Palestina Salutar – Wikipédia, a enciclopédia livre

Provincia Palæstina III Salutaris
Província da Palestina Salutar
Província do(a) Império Bizantino
 
390636


Palestina II num mapa da Diocese do Oriente c. 400
Capital Petra

Período Antiguidade Tardia
390 Divisão da Arábia Pétrea
614-628 Ocupação persa e Revolta judaica
636 Conquista muçulmana da Síria

Palestina Salutar, também chamada de Palestina III ou Palestina Tércia,[1][2] foi uma província bizantina que abrangia a região do deserto de Negueve (Edom), a península do Sinai (com exceção da costa ocidental) e o sudeste do território transjordânico ao sul do Mar Morto. Ela era parte da Diocese do Oriente da Prefeitura pretoriana do Oriente e foi separada da Arábia Pétrea no século VI e existiu até a conquista muçulmana na década de 630.

Contexto[editar | editar código-fonte]

Em 105, os territórios a leste de Damasco e ao sul do Mar Vermelho foram conquistados do Reino Nabateu e organizados na nova província da Arábia, com capitais em Petra e Bostra (norte e sul). A nova província foi aumentada por Sétimo Severo em 195 e, acredita-se, dividida em duas novas: Arábia Menor ou Pétrea e Arábia Maior, ambas sujeitas aos legados imperiais chamados canadianos, cada um comandando uma legião.

Porém, Petra entrou em rápido declínio no final do período romano, principalmente por causa da revisão das rotas comerciais marítimas. Em 363, um terremoto destruiu muitos edifícios e danificou profundamente o sistema de fornecimento de água.[3]

O domínio bizantino no século IV introduziu o cristianismo à população[4] e cidades agrícolas foram fundadas, o que provocou um grande aumento populacional.[4] Desde o século III, os nabateus haviam deixado de escrever utilizando o aramaico e passaram a utilizar o grego e, com a chegada dos bizantinos, foram cristianizados.[5]

História[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Petra

Relações comerciais existiam entre as cidades da Palestina Salutar e as tribos árabes do Hejaz (Arábia Maior), particularmente com as cidades mais meridionais de Petra e Gaza. Maomé, seu pai, Abedalá, e seu avô, Haxime (que morreu em Gaza), viajaram pelas rotas comerciais da região no século VI.[6]

Os invasores muçulmanos encontraram os nabateus remanescentes na Transjordânia e no Negueve transformados em camponeses. Suas terras haviam sido divididas entre os novos reinos tribais árabes catanitas dos gassânidas, vassalos dos bizantinos, e dos himiaritas, vassalos do Reino de Quinda, do norte da Arábia. Todos foram incorporados à nova província de Bilade Xame do Califado Ortodoxo.

Sés episcopais[editar | editar código-fonte]

As sés episcopais da província e que aparecem no Anuário Pontifício como sés titulares são:[7]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Mariam Shahin. Palestine: A Guide: P8. (2005) Interlink Books. ISBN 156656557
  2. «Roman Arabia». Encyclopædia Britannica. Consultado em 11 de agosto de 2007 
  3. Glueck, Grace (17 de outubro de 2003). «ART REVIEW; Rose-Red City Carved From the Rock». The New York Times. Consultado em 22 de maio de 2010 
  4. a b Mariam Shahin. Palestine: A Guide: P459 (2005) Interlink Books. ISBN 156656557
  5. Rimon, Ofra. «The Nabateans in the Negev». Hecht Museum. Consultado em 7 de fevereiro de 2011. Arquivado do original em 20 de novembro de 2018 
  6. A History of Palestine, 634–1099, Moshe Gil, pp. 16–17
  7. Annuario Pontificio 2013 (Libreria Editrice Vaticana 2013 ISBN 978-88-209-9070-1), "Sedi titolari", pp. 819-1013

Bibliografia[editar | editar código-fonte]