do século X, com o surgimento da arte otoniana. Como toda pintura ocidental, foi marcada, inicialmente, pela criação de iluminuras na época da Arte carolíngia. Com o progresso da cidade de Colônia e com o Renascimento, um tipo peculiar de arte surgiu na Alemanha, em contraposição às obras criadas na Itália. Com Dürer e outros pequenos mestres, a gravura ocidental alcançou novos patamares.

Importantes artistas alemães do Renascimento foram Albrecht Altdorfer, Lucas Cranach, Matthias Grünewald e Hans Holbein. Os mais importantes artistas barrocos foram Cosmas Damian Asam. Outros artistas são o romântico Caspar David Friedrich, o surrealista Max Ernst, o conceitualista Joseph Beuys, Wolf Vostell e Gerhard Richter e o neo-expressionista Georg Baselitz.[1][2]

Pintura da Idade Média e Gótico[editar | editar código-fonte]

A arte carolíngia é a forma mais primitiva de arte germânica. Carlos Magno, como representante de Roma, pretendia fazer um revival da arte romana e de sua cultura no Ocidente. Distanciando-se da iconoclastia do Império Bizantino, Carlos Magno admitiu o uso de imagens em obras artísticas e, assim, fez surgir as origens do que viria a ser o Gótico e o Românico. Como em toda arte carolíngia, as iluminuras tiveram grande importância, como o Códice Áureo de Lorsch (778–820). No começo do século IX, o Arcebispo Ebo de Reims, juntou alguns artistas e transformou a arte carolíngia com a iluminura chamada Evangelho de Ebo, usando pinceladas vibrantes e rápidas. O melhor exemplo dessa época é o Saltério de Utreque (816 - 835). Na época, havia afrescos em igrejas e palácios, mas a maioria deles não mais existe.

São Cristóvão, por Konrad Witz

Os primeiros grandes exemplos de pinturas alemãs surgiram com a arte otoniana. Esplêndidos manuscritos, enriquecidos com iluminuras, foram produzidos na Escola de Reichenau, enquanto que em Colônia, a pintura de miniaturas exibia um brilhante uso de cor. Ratisbona e Salzburgo foram centros de pintura de afrescos durante o período românico, mas poucas obras ainda sobrevivem.

Nos séculos XV e XVI, a arte de criação de iluminuras decaiu e a elaboração de vitrais desenvolveu-se bastante. Nesses séculos se expandiu a arte da criação de retábulos, em uma grande variedade de estilos. Comeám a serem conhecidos nomes individuais de artistas, pertencentes ao chamado Gótico Internacional ou Weicher Stil. Conrad Soest trabalhou na Vestfália. Em Hamburgo trabalhou Frade Francke. O centro artístico da época era a cidade de Colônia, a ponto de ser criada uma Escola de Colônia, com pintores como Stefan Lochner, criador de obras delicadas que tinham a influência da pintura flamenga, especialmente de Jan van Eyck e Rogier van der Weyden.

Depois de Lochner, Colônia recebeu um forte influência flamenga. Cabe citar também Hans Memling, que nasceu na Alemanha, mas desenvolveu seu trabalho em Flandres. Outros artistas importantes do período foram Lukas Moser, Konrad Witz, Hans Multscher, Hans Holbein, Michael Pacher e Michael Wolgemut.

Caba também destacar no século XV, o desenvolvimento da arte da gravura em madeira, a xilogravura, que teve seu primeiro desenvolvimento na arte alemã. Dos mestres anônimos, deve-se destacar o Mestre E.S., precursor de Martin Schongauer, o mais célebre dos gravadores.

O período gótico na Alemanha terminou com a obra de Matthias Grünewald, que pavimentou o Renascimento no país.[1][2]

Pintores do Gótico[editar | editar código-fonte]

A Gravura Alemã[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Mestres da Gravura

Renascimento e o retrato alemão[editar | editar código-fonte]

Ver artigos principais: Renascimento_alemão e Albrecht Dürer
Melancolia, de Dürer

O grande artista alemão do Renascimento setentrional é Albrecht Dürer (1471–1528). Dürer foi tão importante fora quanto dentro da Alemanha. Sua arte era apreciada na Itália, lugar que conheceu em suas viagens. Era excepcionalmente culto e estudou, como os italianos, as proporções e perspectivas. Em 1498, produziu sua primeira grande série de xilogravuras. É o primeiro grande artista protestante.

Lucas Cranach, o Velho, nasceu um ano após Dürer. Obteve cópias das xilogravuras de Dürer em seus primeiros anos e essas obras tiveram grande influência em sua arte. Hans Holbein, o Moço, educou-se no ateliê do pai, mas, no início da carreira, mudou-se para a Suíça. Em Basileia, conheceu Erasmo de Rotterdam, que propiciou-lhe acesso à Corte Inglesa, onde recebeu o apoio de Henrique VIII da Inglaterra. Foi pintor oficial de Frederico III, Sacro Imperador Romano-Germânico, o Sábio.

Albrecht Altdorfer, expoente da Escola do Danúbio, criou paisagens influenciadas também pelas obras de Dürer.[1][2]

Pintores do Renascimento[editar | editar código-fonte]

Século XVII[editar | editar código-fonte]

A Fuga do Egito, Adam Elsheimer, 1605).
Ver também : Pintura do Barroco

No século XVII, a pintura alemã sofreu com as circunstâncias históricas, tais como a Guerra dos Trinta Anos, que devastou o território alemão reduzindo sua população a 30%. Um centro importante de produção artística foi a corte de Rodolfo II do Sacro Império Romano-Germânico, em Praga, onde trabalharam Hans von Aachen e Hans Rottenhammer.

Mas os artistas mais destacados da época viveram na Itália: Adam Elsheimer e Johann Liss.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c BECKETT, Wendy (1997). A História da Pintura. São Paulo: Editora Ática. 
  2. a b c JANSON, H.W (2001). A História Geral da Arte. São Paulo: Martins Fontes 
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