Mindon Min – Wikipédia, a enciclopédia livre

Mindon Min
Mindon Min
Mindon Min
Reinado 18 de fevereiro de 18531 de outubro de 1878
Consorte Shwepayagyi, 62 rainhas no total
Coroação 6 de julho de 1854
Antecessor(a) Pagan Min
Sucessor(a) Thibaw
Nascimento 5 de julho de 1808
  Amarapura
Morte 1 de outubro de 1878 (70 anos)
  Mandalay
Sepultado em Palácio de Mandalay
Dinastia Dinastia Konbaung
Pai Tharrawaddy
Mãe Me Nu
Filho(s) 110 crianças, incluindo Thibaw Min

Mindon Min (8 de julho de 1808 - 1 de outubro de 1878) foi o penúltimo rei da Birmânia (Mianmar) 1853-1878.[1] Ele foi um dos mais populares e estimados reis da Birmânia.

Sob seu meio-irmão rei Pagan Min, a Segunda Guerra Anglo-Birmanesa terminou em 1852 com a anexação da Baixa Birmânia pelo Império Britânico.[2][3] Mindon e seu irmão mais novo Kanaung derrubaram seu meio-irmão, o rei Pagan.[3] Mindon passou a maior parte de seu reinado tentando defender a parte superior de seu país de invasões britânicas, e a modernizar o seu reino.[3][4]

Conquistas[editar | editar código-fonte]

O rei Mindon fundou a última capital real da Birmânia, Mandalay, em 1857. Seu irmão mais novo Kanaung provou ser um grande administrador e modernizador.[2][3][5] Durante o reinado de Mindon, estudiosos foram enviados para a França, Itália, o Estados Unidos e Grã-Bretanha, a fim de aprender sobre os enormes progressos alcançados pela Revolução Industrial.[4][5]

Mindon introduziu a primeira máquina para cunhar moedas na Birmânia,[5] e em 1871 também patrocinou o quinto Concílios budistas em Mandalay. Ele já havia criado o maior livro do mundo em 1868, o Tipitaka, com 729 páginas do budista Pali Canon inscrito em mármore, e cada laje de pedra alojadas em uma pequena stupa na Pagoda de Kuthodaw[6][7] no sopé da colina de Mandalay.

Em 1871 Mindon também doou um novo htee (guarda chuva ou coroa dourada, incrustada com diamantes preciosos e outras pedras preciosas) para a cúpula com 105 metros de altura da Pagode Shwedagon,[4] em Yangon que estava sob controle britânico desde o fim da Segunda Guerra Anglo-Birmanes,[8] embora não fosse permitida sua visita a este pagode, mesmo sendo um dos mais famosos e venerados no país.[9]

Com a abertura do Canal de Suez, Mindon montou uma flotilha de barcos a vapor para facilitar o comércio com os britânicos.[5][10]

Seu irmão Kanaung ainda é lembrado pelos birmaneses como um modernizador ávido,[3] que iria para as fábricas no início manhãs frias de inverno com um cobertor enrolado, apenas para conversar com os mecânicos sobre como as máquinas estavam funcionando.[6] Ele estava no comando do Exército Real, como era habitualmente exigido aos príncipes birmaneses.[4]

Rebelião Palaciana[editar | editar código-fonte]

Durante uma rebelião palaciana falhada, em 18 de junho de 1866, dois dos filhos do rei Mindos, os príncipes Myinkun e Myinkhondaing, com inveja por não terem sido nomeados sucessores, e apoiados pelos britânicos que estavam alarmados pela modernização do exército real birmanês, assassinaram o tio, o príncipe herdeiro Kanaung,[3] e tentaram matar o pai deles.[6] O rei consegui sobreviver e os dois príncipes fugiram para a Birmânia britânica, sendo-lhes concedido asilo pelos britânicos.[10]

O rei Mindon escapou de uma maneira extraordinária, o que para os birmaneses foi considerado como um sinal de sua hpon (a soma de boas ações passadas que afetam a vida presente). Ele correu para a própria pessoa que tinha sido designada para o matar, mas ao encontrar o rosto real, deixou cair a espada e caiu de joelhos por força do hábito. O rei então, prontamente fugiu em direção ao quartel dos guardas que lhe eram leais.

Crise de sucessão[editar | editar código-fonte]

Túmulo do rei Mindon em Mandalay, fotografia de 1903

A rebelião causou grande relutância em Mindon em nomear um sucessor para Kanaung, por medo de uma guerra civil.

Uma de suas rainhas, Hsinbyumashin, dominou os últimos dias do rei Mindon. Por decreto, Hsinbyumashin ordenou que todos os possíveis herdeiros ao trono fossem mortos,[3] de modo a que a filha de Hsinbyumashin, Supayalat, e seu marido Thibaw, se tornassem rainha e rei. Membros da realeza de todas as idades e de ambos os sexos foram enganados dizendo-lhes que o rei queria vê-los antes de morrer, e ao chegarem no palácio real foram impiedosamente executados.[10]

Thibaw, sucedeu ao trono após a morte do rei em 1878.[3] Em novembro de 1885 Thibaw foi derrotado pelos ingleses na Terceira Guerra Anglo-Birmanesa,[8] resultando na anexação total da Birmânia.[8]

Notas

  1. Christopher Buyers. «The Konbaung Dynasty Genealogy: King Mindon». royalark.net. Consultado em 4 de outubro de 2009 
  2. a b Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome answer
  3. a b c d e f g h Dautremer, Joseph; “Burma under British Rule; trans: Scott George; pp 66-67; (1913); T. Fisher Unwin, London Terrace-leipsic: Inseltrasse
  4. a b c d www.bookrags.com
  5. a b c d Thant Myint-U; "The Making of Modern Burma; Modernasation and Trade policies; pp 8, 105-25,133, 137-8,140-8,181, 247 e 248; (2001); Cambridge University Press; ISBN 0521 79914-7
  6. a b c www.thefreedictionary.com
  7. Kuthodaw Pagoda
  8. a b c Thant Myint-U; "The Making of Modern Burma; p. Introduction; (2001); Cambridge University Press; ISBN 0521 79914-7
  9. Thant Myint-U; "Where China Meets India: Burma", p 10; (2011); Faber and Faber Ltd; London; ISBN 978 0 571 2363-4
  10. a b c www.dhammawiki.com

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Maung Htin Aung, The Stricken Peacock: Anglo-Burmese Relations, 1752-1948, (1965).
  • Maung Htin Aung, A History of Burma (1967).
  • D. G. E. Hall, Burma, (1950; 3d. ed. 1960) and Europe and Burma (1945).
  • John F. Cady, A History of Modern Burma, (1958)
  • Dorothy Woodman, The Making of Burma, (1962).
  • Thant Myint-U, The Making of Modern Burma, ISBN 0-521-79914-7

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  • The Largest Stone Buddha Image by Dr. Khin Maung Nyunt: [1]
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Mindon Min».