Ofensiva talibã no Afeganistão em 2021 – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para outras ofensivas dos talibãs, veja Ofensiva talibã no Afeganistão.
Ofensiva talibã no Afeganistão em 2021
Insurgência talibã na Guerra do Afeganistão

Mapa da situação no Afeganistão em 2021 (em cinza, áreas controladas pelos talibãs e aliados; em rosa estão as regiões controladas pelo governo central afegão)
Data 1 de maio15 de agosto de 2021[1]
Local Afeganistão
Desfecho Vitória talibã
Situação Queda do de facto governo afegão;
Presidente Ashraf Ghani foge para o Tajiquistão;
Captura talibã da capital Cabul;
Governo talibã é estabelecido
Mudanças territoriais Talibã capturou 232 distritos e afirmou controlar mais outros 94;[2][3] 33 das 34 capitais de províncias afegãs sob controle talibã[4][5]
Beligerantes
Afeganistão Talibã[6]
Apoio:
Afeganistão República Islâmica do Afeganistão
 Estados Unidos[9][10]
Comandantes
Afeganistão Hibatullah Akhundzada
Afeganistão Abdul Ghani Baradar
Afeganistão Sirajuddin Haqqani
Afeganistão Mohammad Yaqoob
Ashraf Ghani
Abdullah Abdullah
Ahmad Massoud
Bismillah Khan Mohammadi
Estados Unidos Joe Biden
Estados Unidos General Mark Milley
Estados Unidos General Kenneth McKenzie
Forças
85 000[11] – 200 000 militantes[12][13] 300 000 – 350 000 militares afegãos[14][12]
(150 000–200 000 tropas orientadas para o combate, incluindo um número desconhecido de soldados juniores e "fantasmas" [nomes que só existiam no papel][15])
Baixas
Afeganistão 9 819 mortos,[16]
5 472 feridos[16] (alegação do governo afegão)
1 537 soldados e policiais mortos[17][18][19]
1 581 soldados afegãos desertaram[20]
1 031 civis mortos[21]
2 043 civis feridos[21]
244 000 civis deslocados de suas casas[22]

A ofensiva talibã no Afeganistão em 2021 foi uma ofensiva militar, que aconteceu entre maio e agosto de 2021, liderada pelos insurgentes talibãs contra o governo afegão e seus aliados, que se desenrolou quase que simultaneamente com a retirada das tropas estadunidenses do Afeganistão. Até meados de agosto, o Talibã já controlava perto de 65% do país, ocupando mais de 300 distritos e pelo menos trinta e duas capitais de província por todo o território afegão.[23] No dia 15 de agosto de 2021, o Talibã tomou a capital Cabul e o presidente do Afeganistão deixou o país.[24][25][26]

Eventos anteriores[editar | editar código-fonte]

Em setembro de 2020, mais de 5 000 talibãs detidos em prisões americanas e afegãs, incluindo 400 acusados ou condenados por crimes graves como assassinato, foram libertados após a assinatura do Acordo de Doha entre o governo dos Estados Unidos e a liderança Talibã.[27] De acordo com o Conselho de Segurança Nacional do Afeganistão, muitos dos prisioneiros libertados que eram considerados "especialistas" voltaram ao campo de batalha e fortaleceram a mão do Talibã.[28] Também na época da ofensiva final do Talibã, a maioria dos governadores provinciais afegãos havia feito acordos com os militantes islamitas para mudar de lado e se juntar ao Talibã.[29] Um alto funcionário do Ministério do Interior afegão afirmou para o Washington Post, afirmou que o Talibã tinha equipes de recrutamento que alcançaram as autoridades afegãs oficiais e as pressionaram a se juntar ao Talibã. Ele disse que o governo afegão suspeitava que uma longa lista de governadores podia ter laços com o Talibã.[30]

No começo da década de 2020, o governo central afegão era visto como incompetente e altamente corrupto, com uma administração pública ineficiente e que não alcançava as zonas rurais. De fato, longe das grandes cidades, a população afegã em geral não sentia a presença governamental e recorria a grupos como o Talibã por liderança e proteção. Por outro lado, enquanto o governo em Cabul era visto como fraco, os Talibãs vinham se fortalecendo desde 2015, ao ponto que o ano de 2020 foi o mais violento desde a invasão americana duas décadas antes.[31] Com a aproximação do prazo para retirada das forças dos Estados Unidos do Afeganistão no final do primeiro semestre de 2021, os Talibãs se puseram na ofensiva e avançaram sobre diversas regiões do país, normalmente enfrentando pouca resistência.

