Missi dominici – Wikipédia, a enciclopédia livre

Um missus dominicus (plural: missi dominici), termo latim para "enviado do senhor governante", também conhecido em holandês por Zendgraav (alemão: Sendgraf; lit. "enviado Graf") eram os comissários reais responsáveis por supervisionar a administração local, enquanto os representantes do poder real exerciam funções governativas nos diversos estados da Europa. Esta função permitia ao soberano hierarquizar a sua administração e centralizar o poder, sendo este produto de uma ideologia verdadeiramente imperialista. Existem semelhanças superficiais entre o missus dominicus e o original romano corrector, com a diferença que os missi eram enviados regularmente à mesma região.[1] Os missi dominici eram sempre nomeados a pares, um clérigo (bispo ou abade) e um leigo (conde ou duque), geralmente escolhidos entre os membros da corte imperial (Platium), e distribuídos pelas circuncrizione (unidades administrativas) do império (missiaticum) que tinham de visitar. A avaliação dos missi dominici era feita por parte dos membros eclesiásticos, os condes e os vassalos que se instalavam no território a ser inspeccionado pelo secular.

Referências

  1. Points noted in James Laurence Laughlin, "The decline of the missi dominici in Frankish Gaul", Credit 4.1 (1903:1-22) p. 5.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Ganshof, F.L. Frankish Institutions under Charlemagne (tr. Bryce and Mary Lyons). Providence (Rhode Island), 1968. 566-7 and 14-20.
  • Hannig, Jürgen. "Pauperiores de infra palatio? Zur Entstehung der karolingischen Königbotenorganisation." MIÖG 91 (1983): 309–74.
  • Krause, V. "Geschichte des Instituts der missi dominici." MIÖG 11 (1890). 193-300.
  • Werner, K.F. “Missus – Marchio – Comes. Entre l'administration centrale et l'administration locale de l'Émpire carolingien.” In Histoire Comparée de l'administration (IVe-XVIIe siècles), ed. W. Paravicini and K.F. Werner. Beihefte der Francia 9. Munich, 1980. 191-239. Reprinted in Vom Frankenreich zur Entfaltung Deutschlands und Frankreichs. Ursprünge, Strukturen, Beziehungen; ausgewählte Beiträge; Festgabe zu seinem 60. Geburtstag, ed. K.F. Werner. Sigmaringen, 1984. 108–56. ISBN 3-7995-7027-6.