Museu Vivo da Memória Candanga – Wikipédia, a enciclopédia livre

Museu Vivo da Memória Candanga
Museu Vivo da Memória Candanga
Tipo museu
Inauguração 1991 (33 anos)
Página oficial (Website)
Geografia
Coordenadas 15° 51' 37.85" S 47° 57' 33.103" O
Mapa
Localização Distrito Federal - Brasil

O Museu Vivo da Memória Candanga ocupa as instalações do já extinto Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO), o primeiro construído no novo Distrito Federal. Está situado às margens da BR-040, próximo ao Núcleo Bandeirante (antiga Cidade Livre) e à Candangolândia (antiga sede da Novacap).

O prédio[editar | editar código-fonte]

Sendo o primeiro hospital do Distrito Federal[1], o Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO) foi criado para atender a demanda crescente que havia no Distrito Federal, não só de operários acidentados nas construções, mas de partos, crianças e donas de casas que necessitavam de atendimento ambulatorial.

O conjunto do HJKO era composto por 23 edificações em madeira[2] e incluía além do hospital, casa e alojamentos para os funcionários. As construções em madeira denotavam o caráter temporário das edificações e a urgência que o "espírito de Brasília" exigia, neste caso, o tempo de construção foi de apenas dois meses, e dessa forma, o HJKO pode ser inaugurado em 6 de julho de 1957[2].

Interior do museu.

Histórico[editar | editar código-fonte]

Placa de inauguração do Hospital JK

O Decreto nº 9.036/1985[3] do Governo do Distrito Federal que instituiu o tombamento do conjunto do Hospital JUSCELINO KUBITSCHEK DE OLIVEIRA - HJKO, também permitiu, em 1986, o início do processo de restauro do conjunto das edificações: "sete das oito casas da alameda originalmente utilizadas como residência de médicos, quatro dos sete galpões de alojamento e de serviços, e a edificação que abrigava o atendimento hospitalar e ambulatorial"[1], o objetivo dessa mobilização já era a implementação do Museu Vivo da Memória Candanga e das Oficinas do Saber Fazer.

Desta forma, em 26 de abril de 1990 o Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC) foi inaugurado, já contando com a exposição permanente Poeira Lona e Concreto que conta a trajetória ocorrida para transferência da Capital para Brasília, desde que a ideia surgiu na Nova República até sua inauguração em 1960. O Acervo era composto por peças do cotidiano dos pioneiros candangos que habitaram a região do entorno do HJKO, peças do antigo hospital, além de fotografias e também móveis do antigo Brasília Palace Hotel.[4]

Em novembro de 2015 o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), tombou os Remanescentes do Conjunto Hospitalar Juscelino Kubitschek de Oliveira[5], promovendo a dupla esfera de proteção ao espaço do museu.

Museu na atualidade[editar | editar código-fonte]

Atualmente, boa parte das instalações precisam ser reformadas, devido a ação do tempo e do clima do cerrado, que alterna entre períodos de seca e ventos com chuva intensa e calor, o que acelera o processo de decomposição da madeira, sem contar a ação dos insetos comedores de madeira como brocas e cupins. Hoje, além da exposição "Poeira, Lona e Concreto", onde conta sobre os principais idealizadores, engenheiros e arquitetos da idealização de Brasília, a exposição também mostra um pouco sobre a Cidade Livre e a vinda dos Candangos à Brasília. O museu também dispõe de uma maquete do Plano Piloto de Brasília com a última atualização em março de 2006. O espaço possui em seu acervo a coleção do fotógrafo Mário Fontenelle, a coleção de esculturas do Seu Pedro chamado “O Cerrado de Pau de Pedro”, a exposição de fotografias intitulada “Candangos Pioneiros” e contém também a mais recente exposição chamada “A Importância da Mulher na Construção da Nova Capital”, além disso também possui salas para exposições temporárias, auditório, biblioteca e reserva técnica.[6]

O museu pode ser visitado gratuitamente de segunda-feira à sábado das 9h às 17h, porém as salas de oficinas são abertas e fechadas, portanto existe a possibilidade de, ao se visitar o local, não se encontrar algumas destas salas abertas para visitação. Segundo o informativo disposto no interior do museu, as salas são abertas e fechadas pelos vigilantes no horário de 9h00 à 12h00 e de 14h00 às 17h00 de acordo com a ordem do subsecretário de cultura. A divulgação de suas exposições e eventos é realizada por meio das redes sociais do museu no Instagram (@museuvivodamemoriacadanga) e no Facebook (https://www.facebook.com/museuvivodamemoriacandanga), e também por meio dos eu endereço eletrônico na internet (https://www.cultura.df.gov.br/museu-vivo-da-memoria-candanga).  A sua ampla área verde é muito utilizada por fotógrafos para realização de ensaios de noivos, gestantes e aniversariantes.

Em 2022, o referido museu foi visitado por um grupo de estudantes da Universidade de Brasília que realizaram uma série de reflexões sobre como a História dos candangos é contada por meio das exposições presentes no local, sendo este um dos desdobramentos das discussões e trabalhos realizados durante a disciplina de Introdução ao Estudo da História no 2º/2022 [7][8]

Referências

  1. a b «Museu Vivo da Memória Candanga». Consultado em 25 de julho de 2020 
  2. a b DORNAS, Maria Luiza (2007). Museu Vivo da Memória Candanga. Brasília: Charbel. p. 7. 40 páginas 
  3. «Decreto 9036 de 13/11/1985». www.sinj.df.gov.br. Consultado em 25 de julho de 2020 
  4. CAVALCANTE, Silvio (Coord.). Museu Vivo da Memória Candanga (Catálogo sobre o MVMC). Brasília: [s.n.] 
  5. «Página - IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional». portal.iphan.gov.br. Consultado em 25 de julho de 2020 
  6. «Museu Vivo da Memória Candanga». Consultado em 24 de julho de 2020 
  7. Frank, Paulo (7 de fevereiro de 2023). «O ESQUECIMENTO DA MEMÓRIA CANDANGA E O ESQUECIMENTO FÍSICO DO MUSEU VIVO DA MEMÓRIA CANDANGA». Medium (em inglês). Consultado em 7 de fevereiro de 2023 
  8. Frank, Paulo (7 de fevereiro de 2023). «Museu Vivo da Memória Candanga: apagamento histórico e a nostalgia reparadora da construção de…». Medium (em inglês). Consultado em 7 de fevereiro de 2023 

7.