Paulo Francisco Torres – Wikipédia, a enciclopédia livre

Paulo Francisco Torres
Paulo Francisco Torres
Paulo Francisco Torres
19° e 21° Prefeito de Teresópolis
Período 28 de maio de 1936
até 31 de dezembro de 1936
Antecessor(a) Augusto da Costa e Silva
Sucessor(a) Olegário da Silva Bernardes
Período 10 de novembro de 1937
até 5 de fevereiro de 1938
Antecessor(a) Olegário da Silva Bernardes
Sucessor(a) João Egon Prates da Cunha Pinto
17° Governador do Acre
Período 2 de março de 1955
até 4 de abril de 1956
Antecessor(a) Francisco d'Oliveira Conde
Sucessor(a) Valério Caldas de Magalhães
47° Governador do Rio de Janeiro
Período 4 de maio de 1964
até 12 de agosto de 1966
Antecessor(a) Cordolino José Ambrósio
Sucessor(a) Teotônio Ferreira de Araújo Filho
Senador pelo Rio de Janeiro
Período 1 de fevereiro de 1967
até 31 de janeiro de 1975
Presidente do Senado Federal do Brasil
Período 15 de março de 1973
até 15 de março de 1975
Presidente Emílio Garrastazu Médici
Antecessor(a) Filinto Müller
Sucessor(a) José de Magalhães Pinto
Deputado federal pelo Rio de Janeiro
Período 1 de fevereiro de 1979
até 31 de janeiro de 1983
Dados pessoais
Nascimento 29 de maio de 1903
Cantagalo, RJ
Morte 12 de janeiro de 2000 (96 anos)
Brasília, DF
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Mãe: Maria Zulmira Torres
Pai: Antonio Francisco Torres
Alma mater Escola Militar do Realengo
Esposa Maria da Conceição Lopes Torres
Partido ARENA, PP e PMDB
Profissão militar

Paulo Francisco Torres (Cantagalo, 29 de maio de 1903Brasília, 12 de janeiro de 2000) foi um político e militar brasileiro.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de Antônio Francisco Torres e de Maria Zulmira Torres. Seu irmão, o jornalista Alberto Torres, foi deputado federal pelo Rio de Janeiro de 1955 a 1959. Outro irmão seu, Acúrcio Torres, foi constituinte em 1934 e em 1946 e deputado pelo mesmo estado de 1935 a 1937 e de 1946 a 1951.

Paulo Torres mudou-se com os pais para Niterói, então capital do estado do Rio de Janeiro, onde fez o curso primário no Grupo Escolar Áidano Almeida, realizando também ali seus estudos preparatórios.

Em março de 1921, ingressou na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, matriculando-se no curso de infantaria. Em julho do ano seguinte, ainda como aluno do primeiro ano desse curso, participou da revolta tenentista ocorrida nessa escola. O levante, que deu início ao ciclo de revoltas tenentistas da década de 1920, foi um protesto contra a eleição de Artur Bernardes à presidência da República e as punições impostas pelo governo de Epitácio Pessoa (1918-1922) aos militares, com o fechamento do Clube Militar e a prisão do marechal Hermes da Fonseca. Além da Escola Militar do Realengo, a revolta envolveu ainda, no Rio de Janeiro, o forte de Copacabana e efetivos da Vila Militar e, em Mato Grosso, o contingente do Exército local.

Em decorrência de sua participação no movimento, debelado no mesmo dia, foi preso e expulso da Escola Militar. Só foi readmitido no Exército depois da vitória da Revolução de 1930, sendo comissionado no posto de primeiro-tenente em novembro desse ano. Efetivado nessa patente em março de 1933 e promovido a capitão em outubro do ano seguinte, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais e bacharelou-se pela Faculdade de Direito da Universidade do Brasil.

Participou como praça das revoltas tenentistas, e em 1938 foi nomeado pelo interventor Amaral Peixoto prefeito de Teresópolis, cargo que exerceu até o ano seguinte. Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) participou da campanha da Itália, integrando a Força Expedicionária Brasileira (FEB). Ocupou a chefia do Departamento Federal de Segurança Pública de agosto de 1954 até março de 1955.

Nomeado governador do Acre, deixou o cargo em abril do ano seguinte. Em 3 de maio de 1964, já sob o governo militar, foi eleito por via indireta governador do estado do Rio de Janeiro. Deixou o cargo em 1966 para candidatar-se ao Senado. Com a extinção dos partidos políticos existentes e a implementação do bipartidarismo em outubro de 1965, filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (ARENA).

Eleito senador pelo Estado do Rio, tentou a reeleição em 1974, mas foi derrotado pelo candidato do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), Saturnino Braga. Em 1978 elegeu-se deputado federal pelo novo estado do Rio de Janeiro, ingressando no Partido Popular (PP), que mais tarde se incorporaria ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). No pleito de 1982, voltou a concorrer a uma cadeira na Câmara, conseguindo apenas uma suplência.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Alzira Alves de Abreu e Israel Beloch (1984). Dicionário Histórico-Biográfico Brasileiro, 1930-1983. Rio de Janeiro: Forense-Universitária/FGV-CPDOC/Finep 

Referências

  1. LACOMBE, Lourenço Luiz. Os chefes do Executivo Fluminense. Petrópolis, RJ : Museu Imperial, 1973.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Precedido por
Augusto da Costa e Silva
Prefeito de Teresópolis
1936
Sucedido por
Olegário da Silva Bernardes
Precedido por
Olegário da Silva Bernardes
Prefeito de Teresópolis
1937 — 1938
Sucedido por
João Egon Prates da Cunha Pinto
Precedido por
Francisco d'Oliveira Conde
Governador do Acre
1955 — 1956
Sucedido por
Valério Caldas de Magalhães
Precedido por
Cordolino José Ambrósio
Governador do Estado do Rio de Janeiro
1964 — 1966
Sucedido por
Teotônio Ferreira de Araújo Filho
Precedido por
Filinto Müller
Presidente do Senado Federal do Brasil
1973 — 1975
Sucedido por
José de Magalhães Pinto