Observatório de Raios Gama Compton – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Se procura o ganhador do prêmio Nobel, veja Arthur Holly Compton. Se procura outros significados, veja Compton (desambiguação).
Observatório de raios gama Compton

Concepção artística do Comptom em funcionmento.
Operação Estados UnidosNASA / Office of Space Science Applications
Tipo de missão Astronomia
Contratante TRW Inc.
Satélite da Terra
Lançamento 05 de abril de 1991 às 22:37:00 UTC
Local Estados UnidosCentro Espacial Kennedy LC-39, Flórida, Estados Unidos
Duração da missão 9 anos, 2 meses
Massa 17 000 kg
Site oficial NASA Compton Gamma Ray Observatory
Elementos orbitais
Excentricidade 0,006998158525675535
Inclinação 28,5º
Apoastro 457,0 km
Periastro 362,0 km
Período orbital 90,0 minutos
Instrumentos

O Observatório de raios Gama Compton foi o segundo telescópio do grupo dos Grandes Observatórios Espaciais da NASA, destinado a estudar principalmente, as radiações gama dos corpos celestes.[1]

Foi lançado a bordo do ônibus espacial Atlantis, missão STS-37, em 5 de abril de 1991.[1] Devido a problemas com os seus giroscópios, a NASA decidiu fazê-lo reentrar com segurança na atmosfera da Terra, em 4 de junho de 2000.[1]

O Observatório estava ao cargo do Laboratório de Jato-propulsão (JPL) da NASA, situado no estado da Califórnia, baptizado inicialmente como Gamma Ray Observatory (GRO). Compton media 9,1 metros por 4,6 metros, pesava cerca de dezessete toneladas e foi a carga mais pesada lançada ao espaço pela NASA.[2]

Compton carregava quatro instrumentos científicos que permitiram cobrir seis décadas de estudos do espectro eletromagnético que ia de 30 keV até 30 GeV.[1]

Imagem obtida pelo instrumento EGRET

Em ordem crescente de energia do espectro eletromagnético, temos os seguintes instrumentos:[1][2]

  • Burst And Transient Source Experiment (BATSE)
  • Oriented Scintillation Spectrometer Experiment (OSSE)
  • Imaging Compton Telescope (COMPTEL)
  • Energetic Gamma Ray Experiment Telescope (EGRET)

De todos estes quatro instrumentos, o maior e o mais sensível de todos era o telescópio de raios gama EGRET.[1] O seu grande tamanho era devido a necessidade de captar um certo número de partículas de raios gama, que incidem sobre o detector. Como o número de fótons de raios gama é muito menor que o número de fótons óptico, daí a necessidade que o detector fosse grande para registrar um número razoável de raios gama, em um determinado período de tempo.

Compton detectou mais de 2.600 explosões de raios gama, indicando que este é um fenômeno que ocorre por todo o Universo.[1] Compton descobriu centenas de fontes desconhecidas de raios gama, incluindo 30 objetos celestes exóticos. Detectou emanações de raios gama de buracos negros, de estrelas que explodem e do nosso próprio Sol.[1]

O Observatório recebeu este nome em honra de Dr. Arthur Holly Compton, que recebeu em 1927 o Prêmio Nobel de Física, quando estudou a dispersão dos fótons de alta energia pelos elétrons, um processo fundamental nas técnicas de detecção dos raios gamas, que todos os QUATRO instrumentos do Observatório utilizavam.[1]

Referências

  1. a b c d e f g h i Evans, Ben (4 de junho de 2020). «Remembering the Compton Gamma Ray Observatory: 20 Years after its dea». Astronomy. Consultado em 22 de junho de 2020 
  2. a b «THE GREAT OBSERVATORIES: Compton Gamma-Ray Observatory». Scientific American (em inglês). 2 de agosto de 1999. Consultado em 22 de junho de 2020 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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