Papa Júlio II – Wikipédia, a enciclopédia livre

Júlio II
Papa da Igreja Católica
216° Papa da Igreja Católica
Info/Papa
Atividade eclesiástica
Ordem Ordem dos Frades Menores
Diocese Diocese de Roma
Eleição 1 de novembro de 1503
Entronização 26 de novembro de 1503
Fim do pontificado 21 de fevereiro de 1513
(9 anos, 113 dias)
Predecessor Pio III
Sucessor Leão X
Ordenação e nomeação
Ordenação presbiteral 1471
Nomeação episcopal 16 de outubro de 1471
Ordenação episcopal 1481
por Papa Sisto IV
Nomeado arcebispo 23 de maio de 1474
Cardinalato
Criação 16 de dezembro de 1471
por Papa Sisto IV
Ordem Cardeal-presbítero (1471-1503)
Cardeal-bispo (1479-1503)
Título São Pedro Acorrentado (1471-1503)
Sabina-Poggio Mirteto (1479-1483)
Óstia (1483-1503)
Papado
Brasão
Consistório Consistórios de Júlio II
Dados pessoais
Nascimento Savona, Itália
5 de dezembro de 1443
Morte Roma, Itália
21 de fevereiro de 1513 (69 anos)
Nacionalidade italiano
Nome de nascimento Giuliano della Rovere
Progenitores Mãe: Theodora Manerola
Pai: Raffaelo della Rovere
Sepultura San Pietro in Vincoli
dados em catholic-hierarchy.org
Categoria:Igreja Católica
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo
Lista de papas

Papa Júlio II, nascido Giuliano della Rovere O.F.M. (Savona, 5 de dezembro de 1443 - Roma, 21 de fevereiro de 1513), foi Papa de 1 de novembro de 1503 até a data da sua morte. Era frade franciscano.

Antes do pontificado[editar | editar código-fonte]

Giuliano della Rovere nasceu em Albisola, perto de Savona, na República de Gênova. Ele era de uma família nobre mas empobrecida, o filho de Raffaelo della Rovere e Theodora Manerola, uma senhora de ascendência grega. Ele tinha três irmãos: Bartolomeo, um frade franciscano que se tornou bispo de Ferrara (1474-1494);  Leonardo; e Giovanni, prefeito da cidade de Roma (1475-1501) e Príncipe de Sorea e Senigallia. Ele também teve uma irmã, Lucina (mais tarde a mãe do cardeal Sisto Gara della Rovere). Giuliano foi educado por seu tio, pe. Francesco della Rovere, O.F.M. entre os franciscanos, que o levaram sob sua responsabilidade especial. Mais tarde, foi enviado por este mesmo tio (que na época se tornara Ministro Geral dos Franciscanos (1464-1469)), ao convento franciscano em Perugia, onde estudou as ciências na Universidade.

Della Rovere, quando jovem, mostrava traços de ser rude, grosseiro e mal-educado. Durante o final da década de 1490, ele conheceu mais de perto o cardeal Medici e o sobrinho (ambos parentes), e as duas dinastias tornaram-se aliadas desconfortáveis ​​no contexto da política papal. Ambas as casas desejavam o fim da ocupação das terras italianas pelos exércitos da França. Ele parecia menos entusiasmado pela teologia; antes, Strathern argumenta que seus heróis imaginários eram líderes militares como Frederic Colonna.

Era sobrinho do papa Sisto IV, que o tomou a seu especial cuidado, sendo educado pelos Franciscanos e mais tarde enviado para um convento em La Pérouse para se formar em ciências. Não se crê, no entanto que se tenha juntado à ordem fundada por São Francisco de Assis. Pouco depois de o seu tio ser eleito Papa, foi nomeado bispo de Carpentras, em França. No mesmo ano, em um ato de literal nepotismo, é promovido a cardeal em San Pietro in Vincole, Roma, a mesma igreja ocupada por seu tio. Culpado de simonia e pluralismo (ser titular de mais de uma "beneficiência"), deteve vários cargos poderosos simultaneamente: graças ao tio, obteve grande influência, sendo nomeado arcebispo de Avinhão e outras oito dioceses. Como legado papal foi enviado a França em 1480, onde ficou quatro anos. A sua influência cresceu ainda mais durante o pontificado de Inocêncio VIII.

