Modo verbal – Wikipédia, a enciclopédia livre

Em linguística, modo verbal é uma função morfológica e gramatical de verbos, usado para sinalizar uma modalidade.[1][2][3] Ou seja, é o uso de inflexões verbais que permitem expressar uma atitude para o que se quer dizer (por exemplo, se pretende-se declarar algo como certeza, dúvida, ordem, etc). Menos comumente, o termo é usado de forma mais ampla para permitir a expressão sintática da modalidade - ou seja, o uso de frases não flexionadas.

Os modos verbais mais frequentemente encontrados são os seguintes:

  • Indicativo - Revela uma atitude objetiva do falante em relação ao processo verbal, apresentando o fato expresso como certo e preciso, seja ele passado, presente ou futuro;
  • Subjuntivo - Revela uma atitude subjetiva do falante em relação ao processo verbal, permitindo a expressão de estados emocionais como dúvida, incerteza, possibilidade, probabilidade e condição;
  • Imperativo - Revela uma atitude de interferência do falante sobre o interlocutor, expressando ordem, pedido, súplica, conselho ou convite. Nesse modo, o falante sempre se dirige a um interlocutor, com as formas que admitem-no: segundas e terceiras pessoas além da primeira pessoa do plural.

Outras famílias de linguas possuem outros modos, com terminologias e utilizações de termos potencialmente coincidentes. Até na mesma língua, podem existir modos cujas distinções são difícieis ou determinadas por critérios mais sintáticos do semanticos : por exemplo, o Grego antigo possui um subjuntivo e um optativo, com a escolha sendo determinada pelo tempo do verbo.

Referências

  1. Palmer, F. R., Mood and Modality, Cambridge Univ. Press, 1986 (second edition 2001).
  2. Bybee, Joan; Perkins, Revere; and Pagliuca, William. The Evolution of Grammar, Univ. of Chicago Press, 1994.
  3. Loos, Eugene E.; Anderson, Susan; Day, Dwight H., Jr.; Jordan, Paul C.; Wingate, J. Douglas, eds. (2004), What is mood and modality?, SIL International, consultado em 16 de maio de 2008