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Peshmerga
پێشمەرگە

Bandeira do Curdistão, que a Peshmerga usa como emblema
País  Iraque
Curdistão Iraquiano
Subordinação Governo Regional do Curdistão
Forças Armadas do Iraque
Criação Década de 1920
Grito de Guerra Ey Reqîb
História
Guerras/batalhas Primeira Guerra Curdo-Iraquiana
Segunda Guerra Curdo-Iraquiana
Guerra Irã-Iraque
Guerra do Golfo
Guerra Civil no Curdistão Iraquiano
Guerra ao Terror
Guerra do Iraque
Guerra Civil Iraquiana (2011–2017)
Batalha de Mossul (2016–2017)
Insurgência jihadista no Iraque (2017–presente)
Outras guerras e batalhas
Logística
Efetivo 200 000[1]
Comando
Comandante em chefe Nechirvan Barzani
Comandantes
notáveis
Simko Shikak
Mamude Barzanji
Shaikh Said Piran
Ahmed Barzani
Ferzende
Mustafa Barzani
Qazi Muhammad
Massoud Barzani
İhsan Nuri Pasha
Jalal Talabani
Murat Karayilan
Mama Risha
Mahmoud Othman
Idris Barzani
Abdullah Ocalan
Membros das forças especiais Peshmerga.
Soldados Peshmerga na cidade de Erbil.
Um blindado T-55 curdo.

Peshmerga ou Peshmerge (em curdo: Pêşmerge ou پێشمه‌رگه ‌‌) é um termo utilizado pelos curdos para se referir aos combatentes de seu exército e significa literalmente "aqueles que enfrentam a morte" (pesh enfrentar + marg morte).[2][3] É também o termo oficial do Governo Regional do Curdistão para designar as forças armadas do Curdistão iraquiano.

História[editar | editar código-fonte]

As forças peshmerga do Curdistão existem desde o advento dos movimentos de independência curda em 1920, após o colapso do Império Otomano e da dinastia Qajar no Irã, que governavam a área por onde se distribuem os curdos. As forças incluem mulheres nas suas fileiras.[3]

Durante grande parte da segunda metade dos anos 1920, os peshmergas muitas vezes entraram em conflito com as forças iraquianas, usando táticas de guerrilha contra eles. Muitos desses peshmerga eram liderados por Mustafa Barzani, do Partido Democrático do Curdistão, enquanto outros estavam sob o comando da União Patriótica do Curdistão, liderados por Jalal Talabani.[4]

Depois da morte de Mustafa Barzani, seu filho Masoud Barzani assumiu a posição do pai. A maior parte dos esforços dos peshmergas era voltada para manter a região sob o controle de um partido específico e para combater eventuais incursões pela Guarda Republicana Iraquiana. Após a Primeira Guerra do Golfo, o Curdistão iraquiano entrou em estado de guerra civil, quando se defrontaram os dois principais partidos curdos, e as respectivas forças peshmerga foram usadas ​​para lutar entre si.

Guerra do Iraque[editar | editar código-fonte]

Em 2003, durante a Guerra do Iraque, os peshmerga desempenharam um papel ativo na missão de captura de Saddam Hussein das forças americanas. Já em 2004, eles capturaram o chefe da al Qaeda Hassan Ghul, que revelou a identidade do mensageiro de Osama Bin Laden, o que posteriormente levou à Operação Neptune Spear e à morte de Osama bin Laden.[5]

Com a nova constituição iraquiana de 2005, as forças Peshmerga foram oficialmente reconhecidas como protetoras do Curdistão, já que o Exército do Iraque está proibido por lei de entrar na região.[6]

Em agosto de 2014, o Curdistão iraquiano passa a sofrer seguidos ataques do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, no contexto da Guerra Civil Iraquiana. As forças curdas conseguiram repelir os ataques, passando a libertar diversas regiões do norte do país das mãos dos extremistas.[carece de fontes?]

Equipamentos[editar | editar código-fonte]

Os armamentos utilizados pelos Peshmerga são bastante limitados, devido às restrições de Bagdá e pelo fato da região do Curdistão não ter a sua soberania reconhecida internacionalmente. As freqüentes disputas entre o governo do curdistão e o governo iraquiano, praticamente fizeram o comércio de armas ser inexistente, principalmente por causa dos temores de uma independência curda.

A maior parte das armas e equipamentos militares que possuem, foram adquiridas ou capturadas durante a as duas recentes guerras na região; a Guerra do Golfo, em 1991, e a Guerra do Iraque, em 2003. A partir de 2014, com a ofensiva e ascensão do grupo terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, diversos países decidiram enviar equipamentos militares mais sofisticados para as forças dos Peshmerga, como fuzis de assalto e veículos blindados de combate.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Coles, Isabel (13 de agosto de 2014). «Outgunned and untested for years, Kurdish peshmerga struggle». Reuters. Consultado em 19 de março de 2016 
  2. The New York Times, por exemplo, usa a grafia "pesh merga"; ver busca de resultados do arquivo.
  3. a b Lortz, Michael G. «Willing to face Death: A History of Kurdish militia Forces - the Peshmerga - from the Ottoman Empire to Present-Day Iraq» (PDF). etd.lib.fsu.edu. Consultado em 12 de janeiro de 2019. Arquivado do original (PDF) em 29 de outubro de 2013 
  4. «Measuring Stability and Security in Iraq» (PDF). Global Security. Fevereiro de 2006. Consultado em 12 de janeiro de 2019 
  5. Ambinder, Marc (29 de abril de 2013). «How the CIA really caught bin Laden's trail». theweek.com. The Week. Consultado em 29 de março de 2017 
  6. «Information about Kurdistan». heevie.org. Heevie. Consultado em 29 de março de 2017