Palinologia – Wikipédia, a enciclopédia livre

Um esporângio siluriano tardio contendo esporos de trilete. Tais esporos são a evidência mais antiga da vida na terra.[1] Verde: um esporo tétrade. Azul: Um esporo com uma marca de trilete - a cicatriz em forma de Y. Os esporos têm cerca de 30 a 35 μm de diâmetro.

Palinologia é a parte da botânica que estuda os grãos de pólen, esporos e outras estruturas com parede orgânica ácido-resistente, conjuntamente chamados palinomorfos. Sua maior área de atuação é o estudo da constituição, estrutura e dispersão do pólen e esporos, incluindo os exemplares atuais (recentes) e fossilizados. Os microfósseis orgânicos, também denominados de palinomorfos, incluem esporomorfos, cistos de dinoflagelados, ovos de copépodes, cutículas vegetais, matéria orgânica amorfa, etc.

Os grãos de pólen constituem a parede do micrósporo das plantas, mais o gametófito nela contido.

Os grãos de pólen são facilmente preserváveis em ambientes com pouca oxigenação. Por serem muito resistentes, eles mantêm as suas características externas (estrutura da exina) durante o processo de fossilização. Por essa razão, o seu estudo permite resolver muitos problemas que o estudo dos fósseis de plantas não resolve. A resistência dessas estruturas deve-se graças à deposição em sua parede externa (exina) de esporopolenina, um polímero orgânico bastante resistente.

A palinologia, enquanto estudo dos grãos de pólen, tem contribuído com diversas áreas do conhecimento, a saber: caracterização da origem botânica e geográfica de produtos das abelhas (mel, pólen, própolis etc.), melissopalinologia ou melitopalinologia; alergias (polinoses)causadas pela concentração de pólen na atmosfera (aeropalinologia, iatropalinologia); reconstituição de floras pretéritas (paleoecologia, paleopalinologia); prospecção petrolífera (bioestratigrafia); determinação de rotas migratórias humanas e de outros animais (arqueopalinologia, copropalinologia); resolução de crimes (palinologia forense); dentre outras.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Gray, J.; Chaloner, W. G.; Westoll, T. S. (1985). «The Microfossil Record of Early Land Plants: Advances in Understanding of Early Terrestrialization, 1970–1984». Philosophical Transactions of the Royal Society B. 309 (1138): 167–195. Bibcode:1985RSPTB.309..167G. JSTOR 2396358. doi:10.1098/rstb.1985.0077 

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