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Paio Galvão
Cardeal da Santa Igreja Romana
Deão do Sacro Colégio
Info/Prelado da Igreja Católica
Paio Galvão, pintura de 1215.
Atividade eclesiástica
Ordem Ordem de São Bento
Ordenação e nomeação
Ordenação presbiteral 1178?
Nomeação episcopal 1212?
Cardinalato
Criação 1205
por Papa Inocêncio III
Ordem Cardeal-diácono
Cardeal-presbítero
Cardeal-bispo
Título Santa Lúcia em Septisolio (1205-1210)
Santa Cecília (1210-1212)
Albano(1212-1230)
Brasão
Dados pessoais
Nascimento Guimarães
1165
Morte Monte Cassino
30 de janeiro de 1230 (65 anos)
Nacionalidade português
Sepultado Abadia de Monte Cassino
dados em catholic-hierarchy.org
Cardeais
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Paio Galvão (em latim: Pelagius), O.S.B. (Guimarães, cerca de 1165 - Monte Cassino, 30 de Janeiro de 1230) foi um cardeal português, Deão do Sacro Colégio.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de D. Pedro Galvão e de D. Maria Pais, Paio Galvão terá começado a sua carreira eclesiástica no Mosteiro de Santa Marinha da Costa (onde terá estado por volta dos anos de 1178), em Guimarães, entrando para a Ordem de São Bento. A partir daí partiria para o estrangeiro, tendo efectuado os seus estudos em França. Dentro deste contexto, veio a exercer o cargo de mestre de teologia na Sé-Catedral de Paris, tendo Sancho I de Portugal enviado-o a Roma a fim de prestar obediência ao novo pontífice, Inocêncio III.[1][2]

Aí chegado, foi nomeado vice-chanceler da Chancelaria Apostólica (1204), tendo sido promovido ao cardinalato em 1205, com o título da diaconia de Santa Lucia in Septisolio; em 1210 foi nomeado cardeal-presbítero de Santa Cecília, e em 1213, tornou-se cardeal-bispo de Albano, uma das sete dioceses suburbicárias de Roma. Nessa condição, veio ainda a ser deão do Colégio dos Cardeais, desde 1227 até à sua morte, por o anterior deão, Ugolino dei conti di Segni, ter sido alçado ao sólio pontíficio, sob o nome de Gregório IX.[1][2][3]

Durante a sua existência, exerceu também as exigentes funções de legado papal, tendo viajado por diversos espaços. Por exemplo, participaria na Quinta Cruzada (1217-1221), sendo um dos principais responsáveis pela conquista de Damieta, cidade egípcia. Todavia, esta cruzada terminaria com um total fracasso, sendo os cristãos expulsos da terra dos faraós.[1][2] Mesmo assim, o cronista Ernoul não ignora a sua participação, ressalvando mesmo as suas origens lusitanas, pois no seu testemunho salienta que Paio era oriundo de uma terra que surge curiosamente designada pelo nome de Portingal.[4]

Viria a falecer em Monte Cassino (localizado dentro dos Estados Pontifícios), tendo sido aí sepultado. O seu falecimento consta também no livro de óbitos do Mosteiro de São Vicente de Fora (situado em Lisboa), sendo aí, identificado como um cardeal que fora associado ao Mosteiro de Santa Marinha da Costa.[1][2]

Conclaves[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d The Cardinals of the Holy Roman Church
  2. a b c d Fortunato de Almeida, págs. 580-581
  3. Catholic Hierarchy
  4. Ernoul, pág. 417

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Precedido por
Giovanni da Ferentino

Vice-chanceler da Chancelaria Apostólica

12041205?
Sucedido por
Giovanni dei conti di Segni
Precedido por
Leone Brancaleone
Cardeal
Cardeal-diácono de Santa Lúcia em Septisolio

12051210
Sucedido por
Angelo d'Anna de Sommariva
Precedido por
Pietro Diana
Cardeal
Cardeal-presbítero de Santa Cecília

12101212
Sucedido por
Simon de Sully
Precedido por
Gerardo da Sessa, O. Cist.
Brasão arquiepiscopal
Cardeal-bispo de Albano

12121230
Sucedido por
Pierre de Colmieu
Precedido por
Ugolino dei conti di Segni
Brasão arquiepiscopal
Deão do Sagrado Colégio dos Cardeais

12271230
Sucedido por
João de Abbeville, O.S.B.