Neossolo – Wikipédia, a enciclopédia livre

Os neossolos[1] são a terceira classe de solo em extensão territorial no Brasil,[2] com aproximadamente 1 130 776 quilômetros quadrados (13,28%). O neossolo é um tipo de solo pouco evoluído constituído por material mineral, ou por material orgânico com menos de 20 centímetros de espessura, não apresentando qualquer tipo de horizonte B diagnóstico. Horizontes glei, plíntico, vértico e A chernozêmico, quando presentes, não ocorrem em condição diagnóstica para as classes gleissolos, plintossolos, vertissolos e chernossolos, respectivamente.[3]

Estes solos podem ser encontrados em todas as regiões do Brasil e possuem grande variabilidade química, física e morfológica, sendo agrupados em 4 sub-ordens: litólicos, flúvicos, quartzarênicos e regolíticos.[carece de fontes?]

  • Neossolos litólicos — são aqueles que apresentam contato lítico ou contato lítico fragmentário dentro de 50 centímetros da superfície do solo. Admitem a presença de horizonte B em início de formação, desde que não satisfaça os requisitos para qualquer tipo de horizonte B diagnóstico. Nas classificações antigas, os neossolos litólicos eram chamados de solos lítólicos.
  • Neossolos flúvicos — solos cuja origem são sedimentos aluviais com horizonte superficial sobre camada ou horizonte C e que apresentam caráter flúvico dentro de 150 centímetros de profundidade a partir da superfície do solo. Os neossolos flúvicos são originados dos antigos fluvisolos ou solos sluviais.
  • Neossolos regolíticos — solos com profundidade maior do que 50 centímetros que apresente um dos seguintes: presença de 4% ou mais de minerais primários alteráveis (ex: olivina, piroxênio, muscovita) na fração areia e/ou cascalho, ou; 5% ou mais do volume do horizonte subsuperficial com fragmentos de rocha semi-intemperizada, saprólito ou fragmentos formados por restos da estrutura da rocha que originou o solo. Nas edições anteriores do SiBCS, esta classe era chamada de regossolos.
  • Neossolos quartzarênicos — solos sem contato lítico dentro de 50 centímetros de profundidade, apresentando textura arenosa ou areia franca em todos os horizontes até, no mínimo, 150 centímetros a partir da superfície do solo. São essencialmente quartzosos, apresentando na fração areia, 95% ou mais de quartzo, calcedônia, opala e praticamente ausência de minerais primários alteráveis. Anteriormente, essa classe era chamada de areias quartzosas.

Referências

  1. dos Santos, Humberto Gonçalves (2013). Sistema brasileiro de classificação de solos 3a revista e ampliada ed. Brasília, DF: EMBRAPA SOLOS. 353 páginas. ISBN 9788570351982. OCLC 936431411 
  2. Ker, João Carlos; Curi, Nilton; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud,; Vidal-Torrado, Pablo (2012). Pedologia: Fundamentos 1ª ed. Viçosa - Minas Gerais: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. ISBN 9788586504099. OCLC 952579199 
  3. «Solos brasileiros». UOL Educação, Ciência hoje. 1 de julho de 2014. Consultado em 12 de julho de 2014. Arquivado do original em 14 de julho de 2014 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • EMBRAPA - CNPS. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Brasilia: Embrapa-SPI; Rio de Janeiro: Embrapa-Solos, 2006. 306 p.