Histórico[editar | editar código-fonte]

Maio[editar | editar código-fonte]

No mês de maio, o Talibã capturou quinze distritos do governo afegão, incluindo os distritos de Nirkh e Jalrez na província de Maidan Wardak.[32][33][34][35] Entre os locais capturados estava a barragem de Dahla na província de Candaar, a segunda maior barragem do Afeganistão.[36]

Durante o mês, 405 membros das Forças de Segurança Nacional do Afeganistão e 260 civis foram mortos durante os confrontos com o Talibã, enquanto o Ministério da Defesa afegão afirmou ter matado 2.146 combatentes talibãs.[17][16]

A 12 de Maio de 2021, Sohail Pardis, que tinha sido tradutor para as forças armadas dos Estados Unidos , e objecto de várias ameaças de morte, foi decapitado pelos Talibãs num posto de controlo.[37]

Junho[editar | editar código-fonte]

No mês de junho, o Talibã capturou 68 distritos do governo afegão e entrou nas cidades de Kunduz e Puli Khumri.[38][39][40][41] Enquanto isso, a cidade de Mazar-i-Sharif foi sitiada pelos talibãs.[42] Entre os locais capturados pelo grupo estava a principal passagem de fronteira do Afeganistão com o Tajiquistão e o distrito de Saydabad, que é chamado de porta de entrada da capital do Afeganistão, Cabul.[43][44]

Em termos de equipamento, o Talibã capturou 700 caminhões e Humvees das forças de segurança afegãs, bem como dezenas de veículos blindados e sistemas de artilharia.[45]

Em 19 de junho, o chefe do Estado-Maior do Exército afegão, os ministros da defesa e do interior foram substituídos pelo presidente Ashraf Ghani.[46]

Durante o mês, 703 membros das Forças de Segurança Nacional do Afeganistão e 208 civis foram mortos durante os confrontos com os talibãs, enquanto o Ministério da Defesa afegão afirmou ter matado 1.535 combatentes rebeldes.[18][16]

Julho[editar | editar código-fonte]

Em 5 de julho, o Talibã capturou 38 distritos do governo afegão,[2] enquanto 1.500 soldados afegãos desertaram para o Tajiquistão.[20]

Em 8 de julho, 161 membros das forças de segurança nacional afegãs e 24 civis foram mortos durante os confrontos com os talibãs, enquanto o Ministério da Defesa afegão afirmou ter matado 972 combatentes talibãs desde o início do mês.[18][16]

Em 9 de julho de 2021, um porta-voz do Talibã de Moscou, Rússia, disse que o grupo "controlava 85% do território do Afeganistão" e apontou que "não era parte do acordo" com os Estados Unidos parar de atacar os centros administrativos afegãos. As autoridades russas também relataram ter trabalhado com o grupo para garantir a segurança do vizinho Tajiquistão de qualquer ameaça estrangeira. Por outro lado, o governo afegão prometeu retomar todos os distritos capturados pelos talibãs.[47] Durante todo o mês de julho, o Talibã permaneceu avançando, tomando postos de checagem da política e do exército afegão, especialmente no oeste.

Militantes afegãos do Talibã.

