Orçamento base zero – Wikipédia, a enciclopédia livre

Orçamento base zero é uma abordagem para planejamento e orçamentação que inverte a lógica tradicional do processo de orçamentação. Na orçamentação tradicional é utilizada uma abordagem incremental, na qual os gestores de departamentos justificam apenas as variações em relação aos anos anteriores, baseados na suposição de que o baseline dos anos anteriores está implicitamente aprovado. Num orçamento base zero, por outro lado, cada item do orçamento precisa ser explicitamente aprovado, e não apenas as alterações em relação ao ano anterior.[1] Durante o processo de revisão do orçamento, nenhuma referência é feita ao nível de despesas do ano anterior. O processo de orçamento base zero requer que a solicitação orçamentária seja revisada e avaliada completamente, a partir de uma "base zero". Este processo é independente do orçamento total ou de seus itens individuais aumentarem ou diminuírem em relação aos exercícios dos anos anteriores.

A expressão "orçamento base zero" é algumas vezes utilizada em finanças pessoais para descrever a prática de "orçamento de soma zero", ou seja, a prática de orçar previamente toda a renda recebida e diminuir alguma das despesas sempre que outra for aumentada.

Vantagens[1][editar | editar código-fonte]

  • Permite uma alocação eficiente dos recursos, uma vez que a alocação é baseada nas necessidades e benefícios, e não no histórico;
  • Compete aos gestores a busca de melhorias operacionais que tenham um melhor custo x benefício;
  • Ajuda a detectar orçamentos inflacionados;
  • É útil para empresas de serviços cujos outputs sejam difíceis de identificar;
  • Aumenta a motivação do quadro de pessoal ao dar maior iniciativa e responsabilidade pela tomada de decisões;
  • Aumenta a comunicação e coordenação dentro da organização;
  • Identifica e elimina processos obsoletos ou que não agregam valor (desperdícios);
  • Identifica oportunidades de terceirização;
  • Encoraja os gestores a olhar criticamente para a forma como os serviços são prestados;
  • Os centros de custo são obrigados a identificar sua missão e sua relação com os objetivos estratégicos da organização.

Desvantagens[1][editar | editar código-fonte]

  • Consome muito mais tempo do que a orçamentação tradicional, de base incremental;
  • Obriga a justificar cada item de despesa do orçamento, o que pode prejudicar departamentos de pesquisa e desenvolvimento enquanto departamentos de produção são beneficiados;
  • Requer treinamento específico dos gestores, devido a maior complexidade face à orçamentação tradicional;
  • Numa organização grande, a quantidade de informação necessária para suportar o processo de orçamentação base zero pode se tornar intratável;
  • A honestidade dos gestores deve ser confiável e uniforme, pois um gestor propenso a exagerar pode distorcer os resultados do orçamento.

Referências

  1. a b c «How Zero Based Budgeting Will Help Add Extra Cash To Your Bank Account» (em inglês). Finance And Business Guide. Consultado em 25 de setembro de 2011. Arquivado do original em 2 de outubro de 2011 
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