Noviômago dos Reginos – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para outros significados, veja Noviômago.
Muros de pedra de Chichester após a reconstrução do século XIX

Noviômago dos Reginos (em latim: Noviomagus Reginorum), foi a cidade romana que precedeu a atual Chichester.

Nome[editar | editar código-fonte]

O nome da cidade é dado como "Noviômago" em Ptolomeu e "Navimago" na cosmografia de Ravena. Se pensa que era a latinização dum topônimo britônico que significa "nova planície" ou "novos campos", em outras palavras, uma clareira na floresta.[1] Seu epíteto é extraído do nome dos habitantes - reconstruído de várias formas como Reginorum, Regnorum, Regnentium, Regnensium ou Regentium - para distingui-lo de outros lugares com o mesmo nome, principalmente Noviômago, em Câncio. Os reginos eram uma sub-tribo dos atrébates ou simplesmente a população local designada como "povo do Reino" pela administração romana.[2]

História[editar | editar código-fonte]

Inscrição de Chichester

O assentamento foi estabelecido pela primeira vez como um castro de inverno à II Legião Augusta sob Vespasiano (o futuro imperador) logo após a invasão romana em 43.[3] Fornos foram encontrados em obras de construção no início dos anos 50, e alguns de bronze no período neroniano ou no início do flaviano; e uma dedicação a Nero datada de 58. O rio Lavant foi desviado para fornecer um suprimento público de água.[4] A cidade serviu como capital da Cividade dos Reginos (Civitas Reginorum), um reino cliente governado por Tibério Cláudio Cogiduno. Cogiduno quase certamente morava no Palácio de Fishbourne, uma milha a oeste. É citado na pedra de dedicação de um templo a Netuno e Minerva. Outros prédios públicos também estavam presentes: termas públicas estão embaixo da West Street, um anfiteatro sob o mercado de gado (que sofreu roubo de pedras no final do século II, época em que presumivelmente não estava mais em uso), e acredita-se que uma basílica estivesse no local da catedral.[5]

A cidade se tornou um importante centro residencial, comercial e industrial, produzindo tanto utensílios de mesa quanto esmalte. No século II, foi cercada por uma paliçada de aterros e madeira, que mais tarde foi reconstruída em pedra. Bastiões foram adicionados no início do século IV e a cidade foi geralmente melhorada com muitas reformas, pavimentação de estradas e um novo sistema de esgoto. Havia cemitérios fora dos portões leste, norte e sul.[6] Na década de 380, Noviômago parece ter sido amplamente abandonado, talvez por causa dos ataques saxões ao longo da costa sul. De acordo com a Crônica Anglo-Saxônica, foi capturada no final do século V pelo lendário Ele dos Saxões do Sul.[7]

Referências

  1. Cunliffe 1973, p. 49.
  2. Wacher 1995, p. 262.
  3. Dargie 2007, p. 20.
  4. Cunliffe 1973, p. 52, 56.
  5. Cunliffe 1973, p. 54.
  6. Down 1988, p. 49-67.
  7. Welch 1992, p. 9.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Cunliffe, Barry (1973). The Regni. Londres: Duckworth 
  • Dargie, Richard (2007). A History of Britain. Londres: Arcturus 
  • Down, Alec (1988). Roman Chichester. Chichester: Phillimore. ISBN 0850334357 
  • Wacher, John (1995). The Towns of Roman Britain. Londres e Nova Iorque: Routledge. ISBN 978-0-7134-7319-3 
  • Welch, M. G. (1992). Anglo-Saxon England. Londres: English Heritage. ISBN 0-7134-6566-2