Existia rivalidade entre ele e Rodrigo Borgia. Quando o papa Inocêncio faleceu em 1492, Rodrigo Bórgia e Ascanio Sforza fizeram um acordo secreto ficando o primeiro como papa (Alexandre VI) e conseguindo a eleição com grande maioria no conclave. Giuliano della Rovere refugiou-se na costa italiana, em Ostia, e regressou pouco depois a Paris, onde incitou o rei Carlos VIII de França a enveredar pela conquista de Nápoles. Acompanhando o rei francês na campanha, entrou com ele em Roma, e moveu forças para promover a convocação de um concílio para investigar a conduta do papa Alexandre VI. Este último, porém, tinha um dos ministros do rei (Briçonnet) como aliado e evitou a convocação. Quando o papa faleceu em 1503, Giuliano della Rovere apoiou a eleição do cardeal Piccolomini de Milão, que seria o papa Pio III, mas este faleceu em pouco mais de um mês devido a doença incurável. Della Rovere usou então as suas capacidades diplomáticas para obter o apoio de César Bórgia e foi eleito com o voto unânime dos cardeais.

Pontificado de Júlio II[editar | editar código-fonte]

Enquanto Papa Júlio II conseguiu ter rara determinação e coragem para se livrar dos diversos poderes sob os quais se encontrava a autoridade papal existente. Por estratagemas astutos tornou impossível a permanência dos Borgia nos Estados papais. Usou a sua influência para reconciliar as casas dos Orsini e dos Colonna.

Em 1508, forma com Luís XII de França, o imperador Maximiliano e o rei Fernando II de Aragão a Liga de Cambrai contra a República de Veneza. Um grande acontecimento do seu pontificado foi a convocação do Quinto Concílio de Latrão

A Portugal sancionou o Tratado de Tordesilhas, em 1506, depois de receber uma embaixada do rei D. Manuel I liderada por D.Diogo de Sousa, arcebispo de Braga.

Promoveu a criação da Liga Santa em 1511, para tentar expulsar Luís XII de França do norte da Itália.

Recebeu, em 1513, mais uma monumental embaixada de D. Manuel, chefiada por Tristão da Cunha, para impressionar o Papa com as riquezas acumuladas. Uma das inúmeras novidades que encantaram os espíritos curiosos das cortes europeias da época terá sido sem dúvida o elefante trazido das Índias, que assumiu, então, um papel preponderante na arte italiana.

Júlio II, comandando exércitos - contrariando as regras da própria Igreja[1] que proibiam o papa de participar de campanhas militares pessoalmente -, conquistou territórios para os Estados Pontifícios, anexando as regiões de Parma, Ferrara e Módena.

Ele vendia indulgências(Diminuição da Pena temporal no Purgatório)[1] aos cristão para financiar a construção de uma nova basílica de São Pedro, era amigo e mentor dos famosos pintores Bramante, Rafael e Michelangelo. Foi durante o seu papado, inclusive, que Michelangelo pintou o icônico teto da Capela Sistina.

Em seus nove anos de papado, teve várias amantes, comprovadamente uma filha.

Foi o responsável pela expulsão da família Bórgia, de quem era adversário, dos Estados Papais.

Faleceu em 21 de fevereiro de 1513. Encontra-se sepultado em San Pietro in Vincoli em Roma.

Referências

  1. «O Papado Renascentista - Jornal "Missão Jovem"». Consultado em 22 de junho de 2009. Arquivado do original em 9 de novembro de 2009 


Precedido por
Pio III

Papa

216.º
Sucedido por
Leão X
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