Peroração – Wikipédia, a enciclopédia livre

Em retórica clássica, uma peroração[1] é a parte final de um discurso, sendo um dos quatro ou cinco componentes de sua parte dispositiva.

A peroração tem dois propósitos principais: lembrar à audiência os pontos principais do discurso (recapitulatio) e influenciar suas emoções (affectus). O papel da peroração foi definido por autores gregos que escreveram sobre retórica, que os chamavam de epílogos; mas está mais frequentemente associado com oradores romanos, que faziam uso frequente de apelos emocionais. Um famoso exemplo é o discurso de Marco Antônio Orador em defesa de Aquílio, durante o qual Antônio rasgou a túnica de Aquílio para revelar suas cicatrizes de guerra[2].

No século I a.C. era comum que dois ou mais oradores aparecessem em cada lado no principais casos dos tribunais. Nestas oportunidades, era considerado um sinal de honra ser escolhidos para realizar a peroração[3].

Referências

  1. Peroração
  2. Cicero, De Oratore, 2.xlvii.194
  3. Cicero, Brutus, 190

Ligações externas[editar | editar código-fonte]