Oswaldo Caldeira – Wikipédia, a enciclopédia livre

Oswaldo Caldeira Corrêa da Silva (Belo Horizonte, 1943) é um escritor e cineasta brasileiro.

Em 1959, entrou para o Centro de Estudos Cinematográficos (CEC) de Belo Horizonte, estreando como crítico de cinema no ano seguinte,escrevendo em "Claquete - jornal de cinema", no "Diário da Tarde" e "Correio de Minas", todos em Belo Horizonte. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1962, para estudar com o cineasta sueco Arne Sucksdorff e ingressou na FNFI - Faculdade Nacional de Filosofia do Rio de Janeiro formando-se em Filosofia, em 1966. Seu primeiro filme foi Telejornal, o filme, um ficção científica de média metragem que recebeu vários prêmios no Festival do Jornal do Brasil de 1967 dando início à sua carreira cinematográfica.

Filmes realizados[editar | editar código-fonte]

Realizou filmes de longa, média e curta metragem, entre os quais destacam-se:

Filmes de curta-metragem[editar | editar código-fonte]

  • Telejornal, o filme, marca a estreia de Oswaldo Caldeira num ficção científica de vinte minutos, em que um programa de televisão do futuro tenta reconstituir por fragmentos de som e imagem uma cidade extinta, provavelmente chamada "Rio de Janeiro".
  • Aukê realizado em 1974, por Oswaldo Caldeira para o Ministério da Educação e Cultura com finalidades didáticas, é um filme documentário de média metragem. Consiste numa aula de antropologia baseada em estudo do Professor Roberto DaMatta de 1970, "Mito e anti-mito entre os Timbira", que conta o surgimento do homem branco do ponto de vista indígena. O próprio Roberto DaMatta apresenta e explica seu trabalho ao longo do filme.
  • O cantor das multidões é um documentário realizado em 1969 sobre o cantor Orlando Silva
  • Trabalhar na pedra, de 1972 foi feito em co-direção com Dileni Campos. Filme documentário sobre trabalhadores que cortam pedras para construções como paralelepípedos e outras. Música de João Bosco e Aldir Blanc. Foi premiado com o troféu Humberto Mauro atribuído ao melhor filme do Festival JB de 1972.

Distinções e prêmios[editar | editar código-fonte]

Oswaldo Caldeira foi homenageado com uma retrospectiva de sua obra no Fantasporto Festival Internacional de Cinema do Porto, Portugal, em fevereiro de 2002, quando foi premiado pelo conjunto de sua carreira.

Foi premiado, ao longo de sua carreira, com a "Margarida de Prata", a "Coruja de Ouro", o "Candango", o "Kikito", tendo seus filmes exibidos em festivais como Washington, Montreal, New York, Havana, Chicago, Leipzig, Toulon, Berlim, Karlov Vary, e outros. Realizou também médias e curtas metragens além de programas de televisão e publicidade.

Livros publicados[editar | editar código-fonte]

Atividades acadêmicas[editar | editar código-fonte]

Doutor em comunicação, é professor de cinema na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro e coordenador do NUCINE - Núcleo de Cinema da ECO, tendo sido chefe de departamento por várias vezes e professor da pós graduação.

Atividade política[editar | editar código-fonte]

Foi fundador e presidente da Associação Brasileira de Documentaristas e da Associação Brasileira de Cineastas.

Referências

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • O cinema dilacerado - de José Carlos Avellar - RJ - Editora Alhambra - 1986
  • O império do grotesco - de Muniz Sodré e Raquel Paiva -Mauad 2002
  • Presença do CEC -de Mario Alves Coutinho e Paulo Augusto Gomes - Crisálida 2001
  • Enciclopédia do cinema brasileiro - Fernão Gomes e Luiz Felipe Miranda - Ed. SENAC SP 2 000
  • Futebol por todo o mundo - Diálogos com o cinema - organizadores: Victor Andrade de Melo e Marcos Alvito - RJ FGV- Editora - 2006
  • O esporte vai ao cinema - organizadores: Victor Andrade de Melo e Fabio de Faria Peres - RJ Ed.SENAC Nacional - 2005
  • Imagem e som, imagem e ação, imaginação - José Carlos Avellar - RJ - Paz e Terra - 1982
  • Fome de Bola - Cinema e Futebol no Brasil - Luiz Zanin Oricchio- São Paulo - Imprensa Oficial - 2006