Pacto de não agressão germano-turco – Wikipédia, a enciclopédia livre

Assinatura do pacto de amizade turco-alemão de 18 de junho de 1941, em Ancara.

O pacto de não agressão germano-turco (em alemão: Türkisch-Deutscher Freundschaftsvertrag) (em turco: Türk-Alman Saldırmazlık Paktı) foi assinado entre a Alemanha nazista e a Turquia em 18 de junho de 1941 em Ancara pelo embaixador alemão para a Turquia Franz von Papen e pelo ministro das Relações Exteriores turco Şükrü Saracoğlu.[1][2] Entrou em vigor no mesmo dia.

O pacto, que tinha a intenção de vigorar por um período de 10 anos, durou apenas até 24 de outubro de 1945, quando a Turquia se juntou à Organização das Nações Unidas. [3]

Contexto geopolítico[editar | editar código-fonte]

Após a eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939, o presidente turco İsmet İnönü seguiu uma política de neutralidade, tentado evitar o envolvimento na guerra, e solicitava fornecimentos de equipamentos militares de ambos os lados. [4] Por outro lado, a Alemanha nazista tentava manter a Turquia afastada da Grã-Bretanha com esforços diplomáticos. [5]

Como a Alemanha disposta a invadir a Iugoslávia e a Grécia em abril de 1941, as tropas alemãs chegaram à fronteira da Bulgária, e pediram permissão para passar pelo seu território. Em 1 de março de 1941, a Bulgária assinou o Pacto Tripartite, e por isso juntou-se oficialmente as potências do Eixo.[carece de fontes?]

Em 4 de março de 1941, Franz von Papen despachou uma carta de Adolf Hitler para İnönü. Em sua carta, Hitler escreveu que "não começou a guerra, e não tinha a intenção de atacar a Turquia". Enfatizou ainda que "ordenou às suas tropas na Bulgária para permanecerem longe da fronteira turca, a fim de não fazer uma falsa impressão de sua presença". Hitler ofereceu um pacto de não agressão para a Turquia. [4]

Um golpe militar lançado em 1 de abril de 1941 por Rashid Ali Al-Gaylani derrubou o regime no Iraque, que era simpático à Grã-Bretanha. Os quatro generais revoltados trabalharam em estreita colaboração com a inteligência alemã, e aceitaram assistência militar da Alemanha. Hitler pediu a Turquia permissão para passar pelo território turco, para dar assistência militar no Iraque. O governo turco exigiu concessões nas fronteiras do Iraque, em resposta ao pedido alemão. Como se realizaram as negociações, as forças britânicas atacaram o Iraque a partir de 18 de abril, e, finalmente, em 3 de junho, a Grã-Bretanha reestabeleceu o regime do Emir Abedalá, regente do rei Faiçal II, de quatro anos de idade. O problema foi resolvido com este desenvolvimento.[carece de fontes?]

Em 6 de abril, as tropas do Eixo atacaram a Iugoslávia (na Operação 25) e a Grécia (na Operação Marita) através da Bulgária, em um esforço para proteger seu flanco sul. A invasão da Iugoslávia foi realizada em 17 de abril. Com isso, a anexação e ocupação da região dos Bálcãs pelas potências do Eixo foi concluída. [6]

Em 22 de junho de 1941, apenas quatro dias após a assinatura do pacto de não agressão germano-turco, as tropas alemãs invadiram a União Soviética na Operação Barbarossa.[4]


Referências

  1. «Tageseinträge für 30. 1941» (em alemão). chroniknet 
  2. «Nazi-Turkey Pact Reported Ready To Sign». Middlesboro Daily News. 18 de junho de 1941 
  3. Dr. Mücahit Özçelik (2010). «İkinci Dünya Savaşı'nda Türk Dış Politikası». ASOS Index (em turco) (29) 
  4. a b c Solak, Cemil. «Savunma Tarihimizden Trajik Bir Olay» (em turco). arastiralim.com. Arquivado do original em 1 de outubro de 2010 
  5. «Nazi Panzer Spearheads Drive Through British-Greek Defense Line». The Pittsburgh Press. 15 de abril de 1941 
  6. «18 Haziran 1941 - Türk - Alman Saldırmazlık Paktı imzalandı» (em turco). Almanak TR. 3 de junho de 2010. Arquivado do original em 3 de setembro de 2011