Em 21 de julho, o general Mark Milley, o chefe do Estado-maior das forças armadas dos Estados Unidos, relatou que metade de todos os distritos afegãos estavam sob controle do Talibã.[48] No dia seguinte, o Pentágono confirmou que a Força Aérea dos Estados Unidos havia realizado quatro ataques aéreos no Afeganistão a pedido de oficiais do governo afegão. Dois ataques aéreos com o objetivo de destruir equipamento militar capturado pelo Talibã das forças de segurança afegãs; uma arma de artilharia e um veículo militar foram destruídos.[49] Enquanto isso, a batalha pela cidade de Candaar prosseguia, com toda a região sob cerco dos rebeldes. O Talibã se moveu rapidamente e tomou toda a zona rural e vilas no Distrito de Daman, ao ponto de que apenas o aeroporto de Candaar estava sob controle completo das tropas afegãs. A tomada de Daman pelos militantes talibãs acabou selando o destino de boa parte da província.[50]

Em 31 de julho, o Talibã renovou suas ofensivas em outras regiões, capturando, no mesmo dia, as capitais das duas províncias de Helmande e Herat, também capturando dezenas de distritos nas ditas províncias e ocupando passagens de fronteira com o Irã e o Turcomenistão.[51][52] Entre outros, o importante distrito de Karakh, em Herat, foi novamente invadido pelos militantes islamitas. Os talibãs então tomaram as estradas que conectavam o aeroporto internacional de Herat e a própria cidade de Herat. Enquanto isso, o cerco de Candaar prosseguia.[53]

Agosto[editar | editar código-fonte]

Forças do exército afegão combatendo islamitas do talibã.

Em agosto, com a retirada das tropas ocidentais se acelerando, as forças do Talibã também renovaram suas ofensivas. Em 6 de agosto, a cidade de Zaranj, a capital da província de Nimruz, caiu nas mãos dos islamitas. Naquela altura, o exército afegão parecia estar se desfalecendo, com altas taxas de deserção e muitos militares se rendendo sem lutar.[54] No dia seguinte, as cidades de Konduz e Sar-e Pol foram tomadas. Em 9 de agosto, Samangan, a capital da província homônima, foi igualmente conquistada pelo Talibã. Três dias mais tarde, foi a vez da importante cidade de Ghazni, uma vital rota entre Cabul e Candaar, cair nas mãos dos islamitas.

Em 12 de agosto, forças do talibã tomaram de assalto as cidades de Herat e Candaar (sendo esta a segunda maior cidade do Afeganistão).[55][56]

Poucas horas após a queda de Herat, os governos dos Estados Unidos e do Reino Unido anunciaram o envio de 3 000 e 600 militares, respectivamente, para o aeroporto de Cabul, a fim de garantir o tráfego aéreo de seus cidadãos, funcionários da embaixada e civis afegãos que trabalharam com as forças da coalizão fora do país.[57][58]

Em 14 de agosto, os talibãs conquistaram as cidades de Zareh Sharan, Assadabade e Mazar-i-Sharif, que são importantes capitais provincianas.[59][60] A inabilidade do exército afegão de resistir chamou a atenção da comunidade internacional, assim como a brutalidade das forças islamitas, que, segundo relatórios, brutalizavam a população civil nas áreas que ocupavam. Nesse mesmo dia, o importante município de Pol-e 'Alam, a 70km da capital nacional Cabul, foi também tomado pela insurgência talibã.[61]

Em 15 de agosto, forças do Talibã entraram em Jalalabad, a capital da província de Nangarhar. A cidade foi tomada praticamente sem luta.[62] Naquela altura, esta havia sido a vigésima sexta capital provincial a cair, e sua captura deixou Cabul como a última grande cidade sob controle direto do governo afegão.[63] Pouco depois, o município de Maydan Shahr também caiu,[64] seguido pelas cidades de Khost,[65][66] Bamyan[67] e Mahmud-i-Raqi.[68]

A Queda de Cabul[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Queda de Cabul (2021)
Combatentes Talibãs em Cabul, em 17 de agosto.

Ainda em de 15 de agosto de 2021, apesar de emitir um comunicado dizendo "não tinham planos de tomar a capital afegã à força", tropas do Talibã penetraram nos arredores de Cabul por várias direções, incluindo os distritos de Kalakan, Qarabagh e Paghman, no noroeste.[69][70] Helicópteros americanos Boeing CH-47 Chinook e Sikorsky UH-60 Black Hawk começaram então a pousar na embaixada dos Estados Unidos em Cabul para iniciar a evacuação de diplomatas e pessoal, enquanto estes começaram a destruir documentos secretos no prédio.[71]

