Pellet de madeira – Wikipédia, a enciclopédia livre

Exemplo de pellets de madeira.

Pellet de madeira é um biocombustívei sólidos que tem como matéria-prima resíduos de biomassa vegetal, como a serragem ou maravalha de madeira, bagaço de cana-de-açúcar, entre outros.[1]

Os pellets têm geometria regular, no formato de pequenos cilindros. Possuem entre 6 e 8 milímetros de diâmetro e comprimento entre 10 a 40 milímetros. Eles são compactados com baixo teor de umidade (TU <10%), permitindo elevada densidade energética e eficiência. A geometria regular permite ótima fluidez, facilitando a automatização de processos comerciais e industriais de queima do produto.[2]É uma fonte de energia renovável e de fácil manuseio, que ocupa pouco espaço na hora da armazenagem.

Os pellets se transformaram em um importante recurso energético. Por ser um combustível menos poluente que os derivados do petróleo, os pellets são utilizados por países que necessitam diminuir suas emissões poluentes para atender aos acordos firmados no Protocolo de Quioto e ratificados na Conferência do Clima (COP21), que ocorreu na França, em dezembro de 2015.[3]

Vantagens[editar | editar código-fonte]

  • Combustível limpo: o pellet é considerado um combustível limpo, isso porque durante sua combustão, em caldeiras e fornalhas, tem baixa emissão de gases do efeito estufa como o gás carbônico, monóxido de carbono.
  • Combustão eficiente: devido à baixa umidade do pellet, a sua combustão é mais eficiente, sua chama é estável e queima por mais tempo que outros combustíveis.
  • Elevado poder calorífico: o pellet, por ser um resíduo compactado e denso, possui um poder calorífico mais elevado que a lenha, por exemplo.
  • Podem ser produzidos não apenas com maravalhas de madeira, mas também com outros resíduos agrícolas e madeireiros, tais como resíduos da poda de maçã ou os ramos secos da Araucária angustifolia, que também possui um elevado poder calorífico.[4]
  • Reciclagem: para a produção de pellets de madeira não é necessário que árvores sejam cortadas, pois eles podem ser feitos a partir de restos de madeira de serrarias e pedaços de madeira que normalmente são descartados, como: cascas, refilos, costaneiras, lascas etc.
  • Energia renovável: assim como outros tipos de biomassa, o pellet também é um recurso renovável e podemos encontrá-la durante todo o ano.
  • Armazenagem: cerca de uma tonelada de pellet são equivalentes a uma tonelada e meia de madeira, o que significa que o local para armazenagem pode ser reduzido. Além disso, o uso desses biocombustíveis é muito mais higiênico, pois mantêm o ambiente limpo, sem folhas e insetos.

Teor de Cinzas dos pellets[editar | editar código-fonte]

Os teores de cinzas dos pellets são uns dos principais fatores analisados para verificar a qualidade desses biocombustíveis sólidos, porque influenciam diretamente na combustão, causam baixa eficiência do queimador, incrustações, corrosões e, consequentemente, aumentam as despesas com manutenção do equipamento. Os pellets de Pinus têm teor de cinzas de 0,5% (médio).[5]

Referências

  1. Garcia, Dorival Pinheiro; Caraschi, José Cláudio; Ventorim, Gustavo; Prates, Glaucia Aparecida; Protásio, Thiago De Paula (5 de fevereiro de 2018). «Qualidade dos pellets de biomassas brasileiras para aquecimento residencial: padrões da norma ISO 17225». Revista Ciência da Madeira (Brazilian Journal of Wood Science). 9 (1). ISSN 2177-6830. doi:10.12953/2177-6830/rcm.v9n1p45-53 
  2. Garcia, Dorival Pinheiro; Filho”, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita; Caraschi, José Cláudio; Ventorim, Gustavo; Filho”, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita; Filho”, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita. «O setor de pellets de madeira no Brasil». Revista Ciência da Madeira - RCM. 8 (1): 21–28. doi:10.12953/2177-6830/rcm.v8n1p21-28 
  3. Garcia, Dorival Pinheiro; Caraschi, José Cláudio; Ventorim, Gustavo; Vieira, Fabio Henrique Antunes; Garcia, Dorival Pinheiro; Caraschi, José Cláudio; Ventorim, Gustavo; Vieira, Fabio Henrique Antunes (setembro de 2016). «TRENDS AND CHALLENGES OF BRAZILIAN PELLETS INDUSTRY ORIGINATED FROM AGROFORESTRY». CERNE. 22 (3): 233–240. ISSN 0104-7760. doi:10.1590/01047760201622032115 
  4. Brand, Martha Andreia; Barnasky, Ricardo Ritter de Souza; Carvalho, Carolina Alves; Buss, Rodrigo; Waltrick, Deyvis Borges; Jacinto, Rodolfo Cardoso; Brand, Martha Andreia; Barnasky, Ricardo Ritter de Souza; Carvalho, Carolina Alves (2018). «Thermogravimetric analysis for characterization of the pellets produced with different forest and agricultural residues». Ciência Rural. 48 (11). ISSN 0103-8478. doi:10.1590/0103-8478cr20180271 
  5. Garcia, Dorival Pinheiro; Caraschi, José Cláudio; Ventorim, Gustavo (15 de fevereiro de 2016). «DECOMPOSIÇÃO TÉRMICA DE PELLETS DE MADEIRA POR TGA». HOLOS. 1 (0): 327–339. ISSN 1807-1600. doi:10.15628/holos.2016.3886 

Ver também[editar | editar código-fonte]

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