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Milton Pascowitch
Nome completo Milton Pascowitch
Nascimento 21 de agosto de 1949 (74 anos)
Porto Alegre, Rio Grande do Sul
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Mãe: Clara Pascowitch
Pai: Paulo Pascowitch
Ocupação Engenheiro civil e empresário
Milton Pascowitch
Crime(s) corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa[1]
Pena 20 anos e 10 meses de reclusão[1]
Situação cumprindo pena em Prisão domiciliar, por ter fechado delação premiada e colaborado com a justiça.[2]

Milton Pascowitch (Porto Alegre, 21 de agosto de 1949), é um engenheiro civil, empresário, e considerado lobista pela sua atuação no mega-esquema de corrupção da Petrobras. É irmão de José Adolfo Pascowitch e filho de Clara Pascowitch e Paulo Pascowitch.

Em 18 de maio de 2016, foi condenado a 20 anos e dez meses de reclusão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.[1]

Apreensão[editar | editar código-fonte]

Diversos agentes da Polícia Federal apreenderam em 21 de maio de 2015, 60 quadros e 2 esculturas que pertenciam ao empresário Milton Pascowitch, que teve prisão preventiva decretada nessa fase da operação. Para a PF e para o Ministério Público Federal, as obras de arte eram usadas para lavar dinheiro oriundo do esquema de corrupção em contratos da Petrobras. Das 60 obras, 40 quadros estavam na casa de José Adolfo Pascowitch, e as duas esculturas e 20 quadros na casa do próprio Milton.[3]

Prisão[editar | editar código-fonte]

O lobista Milton Pascowitch foi preso na 13ª fase da Operação Lava Jato em São Paulo. Milton já havia prestado depoimentos à Polícia Federal na 9ª fase da operação.[4]

Participação no esquema[editar | editar código-fonte]

Ele é apontado como um dos operadores do esquema de propinas da Petrobras. De acordo com o Ministério Público Federal, a empresa JD Consultoria, do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, recebeu mais de R$ 1,4 milhão em pagamentos da Jamp Engenheiros, que pertence a Milton Pascowitch. O vice-presidente da Engevix, Gerson Almada, que cumpre prisão em regime domiciliar, disse em depoimento que Milton Pascowitch intermediou o pagamento de propina da Engevix com a diretoria de serviços da Petrobras, que era ocupada por Renato Duque, que está preso em Curitiba.[4]

Prisão domiciliar[editar | editar código-fonte]

Milton Pascowitch fechou acordo de colaboração premiada em troca de redução de pena. O acordo foi homologado pela Justiça Federal em 29 de junho de 2015. Em 30 de junho, Milton deixou a carceragem em Curitiba e passou a cumprir prisão domiciliar.[2]

CPI da Petrobras[editar | editar código-fonte]

Milton Pascowitch ficou em silêncio na CPI da Petrobras, e a comissão pretende pedir a suspensão dos benefícios da delação premiada do empresário, preso pela Operação Lava Jato, acusado de intermediar pagamentos de propina de empresas contratadas pela Petrobras, como a Engevix, para diretores da estatal e para o ex-ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu.[5]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externa[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c «José Dirceu é condenado a 23 anos de prisão em ação da Lava Jato». G1. 18 de maio de 2016. Consultado em 18 de maio de 2016 
  2. a b G1 (30 de junho de 2015). «Suposto operador da Lava Jato deixa a carceragem para prisão domiciliar». Globo Parana. Consultado em 7 de setembro de 2015 
  3. «PF apreende 60 quadros e duas esculturas de empresário envolvido na Lava Jato». EBC. 21 de maio de 2015. Consultado em 15 de setembro de 2015 
  4. a b G1 (21 de maio de 2015). «PF deflagra a 13ª fase da Lava Jato e prende empresário em SP». Globo Parana. Consultado em 7 de setembro de 2015 
  5. UOL (6 de agosto de 2015). «Milton Pascowitch fica calado e CPI quer suspender sua delação premiada». Congresso em Foco. Consultado em 7 de setembro de 2015