Então, Abdul Sattar Mirzakwal, o Ministro do Interior do Afeganistão, em um pronunciamento oficial, afirmou que o presidente do país, Ashraf Ghani, havia decidido renunciar, e que um governo de transição estaria sendo negociado com o Talibã para garantir "uma transferência pacífica de poder".[26][72] Enquanto isso, as forças de segurança afegãs entregaram a base aérea de Bagram ao Talibã; esta base guardava cerca de cinco mil prisioneiros do talibã e do grupo Estado Islâmico.[73] Enquanto a capital do Afeganistão caia em mãos dos talibãs, foi reportado que o presidente Ghani havia fugido para o Tajiquistão depois de uma breve passada na embaixada dos Estados Unidos.[74]

Segundo o canal afegão de televisao 1TV, a rede Haqqani, organização ligada aos taliban e com ligações estreitas com a Al-Qaeda, foi encarregada de garantir a segurança em Cabul. Khalil al-Rahman Haqqani, o líder da rede, tem a cabeça a prémio pelos EUA, por cerca de 4 milhões de euros.[75]

Cerca de três semanas após a queda de Cabul, os talibãs anunciaram a criação de um gabinete governamental para o novo Estado denominado Emirato Islâmico do Afeganistão. O gabinete é todo masculino, e é fortemente dominado por pashtuns, sendo apenas três membros de outras etnias. [76]

Até dezembro de 2021, nenhum país reconheceu oficialmente o novo estado dos Talibãs. [77]

Reações[editar | editar código-fonte]

Quando Cabul caiu em meados de agosto, milhares de afegãos tentaram fugir do país, especialmente funcionários públicos e cidadãos do país que ajudaram as tropas de ocupação ocidental. A maioria dos refugiados tentou escapar pelo aeroporto da capital, que estava sendo usado como base pelo exército dos Estados Unidos. Em desespero, várias pessoas agarraram-se à lateral de um avião militar dos Estados Unidos, com pelo menos um indivíduo caindo para a morte quando a aeronave decolou. As tropas americanas tiveram que disparar tiros de advertência para abrir caminho para a aeronave, que estava evacuando funcionários do governo afegão. A situação ao redor do aeroporto foi descrita como caótica, com denúncias de ataques contra civis feitos por forças talibãs.[78]

As rápidas conquistas dos Talibã apanharam o mundo de surpresa[79] incluindo os governos de Estados Unidos,[80] Reino Unido,[81] Alemanha[82] e Rússia.[83] A vitória do Talibã teve ramificações domésticas e internacionais generalizadas.[84]

Internas[editar | editar código-fonte]

Civis afegãos dentro de uma aeronave americana deixando o Afeganistão.

A 17 de agosto, os Talibã deram a sua primeira conferência de imprensa a partir de Cabul. O seu porta-voz, Sabihullah Mujahid , anunciou uma "amnistia geral"[85] e garantiu que ninguém seria perseguido e às mulheres afegãs seriam assegurados os seus direitos - mas, acrescentando, dentro do quadro da Xaria. Nesse mesmo dia, foi executada uma mulher em Takhar por não usar burca.[86] Na província de Faryab uma mulher foi espancada até a morte por não alimentar os combatentes.[87] Relatos de civis em fuga contam episódios de decapitações, execuções de prisioneiros, casamentos forçados e tomada de escravas sexuais.[88] O jornal Deutsche Welle afirmou que os relatos confirmam que os militantes andam a procurar as casas dos que trabalharam para governos estrangeiros - incluindo as casas de três funcionários locais do jornal.[89]

Externas[editar | editar código-fonte]

A Turquia se ofereceu para enviar suas tropas para proteger Aeroporto Internacional Hamid Karzai em Cabul.[90]

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, defendeu a retirada das tropas estadunidenses dizendo que o país não foi ao Afeganistão para "construir uma nação". Biden acrescentou que não "enviaria outra geração de americanos para lutar lá" e apontou outras tentativas fracassadas de unificar o Afeganistão no passado. Também assegurou que a segurança dos Estados Unidos não estava em risco com qualquer resultado dos conflitos internos no Afeganistão.[91][92]

Referências

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